Coleção pessoal de Humanofobico

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Já não vejo mais essa graça toda… Essa brincadeira de “fazer nada” cansou-me. É difícil você ver os outros seres evoluindo e você intacto. Difícil também toda noite ficar jogando palavras soltas em um pedaço de papel… Mas fazer o que se tem nada pra fazer? Fazemos nada. As músicas que eu escutava já não me causam mais o efeito que causavam antes, as emoções em acordar todos dias já acabaram, a saudade que sentia das coisas se dissolveu… E a esperança que sempre me confortava todas as noites se escondeu entre os lençóis das estrelas. Tudo, tudo, tudo! Tudo que eu um desejei para meu lento removeu-se de meus sonhos. Meus cabelos negros já não estão tão negros e minha paciência se esgotou. Não realizei nada que um dia eu quis para minha vida. Amores, beijos, abraços, sorrisos, amigos, família… Tudo falso. - “Toda fase ruim passa”- Dizem. Balela. Não! Não quero mais viver, cansei. E não escrevo esse texto para eu ler quando estiver triste, e sim, escrevo para não cometer mais os erros que cometi. A verdade? Não sou um cara feliz… Nunca fui.

Ele. Ele que me detém o desânimo e a arte. Fortalece-me, deixa-me pra baixo, acalma-me, agita-me, excita. Às vezes vem uma “prisão” pela maneira de como se manifesta. Meus olhos ardem, lacrimejam, fecham, vêem e ficam cegos. Minhas mãos gelam, esquentam, soam e secam. Minha cabeça gira em torno de si e em torno dele. Hoje eu estou feliz com ele, não engano. Sinto-me o homem mais realizado do mundo. Mas qual indivíduo nunca pensou em se matar? Todos. Todos têm uma hora em que desejam jogar tudo para o ar e fugir para o mundo inferior. E normalmente é por causa dele, se não “normalmente”, mas algumas vezes. Não adianta negar… Sente-se feliz com ele? Sim, sinto. Às vezes. Sente-se feliz sem ele? Sim, sinto. Às vezes. Digo isso por experiência própria. Belo! Grande idiotice… Horrível! Grande Sarcasmo… Diferente! Genialidade. És diferente de tudo que já senti e que sinto. De alguma forma és tudo e nada ao mesmo tempo. Absorve-me, domina-me. Traz consigo guerra, conflitos, paz. Ainda morro sem ele, e não é uma promessa, é um pedido. Peço-te que me perdoe, caro sentimento que me agrada… Eu te amo “amor”. Hoje. Amanhã já não sei, mas pelo menos nasce um outro dia.

Pensei, pensei, pensei… Cansei. Hoje refleti sobre minha vida e cheguei à conclusão que nada sou! Não sei ao certo se “emoção” é a palavra certa para me adjetivar, mas com certeza “dramatizar” é o meu forte… Uma mania, um vício talvez. Minhas músicas são tristes, minhas manias são “para baixo” e meu jeito “quieto de ser” ajuda muito em dramatizar as coisas. Meu falar é baixo e minhas fotos são em preto e branco. Sim, dramatizar é o meu forte, eu gosto. Sempre tive pensamentos realistas sobre o mundo, jogos, músicas… Tudo. Talvez isso tenha ajudado em construir essa pessoa gelada, oca e sentimental que hoje sou. Razões em panfletos de ruas, textos em pedaços de papeis e um pouco, apenas um pouco, de beleza emocional… Afinal, dramatizar sempre foi o nosso forte.

Realmente, é complicado ficar aqui à espera do mundo, enquanto ele gira e eu permaneço paralisado. Hoje acordei com uma vontade imensa de voltar a dormir. A pressão cai em cima de mim como nunca antes caíra. Eu me sinto só, tenso, cansado, infeliz, caído. Você quase não chega, e quando chega nunca permanece. Minhas memórias tem se afastado de mim. É complicado ficar aqui à espera do mundo…

Sozinho em Londres. Dentro do quarto, com as portas trancadas e um pensamento positivo… Receio, tensão, cautela. Às horas passam, o sentimento vai corroendo meus pensamentos, vai se alimentando de lembranças e pisoteando meus sonhos. Lá fora o inverno chega, trazendo consigo medo e solidão. A janela bate me fazendo sentir dentro de mim um coração vazio e gelado. Ainda consigo ouvir seus passos diante a mim. Não agüento mais essa fase de espera, espera, espera… Ainda acho que o melhor remédio é chorar. Os sorrisos de plástico já não existem mais, e a felicidade feita de algodão desapareceu. Meu cigarro está no fim, meu café gelou e meu cabelo esbarra todo tempo em meus olhos. Meu lápis vai ficando sem ponta mais uma vez, mas minha mão não cansa de escrever. Ainda não entendo ao certo o que aconteceu, mas sei que aconteceu. Você se foi sem, ao menos, dizer adeus… Mas eu ainda espero-te. Vai anoitecendo e junto com o dia minhas luzes vão se apagando. Vou parar antes que a saudade volte novamente. Minha mente confia em ti, eu não mais. Sendo assim, Deixo meus últimos pensamentos positivos nesse pedaço papel.

Complicado… Complicado viver em um mundo com gritos demais, luzes demais, agitações demais, imperfeito demais. A sociedade é ao extremo! Essa nova onda de jovens me dá ânsia de vômito. Querem fazer-te igual a eles. És diferente? Que pena, vai sofrer, eu sofro, todos diferentes da maioria sofrem. Pra obter uma opinião mais compulsiva, todos sofrem sendo iguais ou diferentes, mas alguns sofrem mais. Te darei meu exemplo, tenho mente de idoso, talvez um jovem idoso… Não sei. O que sei é que sou diferente de quem é próximo a mim. Dizem que não gosto de festas, agitações, músicas altas, brincadeiras… Errado, eu gosto, muito, mas sem extremos. Brincadeiras na hora das brincadeiras, músicas altas na hora de ouvir. O problema são humanos, me enojam, são estúpidos, são arrogantes, e acima de tudo são incompreensíveis. Fazem brincadeiras sabendo que vão te machucar, e às vezes, não só machuca como humilha, faz sentir-se como inferior… Dói. Então Prefiro ficar a sós com meu lápis, pelo menos ele faz, na maioria das vezes, o que eu quero. Acho que minha época de escrever textos alegres e com finais felizes acabou.

Palavras soltas, pensamentos privados e momentos que nunca mais esqueci. A idealização ocorre pelo fato de um simples pensamento positivo…

Eles vêm como se fossem do universo, sutis e delicados. Rapidamente se tornam reais ou te fazem pensar no real. Sua mente gira em torno deles e em torno do que eles proporcionam. Deixam-me louco, deixam-me sem pensar, deixam-me pensando demais, deixam-me sem ar, deixam-me respirando muito, deixam-me pesado, deixam-me leve, fazem-me mal, fazem-me bem. Sempre parecem mais reais e mais intensos, a cada dia que passo eu tenho mais e mais, não importa a minha opinião sobre o assunto, eles acontecem do jeito melhor para eles. Ás vezes começando bastante agitados ou lentamente, mas sempre acabando muito antes ou muito depois do que eu queira. Os dois sabem o que fazem, estão comigo desde o início. Então eu os deixo. Talvez em algum deles eu encontre algo de bom. E que o som dos trilhos não me perturbe, pelo menos não a noite. Pois Dormirei e verei seu rosto nos meus sonhos ou nos meus pesadelos…

Peço-te que não chame meu amor de idolatria, eu não realço meus ídolos. Pois o meu falar se alia ao seu jeito de cantar, e isso me faz bem. A partir de algum tempo você percebe a sutil diferença entre dar as mãos e entrelaçar uma alma. Você aprende que estar com alguém não significa estar seguro. E que beijos não são apenas contatos. E dizeres não são apenas promessas. E com o tempo você aceita suas derrotas de um jeito mais maduro do que aceitava. Com o tempo você aprende a construir estradas no “hoje”, porque o “amanhã” pode não ser próximo o bastante, e o futuro podem ser em vão. Quando penso em ti me vejo flutuar e assim eu vou tentando melhorar. Você me olha e eu fico intacto, não sei o que fazer. Você passa a mão em meu cabelo e me deixa sem graça. Sinto saudade quando não estou consigo. A saudade me dá a certeza que ficaremos unidos para sempre. Tenho medo de que as pessoas me vejam, mas também quero mostrá-las que estou bem, eu estou feliz. És bela, és delicada, és tudo que eu tenho. E digo isso porque eu te amo.

Durante muito tempo fiquei sem escrever. Escrever é um suplício, e muitos fariam o que fiz, parariam, mas “parar” não me impede de, com o tempo, continuar. E continuei, é a única maneira de desabafar. A única verdade é que queres que eu me cale, e não te lembra que, mesmo que eu me cale, o sofrimento estará lá, e não vai desaparecer sem a vossa ajuda. E você nunca está lá… É cruel e difícil dizer isto, mas, bolas! Mais cruel é abandonar-me, não acha? Desde que vos conheço, teve sempre acesso total e assíduo em minha alma. Não sei se devo guardar essa minha escrita, ou se o devo queimar esse papel. Penso em queimar, queimar a minha dor, mas por outro lado, quero que as pessoas vejam isto, que vejam aquilo por que estou a passar. Sei que muitos não me levarão a sério, outros ainda se vão calar, pensando que ainda vão ouvir mais. Mas todos têm um único desejo: que eu me cale. Que eu me cale com esta estupidez, com esse desabafo de vida… Mas o que não percebem, é que esta estupidez são os meus sentimentos. Esta estupidez é a minha vida, e a minha vida é um inferno de caos e solidão. Como sempre, depois de escrever, vou passear sozinho, a pensar, a chorar, a ouvir música. A música tira a solidão, mas não a dor. Tal como os amigos. Quando os procuro, já sei que vou sofrer com a pouca importância que eles me dão, mas não suporto estar sozinho, e em breve também não suportarei estar convosco, pois a dor é muita. Então, pegarei a mala, e, num rompante, sairei. Não vos troquei por melhores companhias, troquei pela solidão, pois não vos faço falta e até a solidão me dá mais companhia. E, enquanto lá estive, ao pé de você, não me falara, eu saio de lá e vou ficar sozinho. Mas você não sabe nem se preocupa. Estou Cansado. Farto de ser ignorado, completamente posto a parte. Farto de ser gozado. Farto de ser o único, o único a amar, o único a tentar salvar o amor. Farto de ficar só. Farto da vida. Que eu durma em paz e me cale para sempre. Sem os hipócritas, é claro.

De um dia para o outro uma pessoa muda. Muda de atitudes, muda de pensamentos, muda para outra pessoa. Eu particularmente prefiro a monotonia. Monotonia de fatos e de sentimentos, mas outras não... Elas se alimentam das tristezas alheias, dos sofrimentos. E qual é a probabilidade de eu sobreviver a isso?
F: Cheguei.
G: Onde?
F: À lugar algum.
G: Talvez esse seja seu lugar.
F: Não, não é.
G: Talvez seja.
F: Talvez?
G: Talvez não, é.
F: Eu sei.
G: E porque disse que não era?
F: Pra você não se sentir satisfeito.