Coleção pessoal de HiastLiz
Passiflora Incarnata
Amargo, seco, doloroso.
Um gole, desgostos...
Bebo deste liquido
Sempre que respiro.
Sou interprete dos abismos,
Sucção ao proibido,
É isto como alimento!
Penetra meus tormentos.
Faz da carne servo
Da alma inundação,
Obediência, escravidão.
Dum desejo abstrato
Em langor e alentado
Me envolvo calado.
De longe essa cede te rega,
Me entrega a teus sentidos sutis...
Me faz ser teu amor, com teu encanto.
Me faz ser teu amor, como no canto.
Me faz ser teu amor sem pausas.
Me faz ser teu amor, me embriaga.
Falou: (...)Deve ser porque a gente é tão parecida(...)
Quando algo te surpreende, que te envolve e te lapeia,
Ao teu ouvido te sussurra que é mágico...
Quando algo te faz tornar e retornar a acreditar
No que é o amor, sem dor, sem rancor...
Sendo de verdade com a espontaneidade
E o brilho no olhar, como no luar
É algo que te lapeia a alma, te mapeia o corpo
Traçando um ar de pureza, azul e leveza
Dos cheiros que pairam, é o mais doce e singelo
Dos olhares que olharam, o mais sincero
Por instantes enlaçou todo o elo
Invadindo minhas retinas olho a olho
Esboçando alacridade numa obra de arte
Ao olhar e olhar e os olhares, se olharem.
Para-l-elo
Quando a razão busca se ater a emoção
Descobre-se um mundo inimaginavelmente sintônico.
Em alguns instantes tudo se encaixa; melhor que isso
Há um processo satisfatório, energizante e preponderante.
No ser, existe uma necessidade: Mascarar algumas situações.
Que seja por força do hábito ou por hábito da não força.
- o momento - Deliberadamente acrescer-se então se cresce.
Licoroso doce
Por tudo o que nada sou
Serei eternamente dor.
Ser sem primitividade
Robótico num mundo sem verdades.
Sou o plágio.
Um acontecimento em vulnerabilidade
Quebra a cor da íris meus absintos
E minhas abusividades.
Adere o pensamento vulgar
Escrúpulos aqui não há.
Como se o sentido não supriu.
Como se o real nunca existiu.
Um corpo sem alma cuspiu
No chão desta esfera azul, um rio.
06.09.2015
02:33
A Áster
Como uma estrela que muito brilha
Esse seu riso ilumina
Expresso em linhas desprendidas
Encanta a esta alma inibida.
Num complexo de sutileza
Seus traços transcendem num vago
Instante de delicadeza...
Em soma sonhos que me enleva.
É quando você olha em volta e só há um ser, você. Não de forma egocêntrica. Mas como um apunhalado de faca no peito. Ninguém em volta. É só você por você. Mesmo quando você não quer acreditar e não quer perceber... O envolto só te suga, não te muda, não tem tom.
É um campo de batalha onde o único inimigo é você mesmo. O único culpado é você mesmo, igualmente o único que esta ao seu lado.
O passado, que presente!
Onde tudo parece parado
Onde sou apenas o vácuo
Sendo verde, sendo pássaro.
Olho que encanta meu ser...
Revoada agora eu sou
Mais que lembranças ou cor
Que como autor o tempo pintou
Uma infância repleta de amor
Pois que, como alma
Deleito em escuros e calmas
No vento dessas estradas
Soprando me envolve calada
Espirrando todos os detalhes
Deste meu querido Olho D'água.
09.05.2015
Pobre dos meus sentidos, se desfazem lentamente. O corpo a esta hora treme.
Ah! Até parece que não existo, se eu pudesse escrever sentimentos menina, juro! Suas mãos este papel lavaria.
Uma certeza? Tudo isso permanecerá dentro de mim. Não sei por que, nem preciso saber.
Há apenas um vazio causado pela falta do seu abraço.
Minha estrela
Na parte interna do verso
Seu apego e seus gestos
Me envolveram
Como quem nada quer
Uma atitude sensata
Arrancou serenatas
Inundou a minh'alma
A esta carne afobou
O desejo, o calor
Morou em meu ser
E agora de tu eu sou
Nesse laço de amor.
Dançando contigo vou
Nas melodias românticas
Que a vida tocou.
Moça
Moça da pele morena e do riso frouxo
Da fala serena e o olhar meio torto
Sua delicadeza marcou o meu ser;
Sinto sua alma sutil invadir a minh'alma
Seu toque suave que sempre acalma...
Faz falta olhar no olhar de você.
Moça que o cheiro da rosa revesti o seu corpo
Que passa e encanta até os rigorosos
Que fala e emana paz no alvoroço
Eu ando querendo ter mais de você...
In Completo
Cada traço um embaraço, cada afago mais um laço.
Cada vista um entrelaço, cada esbarro um estraçalho.
Como quem de nada sabe, como quem nada me quer.
Em teu rosto vejo o dispor que me ajuda a recompor este desejo ardil...
Disto eu sou escrava e isto me faz febril.
Ah! Como dama tu me ganhas
Me envolve nas entranhas deste céu que é proibido
Me cativas ao olhar pra esse olho descabido.
Em partes me parto
Alguém chamado ninguém bateu a porta e deixou saudades
Sobre esse alguém ninguém sabe quem
Nem por onde invade...
Que força é essa que manda
Até nas minhas lembranças?
Eu sei...
Você também sabe.
Não há de ser bobagem
Nem há de ser só passagem.
Até a alma palpita
E o coração faz chantagem.
Coisas sobre ela
Seus olhos são como labirintos,
Eu entro e tenho que achar saída.
Mas nesse olhar tão quente me perco
E é lá que eu encontro vida.
para que o mundo não acabe
que haja poetas e também alardes
onde a poesia domine;
que haja janelas onde as portas se abrem.
Você que ama
me sufoca,
me afaga,
me enrola,
me transgride,
me domina,
me amansa...
me suga,
me encanta,
na minha alma dança...
me faz ser viva,
me trás faíscas.
me floresce,
me agride,
me entorpece.
Desnuda-mente
Em instantes, devaneios.
Pare, sinta. Toque! aprofunde-se...
Eis na imaginação, complexo.
Enfim, por fim, no meio do medo
Meu encéfalo é poluído,
Minhas vontades são profanas...
Meu desejo é extenso,
Minha carne é mandona.
Sensação profunda, quê!
Aqui me toma, para
Se fazer dona...
Em momento, por inteiro
Nas juras e nas preces, concebes.
Meus lábios então encontraram os teus.