Coleção pessoal de HelomHeSo
O ódio esta em casa outra vez,
como aquele demônio no espelho,
suplicando por um pescoço, "aperta",
fui eu quem te afogou nessa depressão,
posso sentir o calor das minhas garras novas,
a noite tem um milhão de olhos que te vigiam dormir,
alguém pode tirar o passarinho da minha garganta?
ele vai morrer se continuar aqui, engaiolado,
Oh santo Deus, o que tem habitado no meu coração?
Todas as suas lagrimas devem sessar agora, caro irmãozinho,
deixe-me calar a sua dor, segura-la com as pontas dos meus dedos,
e no final das contas, agradecerás a mim, o homem de carne,
por tirar esse sorriso mentiroso do teu rosto!
E aquilo partiu meu coração em milhões de pedaços, e eu quase pensei em tira-lo das tuas mãos frias, mas invés disso eu disse: "não me magoarei", e assim menti pra tu outra vez.
"O rei coberto de lama se olha no espelho,
e talvez sua percepção de que vê um rei
sem brilho no lugar de um pouco em casa
seja reflexo e uma megalomania idiota,
de qualquer forma diga-me: quem é você,
que daqui de dentro grita por mudanças?"
Ela nada teme,
nem a mim nem ao amor,
nem a solidão ou o altar,
nem um pouco Deus ou o Diabo,
não se curva pra nada,
nada a faz tremer,
critica e rejeição só a fazem mais forte,
ela é os céus e o inimigo de Deus e da paz,
se veste de tentação e de santuário,
minha noiva e ex-namorada,
ela é tudo, ela sou eu,
ela não é nada,
e nem ninguém...
...ninguém que eu possa deixar pra trás!
Eu nunca pensei que o destino me guardasse tamanha mudança,
onde neste longo perdi o menino romântico que eu era,
quando deixei de acreditar no pai celeste?
E porque me defendo tanto das coisas e de quem que acredito?
Veja bem esses olhos de monstro amargo, frio e intolerante,
vá embora esprito santo, chega de tanta culpa,
eu só quero começar do zero mais uma vez.
E como bom Artrópode voltarei meu olhos pra dentro de mim quando o mundo e seus humanos se mostrarem monstros traiçoeiros!
Existe um lugar pra onde eu fujo nessas horas,
um jardim azul, onde meu coração ficava a salvo,
porem dormente sem experimentar os sabores da vida,
é um lugar dentro da minha cabeça, as portas se fecham,
o aquário de peixes toma o lugar do braseiro na mesa,
e tudo volta a ser ideias, e um doce beijo na realidade,
morte para o meu egocentrismo, o mundo é mais que eu,
e faz tempo que não gira em torno do meu umbigo,
assim, olhando pro universo lá encima, embaixo, em todos os cantos,
eu vi, eu também sou "fumiga"!
O caís de tanto ver seus navios-amores irem embora se acostumou com a ideia de que qualquer um que chegue logo poderá ir embora, deixando um rastro de espuma que o tempo vai apagar, porque assim como a espuma do mar, tudo um dia se dissolve e acaba, incluindo algumas vezes ate o amor, e a grande pergunta é: meu navio de paz, já tens outros mares pra navegar sem mim?
Eu que não nasci poeta,
e tomo minhas decisões fingindo ser filosofo,
entendo que não sou mais capaz de atar as mãos do tempo,
hoje é o primeiro dia do resto dos que verão nesta vida,
sem mais tempo pra dores e arrependimentos!
Eu te chamava de meu peixinho, e te fiz juras eternas de amor,
somos tão crianças ainda e nem temos esperanças,
Naninha bailarina borboleta, fascinou meu coração,
e hoje nem me importo com os dias não contados,
a exato um ano acordei morto numa dessas noites de sábado,
um homem é feito de sonhos, e você já tem a quem amar,
e veja só, eu também tenho um novo amor, com certeza melhor,
mas os medos ainda afligem meu coração poeta,
deste bendito sonho que me trouxe a vida,
espero nunca acordar, mas na minha realidade morta
não amor pra se viver, não há paz ou prazer de ser feliz,
case-se comigo novo amor, e traga contigo o punhal prateado,
no dia que me deixares eu morrerei, e obrigado Naninha,
a infelicidade que me destes me fez homem.
Sou do tipo que trata o namoro com muita seriedade;
namoro não é um ato ou evento, é uma causa, e pede sacrifícios,
também não acredito que se possa ser individualista num namoro,
não existe mais um "eu", eu virei "nós", por quem dou meu braço
pra ser torcido as vezes, mas se torcer sempre, eu volto a ser "eu".
Não sou o Papa pra dizer o que é pecado,
ou político pra inventar o que é errado,
sou apenas mais uma criança sozinha,
vendo quão belas são as luzes da grande cidade,
com isso concluo, serei eternamente incompleto,
um coração cheio e um recipiente de alma vazio,
onde quer que eu vá, lá estarei pra me receber,
como um macaco nas mãos enormes de Buda,
perdido e confuso, nunca saberei o que proteger,
então serei eu o eterno meio termo da vida,
satisfação é um milagre,sabias? Uma miragem sobre a agua,
assim como minha irreal estadia neste mundo, eu vivi?
Logo por fim a chama sobre a minha cabeça se apagará,
e eu terei concluído minha jornada circular,
em busca de mim mesmo, ou do nada.
Enfim eu tive a coragem,
e foi você que me deu,
fiz emergir o sentimento,
há muito não dedicado,
acordei o Deus dos sentimentos,
como um vulcão bocejando poemas,
as nuvens de chuva nunca partiram,
então este mundo não tinha luz própria,
e nos vivemos ser ter visto a luz do sol,
sequer uma única vez, iludidos, sobreviventes,
de um mundo estável, seguro e cinza,
foste quem abriu os portões do céu,
então o calor de vem de dentro rasga a terra,
nos toma pelas mãos, guia meus passos,
e nos fez um casal, trazendo pra superfície
o fogo magmático de nossos corações,
me jogando no limbo dos sonhos
onde arquitetei pra nos dois,
com todos aqueles medos e ciúmes,
pintando nossas vidas com esse doce caos,
da intensa existência de ser um par.
A espuma do mar foi cobrindo aos poucos as brasas que se mantiveram acessas depois da longa noite,
e o que sobrou era apenas cinzas, errantes e mortas, se espalhando por toda a praia, abrindo mão das memorias,
da chama eterna que eu acreditei ter criado por você, das coisas que foram feitas pra vencer a eternidade,
e a culpa sempre cai sobre minha cabeça, como a chuva que me apagou de ti...
Eu cairei se você cair, eu amarei se você amar, eu chorarei se você chorar, eu partirei se você quebrar, vivemos unidos por nossos umbigos, e o amor se fez fruto da delicia de viver, chorando e cantando(feliz) sem fim, por ter encontrado a outra ponta da aliança, abra a porta e me deixe entrar, este templo também é meu, e o amor é só mais um Deus pelo qual meu corpo treme, enquanto a musica dos meus olhos da adeus à você, e mesmo sabendo que algo se mantém errado eu fico, e suplico pra você não chorar por mim enquanto me perco nas palavras que nunca disse, deite comigo(felicidade) ao menos uma vez antes de ir embora...
Trancado na tumba do faraó,
o menino-rei desafia a confiança dos homens,
conjurando estrelas que o amem,
pensando na libertação destes pensamentos confusos,
sabendo que o coração depois de dado à ela pertence, Solidão!
O menino que caminha perdido no deserto,
jamais terá salvação se ate por Deus foi largado,
Vejas bem, se guardarei minhas dores
e as encobri com o capus do silencio,
por mal ou por bem não foi, alguns males apenas "acontecem",
me entrego nas mãos asperas desta correnteza,
e se por sorte do destino o fundo do mar for meu derradeiro lar,
então não haverá queixas a serem feitas,
apenas digo que amei e garimpei o melhor de mim por você.
E assim eu parei de dizer que te amava,
parei de acreditar que te amava,
parei de sonhar que te amava,
mas eu ainda te amava!