Coleção pessoal de Helle.Santos
Hoje quando me vi pensando em você, falei contigo, te disse um monte de coisas...
Falei de mim,da minha vida,contei histórias passadas...Rimos juntos...
Falei de ontem, voltei lá trás, andei na praia,molhei meus pés,senti o cheiro do sal,do mar...
me vi criança...correndo,rindo,dona de tudo aquilo,peguei conchinhas,fiz um colar,escrevi na areia...
Queimei meu rosto, meu corpo no sol,fiquei morena,queimada,rosada...sentei na pedra,olhei o mar...
Sabe te procurei, principalmente quando olhava aquele barco, bem longe dali, era pequeno,porque o mar era grande
Mas eu sentia que você estava lá.
Que engraçado eu olhava e te acenava, sabe,e você me respondia,que alegria eu sentia,como era bom estar ali.
Ah! Falamos de hoje, ai eu te disse que já no meu sonho,no meu acordar,quando abri os meus olhos,eu já via os teus,você me olhava,você me sorria,nossa que alegria,como era bom.
Falei dos meus planos, do que eu queria fazer... Ah,eu hoje só quero te ver,sentir o seu cheiro...sentar na varanda deitada na
rede, escutar as crianças brincando na rua...Quero ouvir uma musica,aquela que eu escolhi,pra virar como tema da nossa conversa,sabe aquela que você gosta,escuta...está tocando...é
linda...E fecho os meus olhos,por isso não quero nem me mexer,pra não quebrar esse encanto,de estar com você!!!
Fiquei um tempão olhando pra você,enquanto falava, Gesticulava, volta e meia me olhava...
Ai eu pensava, porque já não te escutava,somente observava O brilho do teu olhar...
Olhos brilhantes, vivos falantes, fala comigo... Eu não esqueci, você falava...
Contava as suas tristezas, dizia da sua dor... E eu te entendia, e te respondia falando do meu amor!!!
Ai o brilho voltava, e o sorriso brotava de mansinho... E sua boca se abria... Que grande magia...
E com sua voz macia, você sorria pra mim...
Eu flutuava... O ar me levantava...E pensava...
Eu tinha asas! E já podia voar...
Vou de um lado pro outro, mas bem perto de você Eu não queria ir pra longe, o seu calor eu sentia...
Mas eu sei que você via, o que seu olhar fazia Dominando todo o meu ser...
Sabe hoje me peguei pensando
O que foi que fiz comigo!
Parei o tempo pra não o ver passar
Mas agora vejo
Que o tempo me enganou...
Brincou comigo.
Mentiu...
Disse que tinha parado
Mas não parou...
Quando olhei para traz
E te vi
Reconheci que o tempo
Havia me enganado
Pois tu lá estavas
Mas não como eu deixei:
Sorrindo, feliz!
Mas parecia que você envelhecia
Nesse tempo que eu não te vi
Quase não o reconheci
Por isso nem quis olhar
Olhar pra que?
Pra ver o que tinha acontecido
Pra ver o que eu não queria ver...
Que o tempo mentiroso
Passou tão rápido
Que agora eu tive a certeza
De ter perdido você...
Quando você vir o sol
Se deitar...
Olhe no horizonte,
E lá você vai me ver...
Observando você de longe,
Sempre vou estar...
Querendo ficar muito perto de você.
Quando a Lua,
No céu aparecer...
Olhe pra ela,
E lá você também vai me ver...
Olhando-te com amor,
Vou estar.
E saiba...
Nunca, mas nunca mesmo...
Vou esquecer de você!
Ser "gêmeo" não é nascer da mesma mãe, da única gestação... É "ouvir" daquele olhar o que diz o coração...
Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não querer-te chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero.
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te como um cego.
Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
Nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor, a sangue e fogo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía;
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.
Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
Talvez
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.
Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.
Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.