Coleção pessoal de gutemberg_gabriel

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Para ver muita coisa é preciso despregar os olhos de si mesmo.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente

Estou na caridade da evolução do meu ser. Quero ser menina, encontro-me mulher. Quero ser mulher, vejo-me menina.

Casar o pensamento com o sentimento, a ideia com a paixão.

Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.

Eu sou a dureza desses morros
revestidos,
enflorados,
lascados a machado,
lanhados, lacerados.
Queimados pelo fogo
Pastados
Calcinados
e renascidos.

Minha vida,
meus sentimentos,
minha estética,
todas as vibrações
de minha sensibilidade de mulher,
têm, aqui, suas raízes.

Melhor do que a criatura,
fez o criador a criação.
A criatura é limitada.
O tempo, o espaço,
normas e costumes.
Erros e acertos.
A criação é ilimitada.
Excede o tempo e o meio.
Projeta-se no Cosmos.

Coração é terra que ninguém vê.

Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.

Poeta, não somente o que escreve.
É aquele que sente a poesia,
se extasia sensível ao achado
de uma rima, à autenticidade de um verso.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

O vento do meu espírito soprou sobre a vida.
E tudo o que era efêmero se desfez.
e só ficastes tu que és eterno.

Felicidade, és coisa estranha e dolorosa:
Fizeste para sempre a vida ficar triste:
Porque um dia se vê que as horas todas passam,
e um tempo despovoado e profundo, persiste.

Que vale um ramo de alecrim cheiroso, que lhe atira nos braços ao passar, vai espantar o bando bulicoso das borboletas que lá vão pousar.

Unidas… Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rodas da vida,
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

Eu já não tenho mais vida!
Tu já não tens mais amor!
Tu só vives para o riso,
eu só vivo para dor.

Ai! Que vale a vingança, pobre amigo. Se na vingança, a honra não se lava?

Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!

Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar.