Coleção pessoal de grbianca

Parece até que o céu reflete felicidade...

As vidas acabaram sem novos dias.
Fui dormir sem novos dias.
Acordei, sem novos dias.
Me levantei em qualquer dia.
Dormi...
E quando acordei, não tinha outro dia.

Seus olhos falavam de luta; de uma luta diária para a vida.

Sua dor me chamara atenção. E mais do que nunca seus olhos falavam sobre lutas. Mas parece que falavam só pra mim.

A gente não é nada mesmo se não um complicado recorte do tempo e do mundo.

É como se ninguém mais fosse insubstituível, é como se qualquer pessoa pudesse suprir um sentimento, é como se não houvesse qualquer sentimento.

Em meio à guerra dos homens, setenta e cinco anos é um resultado glorioso. E, no final, a gente sempre sai sem uma parte, quando, na verdade, não nos perdemos completamente.

Eu, que tento brincar com as palavras, fico sem qualquer uma quando falo de amor.

E, talvez, ter que desamar alguém seja a pior dor do mundo.

O que me mantém é o cotidiano, é dessa batalha diária que vivo.

E àqueles que te julgarão como louco nunca saberão o que é loucura. Eles estão sempre a nos julgar.

Entendi agora suas críticas à tudo. Sua intolerância ao mundo. Sua insatisfação com a vida. Ora, você acredita ser seu destino ficar sozinho.

Você se viu frente à beleza, ao amor e à confiança, mas fugiu. Fugiu com medo do amor.

A solidão te assombra. Mas você se aproxima dela com seus medos, que você os chama de coragem.

Ora, esse medo aparenta coragem. Pura coragem de um grande medo.

Não se engane, meu caro, as mulheres são mais simples que muitos versos.

No Rio de Janeiro temos dois grandes poderes: o Estado e o Tráfico. E, há anos, somos reféns dessa dupla.

Das duas uma: ou os dias deverão ter quarenta e oito horas ou existirão coisas mais rentáveis e menos corridas.

É sempre bom ter cuidado com as pessoas, elas são capazes de coisas terríveis.

O garoto não me vira. Nem poderia lembrar de mim. E das coisas que ele disse um dia. Nem ele sabia o que dizia. Quanta hipocrisia!