Coleção pessoal de GraceKaller
Um pouco de frio, confusões internas, vozes estridentes, pessoas passando, pessoas chorando... E um sorriso de canto e olhar doce em meio ao caos. Algo chama a sua atenção, a chuva acabará de cair, ela fecha o seu livro e olha pela janela, olhos sorridentes agora estavam curiosos para ver o mundo exterior... Onde estarão os humanos? Pergunta a garota... Sem respostas... Mas uma criança corre pela rua, em meio a chuva, em meio ao caos... Não, ela não estava brincando, a criança vendia doces, ao lado dos seus outros irmãos, os pais lavam vidros de carro. Ao mesmo instante que duas crianças são vistas em um carro, arrumadas para ir à escola... A chuva fica mais forte, o tráfego mais lento e ainda procurando a humanidade, ela vê casas a ponto de desabar, seguradas por uma lona em um muro de barro, vasos transitando sem flores, um mundo desumano e cruel, e a chuva... Caia e caia... Nada mais que ela, a chuva para fazer todos serem iguais... Então a garota do BRT abaixa seus olhos, abre o livro mais uma vez e entra novamente em seu mundo esquecendo por alguns minutos a sua própria realidade...
As vezes temos que deixar alguns pedaços de nós pelos caminhos da vida, pois só assim nos tornamos inteiros.
As vezes da saudade da torta de abóbora que a minha avó fazia, sempre a comia enquanto observava o campo da janela que ficava na cozinha. Ainda lembro do seu cheiro e gosto doce, também lembro dor ar de gentileza e acolhimento que rodeava a nossa casa... Pena, que isso tenha sido em outra vida
As pessoas falam das outras como se não fosse causar danos... Mas é nesse momento que os danos são causados, quando você pensa que não foi nada demais
Logo após meu entendimento sobre a minha depressão e a ter colocado em seu devido lugar, vieram as crises de ansiedades e insegurança. Então lidei com a ansiedade e estou conseguindo controla-lá mas a insegurança essa têm sido a mais cruel nessa etapa. Porém a cada dia vou aprendendo com ela e a qualquer momento escreverei aqui uma frase sobre como a coloquei em seu lugar. Por hora irei observar as nuvens, escutar uma boa música e ficar nessa zona de conforto por um tempo, porque as vezes é preciso não pensar em nada.
Ontem dei um passo para trás e decidir voltar para minha zona de conforto. Mas isso não quer dizer que perdi a batalha, mas sim que dei um grande passo e avancei algumas casas e agora preciso descansar um pouco, me reconectar.
Minha mãe me criou para ser uma versão melhorada de si mesma, bom em parte ela conseguiu, porém ela me perdeu nesse processo.
Talvez minha mãe nunca saiba, mas suas críticas sobre a cor do meu cabelo me fizeram odiá-lo, dentre todas as pessoas pequenas que criticaram, ela teve um peso maior. O pior de tudo é que eu fui permissiva, deixei que a insegurança me invadisse.
Talvez as mães não saibam o peso que fazem na vida dos filhos, apenas uma frase pode fazer seu filho ter um crise de insegurança.
Ontem tive uma crise de neurose e insegurança e pela primeira vez consegui controla-la, não apenas pensei e pensei, me mantive no exercicio de reflexão. Não foi fácil, mas é um caminho seguro a se seguir, pelo meu próprio bem.
Está em transição capilar, assumir meus ondulados e pintar meu cabelo de rosa, como sempre sonhei me fizeram mais fortes. E sim. Não é fácil, mas nada na vida é fácil, a partir do momento que nascemos somos postos em provas, então por quê não viver essas provas sendo nós mesmos?
Após um ano de casamento, vejo que ele não é de tão mal. Mas acredito que também seja a nossa responsabilidade escolher bem a pessoa que iremos dividir essa vida. Fico feliz por ter dito sim há um ano atrás, essa foi uma das melhores decisões.
Essa segunda-feira comecei preguiçosa,acordei alguns poucos minutos mais cedo, porém decidir me dar tempo de acordar e viver um pouco esse início de semana, queria me dá um luxo.
O tempo em nossa geração se tornou o cúmplice. Sim, cúmplice, pois nós somos nossos próprios vilões.