Coleção pessoal de Gracaleal

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⁠José Carlos Gomez

Zequinha. Amore. Meu amigo
Dessas formas a ti eu me dirigia
Quanto carinho correspondido
Quanta confiança e paz você trazia.


Quantos momentos divertidos juntos
Que a música testemunhou
Longas conversas regadas à cerveja
Na minha mudança, como você me ajudou!

Não comigo, mas com todo mundo
Assim era você, leve e prestativo
Paciente, otimista e resiliente
Um ser humano extremamente inofensivo.

Muito precoce esta sua partida
Deixastes muitos corações desolados
Não há quem não sentirá a sua ausência
Ze Carlos = parceiro fiel, um dos seus significados.

Descansa, meu amigo. Meu irmão
Agregue aos céus a sua essência do bem
Daqui ficaremos saudosos
Daí resplandecerais como ninguém.

⁠A verdadeira paz só se instala na consciência humana quando não somos desumanos, nem ingratos e nem covardes com aqueles que nos ofertam respeito, dignidade e acolhimento emocional

⁠Faça o seu golaço


No futebol, os campeonatos estaduais já estão bombando. É o momento dos jogadores se prepararem para os grandes torneios e também da oportunidade dos atletas, com menos projeção ou que ainda treinam nas categorias de base, sonharem com a chance de poderem mostrar o seu valor em campo. De serem aproveitados para explorarem os seus talentos diante de times, muitas vezes, considerados menos expressivos.

Os estaduais são o pontapé inicial para os amantes do futebol, torcedores apaixonados pelos seus clubes aquecerem a garganta para, nas arquibancadas, durante todo o ano, serem o décimo segundo jogador da equipe incentivando o elenco que estará em campo a fim de tentar garantir uma volta para casa com a vitória sobre o adversário. E de promoverem a alegria geral, com uma comemoração de quem lavou a alma em noventa minutos.

De alma lavada ou não, uma vez que a realidade é que os torcedores podem também voltar para casa com a derrota para o seu adversário ou, simplesmente, com um empate que igualará, naquele jogo, a qualidade em campo dos dois times, é preciso ter em mente que tratar-se-á apenas de mais uma disputa entre times rivais. E que, independente do resultado, todos têm uma vida com uma família para tocarem em frente, depois da partida.

Seja lá qual for o placar de um jogo, seja qual for o torneio, e não importa o time, nenhum torcedor deve esquecer que o nosso clube do coração terá disputado apenas mais um jogo deste esporte que é uma paixao nacional, onde todos os admiradores do futebol são nivelados, no âmbito do amor e do apoio, estando na condição de ADVERSÁRIO de algum outro time.
Adversários não devem ser considerados inimigos.

Se somos capazes de nos unirmos, de nos harmonizarmos, pelo Brasil, na Copa do Mundo. De nos tornarmos uma só torcida; pergunto: onde está escrito que sendo brasileiros, temos que nos desarmonizar, nos tornando desafetos entre nós só porquê, em território nacional, temos paixões por clubes diferentes?
A geografia do país continua sendo a mesma. Falamos o mesmo idioma, gostamos intensamente do mesmo esporte, apenas algumas cores no escudo do clube nos diferenciam. Diferenças que na Copa do Mundo inexistem e nos fazem implacáveis, quando formamos uma só corrente. Fazem do nosso grito uma só emoção que ecoa pelo planeta.

Vocês não acham que é incoerente a inimizade e a violência justamente num ambiente que tem o poder de nos tornarmos unidos e grandiosose onde a alegria tem uma só conotação de prazer e vibração?

Mais um ano de expectativas para fortes emoções, em campo. Mais um ano que teremos a oportunidade de fazermos do futebol uma das nossas fontes de respeito pelas diferenças. Respeito pela adversidade que nos permite zoar um amigo, de forma saudável. Respeito pelo próximo o qual aprendemos, através dos ensinamentos religiosos, que são nossos irmãos planetários. Respeito pelo direito do outro vibrar, apoiar e ser feliz com as cores da camisa que ele escolheu amar. E isso não significa que o amor dele por uma camisa diferente da nossa o torna um inimigo. Inimigo que para alguns chega a tal ponto de insanos entenderem que precisam feri-lo ou até mesmo matá-lo. Tamanha a violência impregnada na sua essência. Tamanha a violência com que tratam um torcedor adversário.

Basta as atrocidades que foram cometidas até 2023.

É preciso que façamos a nossa parte, quanto torcedores que possuem uma visibilidade mundial, dada as tantas estrelas que exportamos para os demais clubes fora do país. Precisamos dar o exemplo de civilidade e respeito às diferenças.
Além de sermos o décimo segundo jogador do nosso time, nas arquibancadas, precisamos mostrar aos nossos ídolos negros que aliados aos torcedores adversários, juntos, lutaremos para que haja respeito à pele de cor preta e pela obrigação do mundo de exterminar com o racismo nas arquibancadas fora do Brasil. Edificações que foram projetadas para acolherem, acomodarem gente feliz e humana e não gente mal resolvida com a sua alma. Gente sem empatia. Gente desprovida da sensibilidade no coração. Precisamos ser exemplo para tudo que condenamos no futebol e na sociedade como um todo.

Quando fores ao estádio assistir a uma partida de futebol, faça o seu golaço. Não xingue o seu adversário para não estimular o ódio, para não despertar o lado primitivo de ninguém que lá esteja. Simplesmente, curta e agradeça por poder fazer parte, assim como o torcedor adversário, de um momento especial da história dos clubes que se enfrentarão naquele dia.

Melhor do que ter ocupado uma das cadeira da arquibancada é contribuir para que todos possam voltar para as suas casa e deitarem em seguros nos seus travesseiros. É ter a certeza que neste quesito -paz no futebol - todos sairemos vencedores.

⁠Agradecimento

Do ateu, agnóstico ou extremamente materialista ao mais ferrenho na dedicação às questões divinas/espirituais/religiosas todos terão, em algum momento da vida, um bom motivo para agradecer a uma força, um mistério, uma indecifrável energia por alguma experiência, com conotação concreta ou mística, seja a própria pessoa como protagonista da cena ou algum dos ocupantes mais valiosos do seu coração. Estes costumam ter mais credibilidade.

É quase que inevitável experienciarmos coisas que fazem pouco sentido lógico, mas que promovem sensações e resultados surpreendentes e inexplicáveis.
Contudo, ainda assim há muitas pessoas desatentas que não se dão conta que estão sendo personagens de um roteiro cujo o objetivo é chamar a sua atenção para certos mistérios da vida os quais, simplesmente, não se explica. Eles apenas existem, acontecem, de alguma forma. Eventualmente, se materializam e, em geral, muda, definitivamente ou provisoriamente, o rumo dos nossos entendimentos sobre o que é estarmos na condição humana e dotados de uma "alma" que nos liga a algo que não conhecemos, mas que, não raro, ocupando a centelha do acaso, se faz presente nas nossas vidas.

E tudo bem ser um alguém disperso, diante destas surpreendentes experiências, e não detectá-las como um extraordinário enigma. Não atentar para o ocorrido ao menos pra absorver algum conhecimento ou curiosidade sobre o fato vivenciado. Nem que seja para, apenas, servir de mais uma boa história pra contar para os amigos. Ou até mesmo para reiterar intimamente que, de tão seguro quanto as suas crenças mais realistas, pautadas e sustentadas pelos significados coerentes com o óbvio, por mais que tenha percebido algo de diferente ou misterioso, não ser capaz de se deixar-se levar, emocionalmente, pelo episódio.

Escrito tudo isso, relembro o início do texto no qual eu sugiro que todos os seres humanos, de qualquer crença ou nenhuma, "em algum momento da vida terá um bom motivo para agradecer a uma força, a um mistério ou a uma indecifrável energia por alguma experiência concreta ou mística". Por algo explicavelmente inexplicável.

Como o propósito principal deste conteúdo não é direcionar nenhum leitor a fim de fazê-lo acreditar nos eventos misteriosos da vida, e sem comprovação científica, afirmo que todos, sem exceção, independente do que acreditam ou não, temos um motivo comum para agradecermos por um evento muito fabuloso e indescritível. E provo, pois trata-se de algo que tanto alcança àqueles crentes no divino quanto àqueles que precisam ver para crer.

"Uma noite estrelada e enluarada" é o êxtase do motivo que todos que têm um coração em atividade, bem como luz nos olhos devem, sem questionar, se render à gratidão. Tamanha a beleza do mistério da imensidão.

Àqueles que, já inexistentes neste planeta, não têm um corpo para que o coração possa se manter ativo, podem ter sido presenteados tornando-se mais uma estrela, no tapete celestial. Aqueles que não tendo a luz nos olhos, devem transformar a sua escuridão visual em céu noturno. E nele posicionar tantas quantas estrelas e luas desejarem. E se permitirem terem suas almas guiadas por elas. E, enquanto breu for o olhar que lhes falta, serão os únicos capazes de matizar, no seu imaginário, a qualquer hora do dia ou da noite, o céu que desejarem ter. Só a eles é concedido o poder de manipular o pez universal, inclusive, de colocar, lado a lado, a lua e o sol imperando, no teto encantado, com um manto confeccionado de estrelas.

Uma noite estrelada e enluarada, pode dizer muito sobre o concreto e o sobre o abstrato. Sobre espiritualidade e sobre o ateísmo. Sobre ser uma animal humano e sobre ser um ser humano humano.
Também sobre mim e sobre você.

Tens uma janela pela qual podes vir o infinito? Já agradeceu por ela hoje?

⁠Não é clichê

Não é clichê. É fato.
A cada amanhecer nos é dada uma nova oportunidade de fazermos algo que nos faça bem, que nos faça crescer e aprimorarmos quanto individuos residentes em um ambiente cuja coletividade predomina. E que, aceitando ou não, os demais são nossos semelhantes, uma vez pertencentes a mesma espécie, e necessitam, no mínimo, assim como nós, do básico para se manterem com vigor, bem como se sentirem inclusos e respeitados como cidadãos que são, em um espaço que deve ser reconhecido como de todos, sem exceção.

A cada amanhecer, podemos fazer algo que venha contribuir para que tenhamos uma sociedade melhor, capaz de promover mais qualidade de vida para todos os seus integrantes. Uma sociedade que possa se desenvolver tornando mais leve o dia a dia de cada um dos meros mortais deste planeta. Em especial, daqueles que têm as suas provações mais ignoradas e que recebem menos atenção de quem pode ou está em uma condição capaz de ajudar a reverter o seu quadro.

Não é só pelas vias materias, financeiras e políticas que se promove leveza e qualidade de vida a um semelhante. É infinito o potencial de um ser humano de bem para fazer a grande transformação na vida, ou no dia de alguém que talvez não se sinta, em algum momento ou período da sua estadia nesta esfera, um ser importante ou relevante pelos que transitam ao seu redor.

Dentre tantas ações possíveis, um sincero desejo de bom dia acompanhado de um sorriso largo. De simpatia. Uma singela gentileza ao cedermos a vez para alguém, quando estamos na fila de um supermercado ou padaria, por exemplo, que percebemos se tratar de um trabalhador(a) que, estando no seu horário de almoço, encontra-se nesta mesma fila, na correria do seu tempo, cronometrado em uma hora para descansar e se alimentar, a fim de comprar o alimento que lhe dará o sustento até o fim do expediente.
Um cuidado delicado, através de um olhar humanizado, diante deste calor intenso, apesar da correria da vida de muitos de nós, ao congelarmos uma garrafa plástica com "água filtrada" e oferecermos a um morador de rua quando sairmos para um dos nossos compromissos do dia.
Sim, pequenos gestos fazem toda a diferença para contribuirmos com esta, tão desejada, qualidade de vida, na sociedade. Enquanto muitos de nós acham que as grandes ações é que são os únicos caminhos. Que só mega movimentos sociais são capazes de mudar o mundo têm gente, nosso próximo, nosso semelhante, nosso irmão existencial precisando de um modesto aceno de um alguém para se sentir visível e integrado. E de tão grato, ter o seu dia transformado fazendo com que ele se sinta muito mais motivado, mais cheio de fé, de esperança e de felicidade interior.
O dia deste indivíduo, mesmo que siga o seu fluxo dentro de uma jornada tensa, árdua, sofrida e, eventualmente, pouco ou nada produtiva, certamente terminará muito mais próximo do bem estar que lhe faz bem à alma.

E o novo amanhecer se encarregará de emanar muito mais luz na vida de todos os envolvidos nos gesto singelos e grandiosos no efeito, mesmo que o dia seguinte seja nublado.

⁠Dia nacional de combate à intolerância religiosa - 21 de janeiro.

Só não podemos perder a autonomia do nosso intelecto, uma vez que LOBOS SEDENTOS DE PODER, COVARDIAS E DINHEIRO estão em todos os segmentos religiosos.
Jamais esqueçamos que as religiões foram inventadas pelos homens .
No fundo, ninguém precisa de religião para se conectar com o divino, mas tudo bem que elas existam. Afinal, há momentos nas nossas vidas que não conseguimos administrar, sozinhos e com equilíbrio emocional, as tantas experiências que castigam a nossa alma, as tantas provações através da perdas irreparáveis, bem como as covardias de alguns dos nossos semelhantes no tratamento dado às nossas ingenuidades além das dores da carne, do coração e do nosso espírito que, inevitavelmente fazem parte do nosso destino.

⁠Esquece. Não tente me decifrar.
Não sou bipolar (talvez um pouco, na dose certa e paliativa), apenas tento sobreviver ao caos, nas relações, promovido pelos desumanos trevosos que ocupam todos os segmentos da sociedade. Seja entre os nossos supostos amigos e/ou conhecidos, seja na nossa família, seja no nosso ambiente profissional, seja entre alguns dos amores os quais não deveríamos ter valorizado nem ter entregue o nosso sentimento mais sublime, seja no ambiente insalubre da política do nosso país e do mundo.

Esquece. Não tente me decifrar.
Não sou bipolar (talvez um pouco, na dose certa e paliativa), só não deixo qualquer um entrar no meu univerdo particular sem senha. Sim, sou seletiva. Sou feliz como sou. O que não significa estar , permanentemente, 100% satisfeita diante de todas as minhas experiências. Mas, fato é que, sou feliz como sou. E percebo que, sendo assim, me decepciono menos do que a maioria das pessoas que eu conheço (acho que passo menos ridículo também).
Consigo extrair pessoas da minha vida, com facilidade, quando percebo que, depois de uma vasta convivência, em nada me acresecentam ou simplesmente só sugam a minha energia. E não me sinto culpada por isso, pois sempre tento fazer com que a boa relação prevaleça e dure. Mas quando a outra parte só me enxerga com uma alternativa para benefício próprio, vira logo "era uma vez..."
E Sigo sozinha, sem olhar para trás. Muitas vezes, a relação também segue, mas sem tempero. Só com água e sal mesmo.

Como alguém que gosta de ler e escrever, viro a página como ninguém.

Ah, mas quando eu gosto de alguém, cuja a reciprocidade nos valores essências, para relação crescer e frutificar, torna-se uma marca e eu sinto que realmente vale a pena que este alguém se mantenha na minha vida, sou fechamento e não me privo de dedicar-lhe afeto. E demonstro muito mais nas formas menos convencionais. E dispenso a publicidade e a plateia.

Ao máximo possível, evito atender a demanda espontânea de alguém para que eu pratique a hipocrisia, na nossa relação. Por mais que seja uma necessidade da outra parte, ela que cresça e aprenda a lidar com a minha transparência. Egocentrismo? Eu também não deveria aprender a lidar com a imaturidade dela? Talvez, mas me permito não fazê-lo, quando a hipocrisia é a base, na troca

Procuro ser verdadeira em todas as minhas personagens. Personagens, Graça? Sim, personagens. Ou vocês acham que temos uma permissão incondicional para ousamos ser uma só pessoa, em tempo integral, diante das tantas faces humanas que cruzam os nossos caminhos?
Contudo, não se faz necessária uma inevitável falsidade. Manter a autenticidade em todas as nossas personagens é que é a grande sacada. É incrivelmente honesto e libertador.

Confundo. Desperto curiosidade. Sou invejada. Sou criticada. Sou mal interpretarda (nada disso paga a cerveja que eu adoro tomar, especialmente no verão carioca). Porém, o que eu sou copiada, não é pouca coisa. Mais do que isso, sou alguém tida como uma pessoa importante para estar na vida de muitos outros alguéns, apesar de eu ser indigesta, nas redes sociais e não raro, na vida real. Afinal, todo mundo gosta da verdade, da sinceridade, da transparência e da autenticidade do outro, mas só na teoria. Na prática não segura e corre logo para a terapia.

Não sou do tipo que enfia goela abaixo a minha presença na vida de ninguém. E também não aturo presença indesejada por muito tempo, quiçá nunca. Dou sempre um jeito de evaporar comigo ou com o outro.
Frieza? Não. Amor próprio. Liberdade para ser quem sou e atuar só quem vale realmente a pena.
Tenho consciência dos altos e baixos emocionais caracteriscos da espécie humana. Sei também ser paciente. Só não tenho paciência para mi-mi-mi infinito nem oportunista. Drama tem limite.
Até aqui, ainda não experimentei o que é ser uma pessoa dependente socioemocional. Quando acontecer, eu conto pra vocês. E tentarei fazê-lo em poesia que é pra vocês não esquecerem que eu também tenho um lado fofo de ser (rs).

⁠⁠SOS para o planeta, urgente. Pra ontem.

Você está fazendo a sua parte?

SE LIGA: a nossa parte "não é só" criticar os políticos. A nossa parte começa na nossa consciência quanto responsáveis e residentes desta esfera azul.
Somos os inquilinos da terra. O contrato, para esta moradia é a nossa certidão de nascimento. Uma vez aqui, devemos cuidar do ambiente que nos abriga. Não temos a opção de mudar de imóvel. De moradia. Daqui para o túmulo. Porém, prestaremos conta da não manutenção desta residência. E os nossos descendentes pagarão a fatura do estrago que fizermos.

⁠Os ignorantes e desinformados aplaudem e apoiam qualquer sustentação política que alimente o seu ódio e as suas vísceras. O fígado destes costuma ocupar o lugar da sua massa cinzenta.
Estamos muito longe do equilíbrio e da salutar consciência social

⁠Dia internacional do agradecimento - 11 de janeiro

Para agradecer não precisamos de uma data específica. Todos os dias, ao amanhecer e ao deitarmos as nossas cabeças nos nossos travesseiros, temos motivos para agradecer pelo dia de vida. Agradecer pela saúde, pelo teto, pelo alimento e por tantas outras conquistas e condições que mobilizam os nossos corações a nos sentirmos felizes e reconhecedores de um bem vindo do outro ou do universo divino.

Até nas experiências poucos agradáveis de serem vividas, temos sempre algo de positivo que nos leva ao aprendizado, consequentemente tornam-se também um motivo para agradecermos, mais cedo ou mais tarde.

Mas lembre-se: sermos gratos ao outro não significa nos tornarmos um eterno objeto funcional cuja a finalidade é suprir, incondicionalmente, as demandas e exigências muitas vezes autoritárias e/ou desequilibradas e/ou desproporcionais e que tenham um perfil de frustração no outro quando este, vazio na sua essência, por alguma razão, se sente no direito de cobrar por um bem que em algum momento nos foi ofertado, de forma direta ou indireta.

Retribuir de coração, sim. Se prestar à simples condição de serviçal psiquicoemocional não.

Dizer obrigado(a) por tudo, sem exceção, é muito relativo. Se algo, alguém ou algum evento ao invés de promover aprendizado, só promove dor, tragédia, injustiça, desgraça, por exemplo, não creio que seja passível de um "muito obrigado(a)" dentro de um parâmetro de satisfação e gratidão plenas. Nestes casos, sugiro uma reflexão sobre o tema, bem como sobre as suas consequências, antes de etiquetar o evento como algo que você deva ser grato(a) de olhos fechados.

Já me manifestei, em um outro texto, sobre a "modinha do momento" no uso das palavras "gratidão e gratiluz". Nada contra elas, no sentido literal. Eu mesma uso o termo gratidão, eventualmente. Muito eventualmente mesmo, pois me policio para não parecer que pertenço a algum grupo com práticas alienantes. Contudo, quando ditas com uma conotação claramente robotizada, em um sentido notório de uma doutrinação que leva a verbalização destas palavras de forma repetida a fim de se estabelecer socialmente uma suposta evolução espiritual de quem a expressa soa, para muitos, que não fazem parte de um clã normativo, como uma total perda de identidade e, igualmente, da espontaneidade na manifestação do agradecimento.

Penso que a verdadeira evolução, seja da espécie, seja do espírito, está diretamente ligada à absorção de conceitos, valores, práticas, trocas e objetivos que estejam muito mais voltados para tudo que propaga a sinceridade, que escancara a narureza do sentir sem filtro e sem oportunismo do que para atender uma vaidade individual ou coletiva. Porém, para isso é preciso exterminar a hipocrisia nas relações e o narcisismo contemporâneo. Isto, sim, é o grande desafio a ser enfrentado para que o universo emane gratidão pelo planeta.

Ou você também é grato(a), bem como sente-se confortável diante das farsas que te rodeiam?

.

⁠Amores vêm e vão. Pessoas entram e saem das nossas vidas. Quem, com total garantia, sempre permanece, no cenário das relações que podem ser transitórias, é você. É você quem, inevitavelmente, deve seguir em frente, independente de quem ficou ou se foi.
Nem todo mundo merece ou está habilitado para chegar até o final com você. O caminho é seu. O seu caminho é responsabilidade sua. Muitos não são boas companhias e não vale a pena insistir que fiquem. Muitos não passam de encostos ou encostados.

⁠O coração pode escolher a quem odiar, mas ele não escolhe a quem amar. Mesmo que o seu corpo esteja aprisionado, a sua mente é livre e voa. E ama, de onde estiver.

⁠O Tempo é contínuo. Não existe o novo. O que existe, frente a nova partícula do Tempo, tempo este que nós mortais ousamos dividir cronologicamente, é a vontade de fazer diferente. E para fazer diferente, não precisamos de um evento atribuído à transição do Tempo. Basta determinação individual.
FELIZ NOVA PARTÍCULA DO TEMPO.

⁠Para 2024, um dos meus desejos é que o modismo insano no uso da palavra GRATIDÃO seja substituído pela antiga, funcional e sincera palavra OBRIGADO(A) verbalizada em um tempo onde havia mais verdade no agradecimento e ninguém precisava de plateia para reconhecer um bem recebido, fosse ele advindo do universo ou de alguém.
Não sou uma nostálgica, ao ponto de resistir ao novo, mas é frustrante vir tantos movimentos novos, com rótulos místicos, que não passam de uma ilustração da alienação de alguns que acreditam em qualquer coisa, bem como investem as suas carências em tudo que demanda este místico, como forma de se autoafirmarem, serem bem vistos e aceitos no meio que, no fundo, os ignoram como indivíduos importantes, mas, ao mesmo tempo, neste meio, não falta quem os manipulem misticamente para que se sintam dignos de holofotes e reconhecimentos pela busca do progresso da sua alma.
Enquanto administram as vaidades dos seus adeptos, estes manipuladores muitas vezes enriquecem e, galgando até alcançarem o status de figuras poderosas, transitam entre a suposta missão e a notoriedade rentável.

O misticismo tem o seu papel no universo humano? Acredito que sim. E muito pode ajudar o indivíduo a entender o seu próprio universo interior. Porém, lamentavelmente, não falta quem acredite em qualquer coisa, como tábua de salvação, para se sentir evoluído, amparado e consequentemente, acabar por se juntar aos loucos com práticas inúteis. Sim, práticas inúteis.
Dizem que os verdadeiros sábios são loucos. Contudo, em geral, me parecem mais úteis, pois, com o tempo, descobre-se que eles têm uma certa coerência, são dotados de um curioso desprendimento da vaidade, não costumam ser papagaios, mas, sim, desenvolvedores de conceitos que, no mínimo, nos obrigam a refletir, incansavelmente, sobre eles antes de sairmos por aí multiplicando-os como se fossem um produto de uma fábrica, o qual acabou de ser finalizado, através de uma linha de produção, e encontra-se pronto para ser distribuído e consumido incondicionalmente.
Estes sábios, não raro, costumam deixar, para a humanidade, mensagens relevantes nas suas biografias. Eles costumam ser mais essenciais ao planeta do que muitos ditos "sãos" e atuais descobridores da roda que, envoltos no manto da falsa boa intenção, não passam de seres oportunistas e narcisistas tentando esconder os seus interesses enquanto trilham, de maneira oculta, os caminhos que possam lhes promover visibilidade social e conforto material.

⁠Na falta de conteúdo constante, selfie frequente.

⁠Alienados, políticos e religiosos, se mantém irredutíveis nas suas convicções as quais são administradas por terceiros. Quem valoriza o próprio intelecto se permite reflexões e, em geral, costuma se libertar das influências maléficas dos seus líderes políticos e religiosos os quais, de forma daninha, comandam o seu intelecto, e se permitem entrar em um processo de independência intelectual.

⁠⁠Já é sabido que a ignorância é uma bênção.
Todos aqueles que se sentem abençoados por ela não ouvem, não pensam, não falam e não adquirem informações além do incentivo que recebem dos seus cérebros externos. Estes, impregnados com o poder de comando, ofertando pílulas diárias de alienação, definem o status da sabedoria dos seus fiéis. Seja na politica e/ou na religião, em especial

⁠Provoque raiva nas pessoas as quais você suspeita, ou identifica que se incomodam com o seu jeito ser, com o seu estilo de vida, com os seus pensamentos, com a sua liberdade e independência intelectoemocional, bem como com o fato de você existir (isso, infelizmente, existe. Não é neurose).

Gente com raiva não tem tempo de sentir inveja, tamanha a raiva e a vontade de que a gente se exploda(acredite, este tipo de estrago, nas nossas vidas, vindo do tipo de gente descrito acima, é bem menor. A inveja, realmente, é uma "M...@").
Mas lembre-se: toda regra tem exceção. Você pode acabar tendo que lidar, simultaneamente, com a raiva e com a inveja de alguns, se você não mudar de postura e, definitidamente, tomar a atitude de impedir o acesso, destes seres, ao mirante que lhes permite apreciar, amplamente, os detalhes da sua vida social, pessoal, afetiva e profissional.

Ouça, cuidadosamente, o que eu não digo, pois é, exatamente, quando eu mais me explico.

⁠Guerras

A sociedade não aguenta mais
Ver a selva sendo destruída
Tanto ódio entre os animais
Para o planeta não vejo saída

Tanta briga entre os leões
Leopardos homicidas
Rinocerontes atacando aviões
Elefantes pisoteando formigas feridas

Onças entocadas para atirar
Lobos desarmados de amor
Macacos a espreita para degolar
Ursos bombardeando sem pudor

E meio a milênios de tanto horror
A espécie irracional aterrorizada
Como se proteger do poder devorador
E de animais que se sustentam de derrocada

Este cenário retratado com frustração
É inimaginável com os personagens nele descritos
De pensar que os reais protagonistas são dotados de razão
Como esperar da espécie o findar dos seus delitos.