Coleção pessoal de gnpoesia
Na exuberância do entardecer exalas o perfume de uma fragrância não conhecida, a delicadeza de deixar-se ao vento, de esganar-se e inclinar-se com o sopro forte do acaso e voltar a ser o que era, uma flor.
Mesmo despedaçada exalas o perfume de uma fragrância não conhecida mas ainda existe o jardim e continuas ainda sendo uma flor.
A flor que existe em nossa vida, talvez despedaçada e desconhecida mas exalas o perfume de uma fragrância jamais sentida, o cheiro da flor chamada vida no arrebol de nossa essência.
A flor espargindo o amor com as lágrimas bentas da existência.
Ascendi os meus caminhos com a minha lépida pendurada à janela durante a noite. Os seus olhos são luzes ofuscadas e cintilantes do entardecer. O seu corpo são densas nuvens recaídas sobre as montanhas. Te esperei e tu não viestes... Ah! não viestes.
E nos mares saltitantes em braçadas lentas, em um denso véu de um céu azulado, o mar encobre o nosso alento e vivemos um paraíso em um crepúsculo à barlavento de um toldo estrelado.
O explícito é a continuidade superficial de um tudo desconhecido, a diferença entre esta e aquela é simples: o explícito é visto.
Os olhares suavemente se entreolham
e silenciosamente perdem-se nas desoras
no silêncio adormecido do penar.
E na procura do amor pela alma, em um só, já estavam lá.
Aos ventos que sopram nossos olhares, como a mão de uma mãe a afagar,
o beijo inevitável e sem sabor:
- A delicadeza virginal do amor.
Nem pra ser suave, amoroso e ter uma experiência inesquecível te quiseram, não deixaram você ser e existir.
E o desejo, com o sol há de se pôr, guardarei nos meus lábios e na minha dor, esse nosso beijo, meu amor.
Os lábios inertes sem minha boca e sem língua, essa vã pecadora que me deixou assim, triste, na solidão, ô meu amor seja como for eu te amarei com um amor sem dimensão.
Em outros braços te entreguei e fiquei na solidão, todo corpo seu nunca serás o meu e tudo se transformará em orquestração, ah! você desejei e vou morrer apaixonado na ilusão.
Uiraúna meu amor,
Serás sempre minha paixão,
Minha princesa, meu sertão,
Mesmo com tristezas e alegrias,
Voltarei pra você um dia.
Fui embora e levei a saudade comigo,
Saudades do meu povo,
Do nosso jeito de falar.
Saudades do clima quente e do caneco d'água gelado a golar,
Saudades do cuscuz e das delícias que só tem lá.
Saudades até do carro do ovo a me acordar,
Saudades de tudo, nem sei nem por onde começar...
Voltar é uma palavra doce que nem alfenim,
Saber que lá tem sempre alguém, esperando por mim.
Uiraúna meu amor,
Serás sempre minha paixão,
Minha princesa, meu sertão,
Mesmo com tristezas e alegrias,
Voltarei pra você um dia.
O mar se afogou na imensidão
quando afoguei em suas ondas meu coração
É o canto de agouro da coruja
hei de me banhar com folhas de arruda
para afastar o mau olhado de sua profanação.
O meu amor é um mau assombro
tomou banho na quarta feira de trevas
É a botija cintilante de meus sonhos
o último aceno que não se tem mais esperas.
o bacurau velou nossas noites
tão inocentes e de prazer inexistencial
inocência de tenro açoite
esgoelando-se em você, ser angelical.
A asa branca festejou a seca e no inverno silenciou-se o carão.
E o mar se afogou na imensidão
quando afoguei em suas ondas meu coração
O amor existe mesmo que surja dentre as pedras e poeira, às vezes incompreensível como a vida ansiando o horror, haverá de existir e de existência viveremos a procura desse amor...
Não devemos acompanhar o sucesso do que escrevemos mas se contentarmos que a nossa poesia vai encantar o mundo em silêncio... Não é a toa que os melhores poetas estão enterrados vivos na poesia...
Das artes se pintou uma amante,
Ao som dos Beatles és a pequena sereia,
Da genética vai crescendo a estudante,
E de Alice ao antídoto perfumante,
Do amor-seixas de Carlos Vieira.
poesia "Alice".
A energia que conduz à magia,
De mil maravilhas sem fim,
É a condução da nostalgia,
Em Alice, principio e fim.
Na vida só se ama uma vez,
De Raul Seixas se tem a lucidez,
De um amor sem dimensão,
Alice tem um avô, Einstein, o pensador,
Da fluidez do coração.
Das artes se pintou uma amante,
Ao som dos Beatles és a pequena sereia,
Da genética vai crescendo a estudante,
E de Alice ao antídoto perfumante,
Do amor-seixas de Carlos Vieira.
Em cada olhar cintilante,
Há novos sonhos e novos caminhos,
Outros ventos sopram os nossos destinos,
Advém um Ano Novo brilhante.
Em 2019 a vida recomeça, feliz Ano Novo.
Pelas ruas de Pombal há esperas
Que encontro na imensidão
O amor de Dona Vera
Que preenche meu coração