Coleção pessoal de gleisonviidal

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Depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro.

Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como “estou contente outra vez”.

Quando partiu, levava as mãos no bolso, a cabeça erguida. Não olhava para trás, porque olhar para trás era uma maneira de ficar num pedaço qualquer para partir incompleto, ficado em meio para trás. Não olhava, pois, e, pois não ficava. Completo, partiu.

Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo.

E tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo (...) que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era.

Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva.

Quando um ser humano olha para outro e a primeira coisa que vê é a cor da pele, então, seja em que condição este observador esteja, está sendo preconceituoso.

Hoje eu vou dormir.
E talvez eu não acorde amanhã⁠.
Existem dias em que desejo que sim;
E dias em que desejo que não.

Existem dias em que o jornalismo registra fatos que, no futuro serão contados nos livros - e serão guardados por gerações. Nesses dias, o que o jornalismo faz é escrever a história.

Há Dias

Há dias em que tudo que eu posso é me recolher.
Ocupar o mais solitário cômodo da casa, onde ninguém vai, onde a luz natural não alcança, onde quase nada chega. Só as menores coisas (ainda que, algumas, tomem tudo): fragmentos de grandes lembranças; um inseto ou outro; a esperança; o silêncio; a saudade.
E nesses dias toma-se banho mais depressa;
Come-se mais rapidamente;
Dorme-se maiscedo.
Mesmo nos dias mais quentes, tem-se frio (um frio interno),um tremor, uma angústia.
Pensamento desordenados, acelerados, destrutivos.
Nesses dias eu sou, apenas, uma lágrima de dor genuína que escorre pelo rosto e só o escuro do quarto e a solidão da alma a reconhecem.
A luz volta, eu sei.
A vida e os sonhos continuam.
Mas, por hoje, é isso.

Tem dias que a gente acorda e só pede a Deus força pra aguentar os contratempos da vida.

Todos os dias a gente se dá motivo pra apertar o botão de deletar, mas alguma coisa maior faz a gente salvar a tempo.

Tem dias que a gente só precisaria de uma palavra bonita pra ficar bem.

Tem dias que a gente se sente
um pouco, talvez menos gente.

Chega uma hora que você tem que aprender que a vida é só uma e você precisa viver. Você vai entender que tudo muda em questão de segundos e que só o tempo é capaz de fazer.

Não deixei de te amar, só aprendi a viver sem você. E talvez isso seja o melhor a se fazer. Não adianta insistir em algo que estamos vendo que está dando errado, e nada se faz para reparar os erros. É melhor sofrer a agora, do que eu te amar a tal ponto que não saiba viver sem você e seus erros... E, e eu começar a viver sem mim. Agora viverei por mim, consertarei meus erros. E me amarei de tal maneira que eu seja minha prioridade.

Aprendi tão bem a ficar sozinho e gostar da minha própria companhia que hoje sou viciado nisso.

Tô aprendendo a viver sozinho.
Viver na solidão não é tão ruim assim,
pelo menos ela não me machuca, só fica
aqui ao meu lado, ao contrário de pessoas
que só sabem machucar mesmo quando não
estão ao meu lado.

Não sei onde estou indo, só sei que não estou perdido, aprendi a viver um dia de cada vez.

Começava a ter medo dos outros. Aprendia que a nossa solidão nasce da convivência humana.