Coleção pessoal de GiusepeBertoli
Eu quero beijos intermináveis, carinho na nuca, abraço aconchegante, sorrisos sem porquês, eu te amo inesperado, beijos na testa, mãos dadas, dedos entrelaçados, corpos colados, suspiros sem perceber… Eu quero apenas um amor para ser feliz, sorrir de verdade com um motivo.
Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.
Eu começo hoje sem ao certo saber onde decorrer minhas lamúrias, preciso de apenas 1 minuto sem pensar em nada que me faça não dormir, me sinto estranho e impotente, e para min sempre é problemático o fato de eu não conseguir controlar o mundo.
O mais estranho, porem, é o fato de eu ter o entendimento de que as pessoas são responsáveis pelas próprias decisões, mesmo tendo essa noção ainda tem a sensação de que poderia ajudar em algo, mas minha pouca empatia ou sei lá o que eu tenho de errado me impede disso, acho que meu medo de ser inconveniente.
Penso eu que ser um eco na mente de alguém, é o mesmo que colocar uma maldição nesse alguém, enfim, é algo que eu não quero que aconteça.
Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar.
Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar em vão, para trazer a linha de volta. É aceitar doer inteiro até florir de novo.
Chorei feito criança ao perceber que ainda conseguia sentir afeto, sentir ciúmes, sentir amor de fato, me senti mais humano hoje, e portador de todas essas fraquezas, me senti faceiro e orgânico, mais do que achei que era possível.
Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que, no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?
29 anos da minha falha existência, um brinde aos idiotas, um brinde aos hipócritas, a todos que me amam e também me odeiam, inevitavelmente ainda existo.
Digo que me importo, e talvez me importe mais do que faça sentido, porque me importo com o que ainda não pode ser visto, me importo com o amanhã, o seu amanhã, e seu íntimo, e com as confusões e dúvidas por de traz desse teu sorriso.
Um dia tu vais compreender que não existe nenhuma pessoa totalmente má, nenhuma pessoa completamente boa. Tu vais ver que todos nós somos apenas humanos. E sofrerás muito quando resolveres dizer só aquilo que pensas e fazer só aquilo que gostas. Aí sim, todos te virarão as costas e te acharão mau por não quereres entrar na ciranda deles, compreendes?
A maior parte do mundo estava doida. E a parte que não era doida era furiosa. E a parte que não era doida nem furiosa era apenas idiota.
Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.
Apenas duas pessoas sabem o quanto eu te amo.
Eu e Deus.
O dia que duvidares de mim,
pergunte a Ele.
Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado, e obscuro pra viver a minha solidão; por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo, e não conseguia nada.
E é sempre assim, dissonante da realidade e perdido nos meus devaneios, mas é somente assim que eu a tenho; fria, distante, inquieta, mas igualmente linda, profunda, etérea...
Deixa que a loucura escorra em tuas veias. E quando te ferirem, deixa que o sangue jorre enlouquecendo também os que te feriram.