Coleção pessoal de giuliocesare

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⁠Sonhar que está voando em um balão bem colorido, ao raiar do dia, com o mundo passando devagarzinho aos seus pés, às ordens do vento, não tem idade; é lúdico, é criança, é mágico. Bem-aventurados aqueles que realizaram ou realizarão seu sonho na magia de um aeróstato ou balão, ou ainda melhor, no balão mágico.

⁠Uma avenida não é só um logradouro. A expressão ‘avenida’, pode também definir uma relação afetiva. O fluxo e a intensidade do tráfego nos dois sentidos são indicadores dos sentimentos, se existe ou não uma efetiva troca.

⁠Quando chegamos aqui, uma estrada é colocada à nossa frente e iniciamos a jornada, guiados. Com o tempo, por conta própria, passamos a decidir a direção nas bifurcações que surgem. Sem acidentes que possam antecipar, na aproximação da chegada, já lentos, nos deparamos com várias placas: 'proibido parar', 'proibido estacionar' e, a pior de todas, 'proibido retornar'.

⁠Delegação de felicidade quando, de longe, muito longe, vimos pessoas que tanto gostamos em evento iluminado de alegria e descontração. Pode ser até um eremita isolado no Himalaia mas, moderno, com celular, será contagiado e, como estivesse presente, feliz!

⁠Não há astrofísica, física teórica ou quântica que possa explicar como uma pessoa ao seu lado, estar na mesma distância de Júpiter e outra em Júpiter, estar ao seu lado, junto, colada como um carrapato.

⁠Chega a madruga; frio; o sono barrado; música suave e romântica em seus ouvidos; e um desejo louco estar de corpo e alma com alguém. Isso tem um nome: amor!

⁠Pior quando constata que sua intuição não é mais a mesma. Funciona com uma versão antiga e não consegue se atualizar, pelo tempo de uso e fadiga de material, da sua mente. Mesmo assim, apesar da frustração, não a descarte; aos trancos e barrancos ainda poderá ajudar.

⁠Uma questão shakespeareana de ser ou não ser: ser bobo feliz ou esperto infeliz? Se Einstein fosse responder, ele ponderaria que depende do tempo em que se é feliz sendo bobo e infeliz sendo esperto. Entretanto, para Carlos Drummond de Andrade, a resposta seria objetiva: 'Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.'"

⁠Antigamente, o eremita era de fato um ermitão. Isolado em seu eremitério, lugar deserto ou caverna em uma montanha inóspita, cumpria penitência em seu plácido ostracismo até o dia em que encontrou um celular e, pior, funcionando. Coitado, foi abduzido pela humanidade.

⁠Ao longo dos milênios, só conseguimos prosperar em todos os sentidos, por erros cometidos na busca do esperado acerto. Portanto, podemos dizer que os erros são pilares de sustentação dos nossos acertos, sucessos e êxitos.

⁠A nobreza de saber cruzar as pernas, segurar uma taça de vinho e levar uma xícara de café à boca, são gestos sutis que evidenciam a elegância de uma mulher. Esses pequenos detalhes despertam a admiração e a emoção dos bons observadores.

⁠É bom sempre lembrar que generalizar e preconceito, são eminentes, notáveis e ilustres representantes da barbárie na humanidade.

⁠Com toda tecnologia, o olhar, o detalhe, o momento, a sensibilidade e a perspectiva do artista fotógrafo são inigualáveis e são um dom, disse artista. Amado tempo, quando uma simples foto de papel andava com a gente, por puro carinho e emoção.

⁠Andávamos em bandos e tribos, evoluímos para comunidades. Prosperamos até o dia que alguém disse e cumpriu: “dana-se o vizinho!” Desde então, chegamos aos dias de hoje com medo do amanhã.

⁠Que realidade pode ser a vida sem passado, vivendo na utopia do amanhã? Importante mesmo é o seu hoje: real, na mão e respirando, viva!

⁠Poeta é um ser estranho e bobão; só sabe se externar com o coração.

⁠Às vezes, a maior distância do universo está dentro de nós. Bem-aventurado aquele que sabe navegar para encurtar caminhos em boas e seguras rotas.

⁠A perda de um amor não pode significar o fim mas o recomeço, a renovação da vida em te colocar de novo na busca, secar as lágrimas, iluminar o caminho e resgatar o teu lindo sorriso.

⁠Pelo cotidiano, a vida é no mínimo engraçada. Todos os dias nos testa: alguns são imperceptíveis, só nos damos conta depois; os inexplicáveis, você erra vendo, com seus olhos, sem enxergar: e outros devastadores, os definitivos. Um verdadeiro banco de provas. Agora, por que? Quem encontrar a resposta e plenamente convencido, já tem passaporte e visto carimbado para o paraíso.

Se fosse possível deletar, excluir e apagar as recordações do passado hoje, no presente, o futuro ficaria tão sem sentido quanto a própria existência. ⁠