Coleção pessoal de gislenecamargos

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⁠Beloadormecido...

Quero o teu sono profundo
na fundura abissal dos meus olhos
a velar pelo teu adormecer...

Meus olhos tecem bordados e telas
do teu corpo em repouso e pouso...
Um pausa para pousar minha alma na tua
sentir teu coração em “modo sono”...
teu corpo parece flutuar no ar...
Você “beloadormece”...
na ternura e quentura de nossa literatura...

⁠Somos “interrogação”...

As minhas interrogações
são passarinhos ainda no voo...
são estrelinhas delicadas
no firmamento do meu coração...

são borboletas ainda “lagarteantes”
em pré estréia de voo...
“lagarteando” e sonhando voos...

Minhas interrogações interrogam as suas...
minha interrogação... tua interrogação...
brincam nas dobras de nossas dúvidas
em estado de encantamentos
momentos delicadeza ternura beleza...

Minha interrogação reza e a sua, ora...
Por ora, somos cirandas e crianças
tentando decifrar o enigma amor...

⁠Divino à flor da pele...

Coração à flor do amor...
Alma à flor do coração...
Meu corpo à flor do teu...
o teu floresce no meu...

Nossos corações florescem
e são canteiros floridos...arrebentando,
delicadamente, bloqueios de espinhos...

caminhos de carinhos e mimos de ternura...
somos voz corpo alma coração
veludo seda algodão
a acariciar o divino um do outro...

Fascínio e mistério em rios
de sorrisos e encantamentos...
desnudos na candura de anjos
em arranjos e desarranjos celestiais e carnais...

Celebração na vibração do amor...
amor flor... amor à flor dos nossos sorrisos...
Sorrisão...

⁠Novos belos horizontes...

Sou andarilha dos meus infinitos
cercados de “novos belos horizontes”...
Ando mergulhada em ternuras e literaturas de
“outros mundos”...

Descabida em mim, mergulhada nas
tuas ilhas e maravilhas...
cercada por ti por todos os poros...
são nossas peles
que envolvem o encantamento deste momento...

Momento de geografias delicadas e dedicadas
a memórias favo de mel...
Doçura que cura... doçura pura...
cura pura... pura cura...
você e eu inventando e desenhando
ilhas outras...
Outras melodias
em dias e noites de pura poesia...
Mania de poesia... eu ia e você vinha...
Encontro, nem te conto,
regado a cerveja e pureza

⁠Teu gosto em agosto...

O vento é pente...
penteia e despenteia
as folhas... flores...
árvores em reconfiguração...
A ventania exala...
(pre)sinto,
sinto e (re)sinto o teu cheiro e gosto...

num agosto à gosto de saudade e carinho...
Ventania que nina e sacode e descobre...
abre estradas e mares de amares
em meu corpo em (re)composição...
uma canção em meados de um agosto...

⁠DNA EM POESIA

A poesia é meu dna mais profundo...
um mundo particular e secular...
vivo “carregada” pela poesia...

Uma ponte a me (re)ligar a mim mesma...
a esmo me procuro...
sou caleidoscópio em espiral...
uma tal mania de me perder
dentro e fora de mim..

A busca é fulga... me escondo nas palavras...
entre o dito e o não dito...
repito: bendito todos os dias em que a poesia me
possui e intui...
Bendita a tal mania de dizer o “não dito”...
o proibido... poesia com libido pelo não dito...

... inventa ditos escondidos na profundeza
de palavras vazias... mentiras...
“De mentirinha” vou me fazendo
verdade dita e bendita...

⁠Zeus e eu...

Meu Zeus e eu... eclipse no panteão...
Esse Zeus é deus meu...
nosso altar é sol nascendo nas nuvens...
Altar adornado de corpos, almas e coração...

Nossa oferenda é de rendas...
rendas tecidas e entretidas
por nossos corpos em trança e dança sagrada...
Isso muito nos agrada...

teu eros é elo a bordar e desenhar amar...
beija- flor a beijar a flor amor em voos e pousos...
Repouso por entre peito e cabeça
a esperar nova performance...

Um romance em nuance
por um eros artista divino profano...
Zeus e eu...
Eu e meu Zeus...

⁠O Todo-Poeta e nós...

Nossos olhares se jogam um no olho do outro e... se
diluem em ondas quânticas e semânticas...
são chamas e labaredas...
em paredes e redes de fios de sonhos risonhos...

Somos feito “bobos alegres” em tibungo
no fundo dos olhos um do outro...
As palavras são sorrisos e risos
em encontro trocado...
trocadilho sintonizado e sincronizado...

nado alado... cílios embaraçados e abraçados...
somos braçadas de promessas...
remessas de carinhos
em trocas simétricas e miméticas...
Só Deus o Todo-Poeta desfia o nosso enredo
sob as suas mãos e bençãos
onipresentes e oniscientes...

Somos personagens nas suas margens
benditas e benfazejas..
Lateja amor em nós...
somos criaturas na santa escritura...
nossa literatura nas alturas...

⁠FEITO “BOBOS ALEGRES”

incêndio poético...
incendiada pela fúria das palavras “engasgadas”...
Em “labaredas” me consomem
as paredes de vento e nuvem
que se fazem ciranda andança ...

A nossa dança é em fogo poetizada...
fogo que se espalha e se espelha
em nossos “sorrisos bobos”...
de fogo atada e espetada em
alada capela musical...

Sem sinal de fumaça... somos sinais
de chamas em labaredas...
Enredadas e “mancomunadas”
estão nossas peles em fogo sagrado e alto...

Alta voltagem... em contagem
Regressiva e progressiva somos nós...
“Nós” em acabamento de “deslumbramentos”...
momentos lentos e envolventes...

⁠Peles em estesia...

A vida é mar... vida amar...
mar bravio... de pavio curto...
de ressaca tabula e encabula
com novas bulas de uso...
O mar é manso... um remanso...
massageia nossos pés e almas

com novas abordagens...
bordadura em literatura ternura...
O mar é música inspiradora e sedutora
a sussurrar e urrar nos nossos ouvidos e almas...

A vida é mar amar a suspirar
e gemer saudades e eternidades...
Você veleja em meus mares...
eu navego no ter mar amar...

nessa peleja, somos desejos ancorados
em nossas peles em estesia...
somos poesia e cantoria...

⁠(Des)entendida...

Como se diz lá nas nossas Minas Gerais
ando “disintindida” sobre a vida... da vida...
buscando apenas “sentir’ a sua grandeza e inteireza...

Tentando deixar fluir... fruir cada instante
com alegria e poesia...
buscando a sabedoria divina
na simplicidade profunda que funda a vida...

Uma literatura fundura candura...

sem duras penas...
apenas o encanto... o teu canto...
no nosso canto... um cantinho
cheinho de sedução e canção...

⁠Em “tibungo”

Sou “asas” de borboleta... beijo de beija-flor...
ninho de passarinho quentinho e fofinho...
Sou burburinho de rio mar amar...
Sou pôr do sol me pondo em você...
sou arco íris colorindo teu corpo e riso...
Sou poesia em tua cantoria...
sou ‘estripulia” em nossa folia magia...

Somos mel a lambuzar a vida
de doçura e literatura ternura...
Ternura que cochicha e urra
em nossa urdidura bordadura...
Somos sol nascendo... um no outro...

Olho no olho...
mergulhados em “tibungo” um no outro...
Somos ouro um para o outro...

⁠De corpo e alma lavada...

entrei em conjunção com a chuva...
uma interação profunda e de alma...
a chuva brincava com meu corpo...
deslizava e dançava...

Sussurrava palavras de carícias
em meio ao ventinho
que assobiava e cantava “coisas”
de outras dimensões...

ações de assoprar e espraiar cura e literatura
que atura com ternura medos antigos
e empurra para uma libertação revelação...
Viva o perdão de corpo e alma lavada...

⁠Pia e utopia...

Em busca de mim...
um caminho de andarilha...
atenta às armadilhas por meu ego inventadas...
Desatando nós imaginados em ilhas outras...

Maravilhas (re)inventadas pelos “eus”
curados e poetizados por uma poesia utopia magia
amor....
Em andor na pia batismal amor...

⁠Mais amor, por favor...

O milagre da vida e da morte são enigmas
que nos instigam desde tempo imemoriais...
A natureza com toda sua grandeza e pureza
nos fascina e ensina...

somos centelhas divinas em caminhada individual e
coletiva...
Somos mistério profundo em comunhão
com a fonte Amor...

O Amor nos adorna e transforma em formas de
Amor...
Somos amor em nosso andor de amor e dor...
Somos sementes a germinar em amor... para o amor e
pelo amor...
Amor, por favor!

⁠Nosso céu...

Partida e chegada...
uma jangada lançada no mar da vida...
flores jogadas no céu...

Céu salpicado de rosas e jabuticabas
adornam a jornada celebrada
a cada partida e a cada chegada...

Uma partitura de notas em concerto divino
nos acariciam no ventre do amor em semeio...

Semeadura de beija-flor... voo e pouso...
Pouso e repouso no teu colo...
onde tudo (re)começa e nunca termina...
uma história de amor sem fim...

sempre sublime a se inventar-se
e nos reinventar...
Você e eu... no nosso céu...

⁠Sonhos e voos...

Enquanto “ocê invem”...
vou inventando você dentro e fora de mim...
Um caminho de passarinho “avuano”
ainda sem asas...
pois, é no voo que se aprende a voar...

é preciso acreditar e pular para o voo
que ainda está escondidinho dentro da gente...
é necessário encarar o medo...
e encorajar o voo a nascer... “avuar” amar...

no ar do coração...
onde moram os sonhos bebêzinhos...
com suas asinhas em
penugem plumagem de
sonhos revestida...

Uma investida tida como um sopro do Deus Amor que
mora dentro da gente...

⁠A menina que adorava “gabiroba”...

Naqueles idos, lá nas Minas Gerais
Especificamente, na nossa Lagoa Formosa
vivia a “criançar” pelos imensos quintais
e ruas de terra vermelha batida...
nosso pai não tinha carro
mas o Senhor “Vorigues”,
pai da minha amiga de infância
Ione Costa e Silva
(nunca esqueci seu sobrenome, pois era igual
ao de um general que havia sido
presidente do Brasil, naquela época de História decoreba)
Mas isso não vem ao caso...
voltemos ao Senhor Vorigues
e ao que minhas memórias “guardam”...
Ele, o Senhor Vorigues, pai da Ione
era motorista de caminhão e...
vez ou outra, enchia o caminhão
de crianças e adultos e íamos
“catar gabiroba no mato”...
Meu Deus! Que delícia maravilha!
ainda sinto o cheiro e gosto
dessa fruta que se confunde
com minha infância...
Fruta sabor criança...
Gente, minha boca ainda guarda esse gosto!
ainda existe “gabiroba”? Onde?
ou essa iguaria infantil existiu
apenas na minha infância mineira?

⁠Encantos sem quebrantos...

Aí você vai tirar as roupas da máquina de lavar
para estender no varal...
(não daqueles da minha infância
que eram de arame farpado ou liso...)
e, sim, desses “modernos”...
próprio para pequenos espaços

Voltando às roupas...
você se depara com um “sutiãzinho”
pequenininho infantil ainda...
da sua neta tão amada...

Emoção coração na mão
e lágrimas nos olhos...
um misto de sentimentos,
aliás, um turbilhão no coração...
Gratidão pela participação
mais que especial no desabrochar
do feminino sagrado da minha neta...

Aquela em que ficou “um pouco do teu queixo”,
Filho “encantado”, Gregório...
Ela que nos “presenteia”
com a presença continuação Tua entre nós...
ela que nos “encanta” mais a cada dia com seu jeitinho“Elisa” de ser... de ser “encantadora”!

⁠Cordão condão...

Nas memórias do meu ventre
ainda sinto “pezinhos” ensaiando
vida... “mãozinhas” esboçando carinhos
“coraçãozinho” plasmando amor!

Filhotinh@s ainda tatuados em minha pele
pele que se abre qual botão em rosa viva
que abriga vida perfume essência
o amor tecido em ciência

Ciência paciência
mistério em memória rio
rio navegante
filhotinh@s tripulação coração
Cordão condão maravilhoso