Coleção pessoal de gior

DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

A saudade diminuiu ou fomos nós que envelhecemos?

O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça – que se chama paixão.

Eu sou o antes, eu sou o quase, eu sou o nunca. E tudo isso ganhei ao deixar de te amar.

Detesto coisas mais ou menos, não sei amar mais ou menos, não me entrego de forma mais ou menos.

Onde aprender a odiar para não morrer de amor?

Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas.

Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

Dessa vez era um amor mais realista e não romântico; era um amor de quem já sofreu por amor.