Coleção pessoal de Genuzi

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MINHA ESSÊNCIA – PRECISA DE RESPEITO


Sou uma pessoa tipo intrusa
À esquerda do direito
Minha essência está confusa
Escondida de conceito.

Não é uma palavra obtusa
Sem preconceito
Precisa ser difusa
Somente respeito.

Então, respeito a mim
Sem preconceito
E falo de ti para mim
Sem defeito.

Neste emaranhado de conceito
Palavra multiuso
Eu quero respeito
Que uso sem abuso.

Abraça-me sujeito
Sem conceito
Nem preconceito
Somente respeito.

Na praça jasmim
Juntinho ipê, amor-perfeito...
Um cheirinho de alecrim
Sem definição, nem conceito.

Eu quero respeito
Eu preciso respeito
Eu, tu, eles queremos respeito
Nós queremos respeito.

AOS NÃO DECENTES

Eu sou aquela não só de momento
Escreverei poesias maledicentes
Corrupção, engodo, envolvimento...
Verbetes considerados indecentes.

Escrevo mais uma vez, uma poesia
Assuntos iguais ou até divergentes
Assunto que não me causa alegria
Éris, chefe da discórdia e seus agentes.

Curupira pedira que proliferasse com clichê
De centro-oeste, nordeste, norte, sudeste, sul
Jatobá, carnaúba, seringueira, mogno, ipê...
Festival em cores verde, amarela, branca, azul...

Nenhum momento excetua o calar
Sonhe e levante-se do divã,
Porque sua atuação há de se espalhar
E acordar o zagal Tupã.

Será? Sou tipo o Boca do Inferno?
Minha essência predomina o falar?
Escreverei até conceito que e/ou externo
É o que posso fazer para não calar...

Vivo em um mundo de valores
Seguindo mandamento divino,
Preconceitos, conceitos não inovadores
Sem manual, nem destino.

Metade de nós, perfeita
Repleta de virtude
A outra metade imperfeita
Maldade em plenitude.

Sou resquício da era que não fala
Sabendo da situação do país em tormenta
Que prende, acusa, banaliza, cala,
Chora, lastima e se atormenta.

Sonho e dou asas à fantasia
Um representante honesto,
Incorrupto, sem hipocrisia
E na política experto.

Escolho o político velho, impuro
Cheio de artimanhas e vícios
Escolho o político novo, imaturo
Nas entranhas, cheios de artifícios.

Qualquer verbete faz boca
Enfatiza que todo político é ladrão
Qualquer oportunidade na biboca
Compra sem nota e não perde ocasião.

Sou guardiã de certo preceito
Dona da verdade, cheia de atitude
Na entranha nenhum conceito
Abuso de almas com e, sem virtude.

Em cada fresta um olheiro
Que sabe a vida do vizinho
Pesquisa, escuta, espreita ligeiro
Para informar certinho.

Um anjo, um projeto de santo
Verdadeira besta ciranda
Espalhando desencanto
Adeptos de igreja, umbanda...

Quantas falcatruas expostas no jornal,
Que usam garfos de cinco unhas,
Estampadas propinas, em rede nacional
Com sobrenomes tradicionais e alcunhas.

Acredito em alienígena
Herdei telhado de palha
Sou de ascendência indígena
Portanto não acendo fornalha.

Somos ascendentes de Adão
Que comeu a maçã pelo desejo
Enganado por Eva cheia de sedução.
Saúde, segurança, educação... Almejo.

De cada região um representante
Que compõe qualquer regra, norma ou preceito
E que interpreta palavra dissonante
Nem analisa morfologicamente o conceito.

O tempo passa... Previdência.
Previdência?... Em berço esplêndido.
O que esperar? Divina providência.
Nosso investimento? No paraíso escondido.

Sisudos da tecnologia não têm alegria?
Não sabes tocar, cantar? Então dance...
Sabes sonhar? Transforme em poesia...
Plante uma árvore e faça até um romance.

O FRACASSO DO PAÍS*

Corrupção no Brasil
É fracasso de um povo
E um político ruim
É fracasso de novo
O fracasso do país
- Politicagem povo!



Sextilha – estilo rítmico X A X A X A

Se eu fosse uma deusa eu arrumava a felicidade

Colocava dentro de uma bomba atômica

Acionava a reação de fissão

E proliferava no espaço.

O segredo de desmascarar a corrupção é a persistente vigilância.