Coleção pessoal de Geiseskrank

Solidão?
sim, com gelo e limão.
Ingratidão?
não, obrigado.

Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia.

Começava a ter medo dos outros. Aprendia que a nossa solidão nasce da convivência humana.

"Livros e solidão: eis o meu elemento."

Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.

Me sinto tão só, me dizem que a solidão até que me cai bem.

Se você se sente só quando está sozinho é porque está em péssima companhia.

Ando de um lado para outro, dentro de mim. (...)
Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.

A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.

Se você se sente só, é porque ergueu muros em vez de pontes.

AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Dupla delícia

O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.

Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).

Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer.

Na solidão é quando estamos menos só...

Digam o que disserem, o mal do século é a solidão.

Solitário

Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
– Velho caixão a carregar destroços –

Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!

O que torna as pessoas sociáveis é a sua incapacidade de suportar a solidão e, nela, a si mesmos.

Eu queria solidão, para não ferir aos outros nem ser machucada.

A gente foge da solidão quando tem medo dos próprios pensamentos.