Coleção pessoal de gabrieladialmeida
When you photograph people in colour, you photograph their clothes. But when you photograph people in B&W, you photograph their souls.
É preciso amadurecer sem perder o humor. Quem disse que ser bem-humorada é ser infantil? São coisas totalmente distintas. Com equilíbrio, pode-se rir de coisas idiotas e manter o nível da maturidade. Os dois não estão ligados de forma alguma.
Quem me dera tivesse talento
escreveria um soneto de acalento
às almas perdidas.
Mas palavras me faltam
e o ritmo me abandona atordoada,
nas preocupações desse mar.
Breque!
Driblo o clichê
pra não dizer à você
que sinto muito.
Elaboro então uma rima
pra envolver sua sina,
que a felicidade a ti sorria.
Rejeito o padrão,
mostrar ao seu coração
que na vida há continuação.
O fardo da cruz
lhe trará a luz
e seguirá a diante.
Assim que o chover dessas lágrimas cessar
poderás continuar,
sabendo que nem tudo está perdido.
Não há inimigos;
e seus queridos
não mais desprotegidos,
descansam solenemente
desejando profundamente
que vocês sigam em frente.
Às almas perdidas, desejo a luz.
E aos que ficaram, desejo o conforto da aceitação.
Ás vezes, me encontro desejando a ignorância novamente. Não saber as coisas que eu sei sobre o mundo, não ter a visão que eu tenho, aceitar situações a quais tenho aversão e não me irritar tanto com o comportamento atual da sociedade. É tão mais fácil simplesmente não ver e não querer ver essas coisas, a vida fica mais leve.
As pessoas não possuem a mínima noção do estrago que, suas pequenas atitudes irrelevantes, podem fazer em alguém. Não porque são más, mas porque são criadas para serem assim. Não existe uma explicação correta, as coisas são simplesmente assim: as pessoas são criadas para serem más. O que somos incentivados a fazer, por meio de exemplos de nossas próprias famílias? Falar mal dos outros pelas costas, espalhar mentiras, julgar os outros pelo que vestem, aparecem ou dizem. E o mais importantes, e revoltante de todos eles: Mentir sobre tudo na vida, mas ser sincero apenas para ferir o outro.
Não me admira que o mundo esteja como está hoje. Para onde foram os ideais? Os princípios? O caráter? A consciência? Queremos que as pessoas sejam legais conosco, mas somos legais com elas? Temos atitudes dignas? Somos pessoas de caráter? Não. Somos uns merdas hipócritas.
Sabe… eu só tô cansada de tanta confusão. Vocês podem parar de usar o que sabem contra os outros, por favor? O mundo já não está cheio de violência demais pra vocês ficarem brigando à toa? Vocês sabiam que as palavras que vocês estão usando machucam muito? Pois é, machucam. E eu tô mais cansada ainda desse sentimento dentro de mim, ele está me matando aos poucos. E você nem ligam, não é? Só querem saber de vencer uma coisa, onde não se tem um vencedor. Apenas dois perdedores orgulhosos demais para se desculpar. Eu tô cansada disso, cansada desse sentimento e cansada de viver assim. Desculpa, mas pra mim já foi o bastante. Eu tô fora disso, vocês que se destruam sozinhos.
Não dá pra acreditar no rumo que as coisas tomaram, sabe? Eu me sinto culpada, como pude me afastar de você? Nossa.. eu daria tudo pra voltar no tempo e ter passado mais tempo contigo, conversado mais contigo, ficado mais ao seu lado… Mas infelizmente, isso não é possível.
Durante um bom tempo, não consultei meus papéis nem tentei pôr as ideias em ordem. Apenas permaneci deitado na cama, com a mente tão agitada quanto o céu turbulento, que ganhara um sinistro matiz de verde, à medida que os raios e trovões iam ficando mais próximos e mais frequentes. A chuva martelava as vidraças e as telhas da cobertura, e me intriguei com a sensação de inquietude que havia afastado aos poucos minha agitação matinal de expectativa. […] Em todos aqueles anos instáveis, sem fazer parte de lugar algum, sem depender de nada além do meu instinto de sobrevivência, eu aprendera a prestar atenção a minhas alterações de ânimo. Nas ocasiões em que minha intuição alertara para o perigo, em geral os acontecimentos haviam provado que eu estava certo. Mas talvez fosse apenas o fato de que, mais uma vez, eu me preparava para assumir uma outra forma, para me transformar em mais alguém que eu não era.
Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura.
Nada é mais dessemelhante a mim mesmo que eu mesmo; daí por que seria inútil tentar definir o meu caráter por qualquer outra coisa que não a variedade; a mutabilidade é uma parte integrante de minha mente de um modo tal que minhas crenças se alteram de um momento para outro: algumas vezes sou um sombrio misantropo, em outras me sinto intensamente feliz em meio aos encantos da sociedade e aos prazeres do amor. Há momentos em que sou austero e piedoso[...], então subitamente me torno um franco libertino. [...] Em suma, um protéico, um camaleão e uma mulher são todos criaturas menos mutáveis que eu.
Eu gosto de olhos que sorriem, de gestos que se desculpam, de toques que sabem conversar e de silêncios que se declaram.
O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
Amor não é se envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
O amor sempre fora o assunto que ela mais evitava. E, ainda sim, ansiava por isso de uma maneira sutilmente indireta, e isso a assustava de uma maneira arrebatadora. "O amor é uma ilusão. Não nos apaixonamos pelas pessoas, mas por ilusões."
Coisas melosas, românticas e chamadas de "coisas de garota" sempre foram drasticamente rejeitadas por ela. E, ainda sim, faziam parte dela, de alguma forma. E isso a assustava arrebatadoramente.
Olhando para si, não conseguia desvender esse mistério. Como poderia ser possível? Como justo ela estava começando a gostar dessas coisas de um tal 'amor'?
Acho que todos nós precisamos de alguém, no final.
Seu assunto favorito era si mesma. Talvez fosse uma mera tentativa falha de conseguir explicar suas atitudes aos outros. E isso sempre a fazia de tola.
A liberdade é um bem comum, e se todos não desfrutam dela, não serão livres nem os que se julgam como tal.
Eu sou diferente de tudo que você já viu ou vai ver. Sou um eterno meio-termo. Não sou uma coisa, nem outra. Sou apenas o que sou. Desapegada, independente e com pontos-de-vista diferentes. Idiota, mas meio fria. Insegura, mas totalmente determinada. Uma pessoa que gosta de coisas simples e de conversar sobre coisas aleatórias. Ando procurando por minha verdadeira identidade, mas ela insiste em fugir de mim... Nasci na geração errada e tenho tantos defeitos que levaria uma semana inteira para citá-los. Quer saber? Esqueça tudo isso. Eu não passo de uma garota a mais no planeta, dessa enorme bagunça em forma de pessoa...
Melhores tempos estão por vir: me atenho a essa frase. E realmente acredito. Tenho me sentido mais leve, com disposição para tentar novas coisas, conhecer novas pessoas e até a me sujeitar a coisas que dizia detestar. É difícil de me recordar da última vez em que me senti assim, e me envergonho bastante de dizer isso. Eu ainda não passo de uma menininha, como posso ter tido tais pensamentos assim tão nova? Como pude me deixar em um mar de nostalgia daquele jeito? Bom, de qualquer forma, precisei passar por aquilo para me tornar quem sou hoje. Agora é só correr atrás do tempo perdido e deixar minha vida realmente acontecer, como deve ser.