Coleção pessoal de gabriel_da_silva_freitas
Luzes
Víamos de longe aquela luzinha,
Vinha a todo vapor, como uma lâmpada ambulante.
Era tão bonita,
Sentavamos fora de casa
e ali perdiamos a noção de tempo,
a graça da noite era contar causos e contar quantas luzinhas brilhantes por ali passavam.
até que pouco a pouco tudo ia acabando.
A noite era apenas eu e minhas distantes companheiras,
De tanto as olhar, meu pescoço quase sempre ficava dolorido,
Mas era necessário lembrar.
A unica forma de recordar
das pequenas luzes, e dos amigos que um dia por ali passaram.
Da vida só resta o que pouco se imagina,
a solidão!
Não espere nem sequer mais um segundo
a vida é um mar agitado
e as ondas podem te derrubar,
e não sobra espaço
e nem tempo pra lamentar.
Parece-me que pouco a pouco o tempo consumiu o que existia entre nós dois,
Parece que agora o silêncio é a nossa melhor forma de se declarar, e que a nossa virtuosa aliança hoje apenas comprime os nossos sentimentos.
Talvez estivéssemos tão focados em sermos novatos apaixonados, que esquecemos que o tempo existe, e que ele consome tudo que tem vida.
Nosso amor poderia ter sido real?
Poderíamos;
Termos ficado abraçados só mais um pouquinho,
enquanto o vento te levava em suas ondas geladas,
e quanto a mim,
a saudade;
a solidão;
a culpa quem sabe,
de não ter dito que te amava,
de olhar em teus olhos, sorrindo,
quase transbordando desse amor inútil.
Que se eu pudesse voltar, deixaria
nu
esse amor, visível aos teus olhos brilhantes, sem pena de amar,
e de ser feliz.
Te olhando como ages fora de mim, me surpreende saber que mais mau me queres, do que bem dizias me querer.
Uma falha no passado, antepassado! A falha está em querer e não ser, seu passado não lhe pertence mais, há um futuro para que você mude, sorrir tende ser o ato mais renovável todos os dias, nutra seu coração com boas energias e delegue ao seu futuro uma nova vida, e seu passado, antepassado!
Sobre um sorriso afetivo que te faz sentir bem, talvez sob nossos olhos colecionando cada momento, e que nos faz se expelirmos um d' outro, e nessa razão, sobra- se a impiedosa Solitude.