Coleção pessoal de fumahcinha
Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?
Na parede de um botequim de Madri, um cartaz avisa: Proibido cantar. Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso informa: É proibido brincar com os carrinhos porta-bagagem. Ou seja: Ainda existe gente que canta, ainda existe gente que brinca.
A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo.
Alguém entra na sua vida, rouba seu tempo, destrói sua confiança, agride sua autoestima, estilhaça o pouco que resta da sua esperança no amor. E sai ileso. Não adianta desperdiçar sofrimento por quem não merece. É como escrever poemas em papel higiênico e limpar o cu com os sentimentos mais nobres.
As melhores coisas da vida são invisíveis. É por isso que nós fechamos nossos olhos quando nos beijamos, dormimos e sonhamos.
Tem coisa que eu deixo passar. Não vale a pena. Tem gente que não vale a dor de cabeça. Tem coisa que não vale uma gastrite nervosa. Entende isso? Não vale. Não vale dor alguma, sacrifício algum.