Esquecendo-te,
Curo-me!
Curando-me,
Amo-me!
Amando-me,
Encontro a paz!
Fizeram-me acreditar que tu não me amas, e eu quase aceitei, impassívelmente.
Por que tu és assim tão exigente comigo, se o meu maior desejo é o teu bem-querer?
Não faça do seu silêncio o meu castigo, já paguei muitas penitências na vida.
A natureza está sendo uma fiel companhia para os meus infortúnios. Sempre que vou ao seu encontro, regresso com lágrimas embaralhadas com a chuva...
As minhas renúncias, são para me proteger de futuras decepções...
Deixei um bilhetinho na sua caixa de correios,
nada relevante, é só um adeusinho mesmo...
Lenço de papel? Só se for para enxugar as minhas lágrimas...
Um encontro só é marcante quando deixa vestígios de saudade...
Nunca ganhei aplausos por tudo de bom que já fiz, em compensação, quando erro...
O que me alegra é saber que o destino sempre refaz o caminho de volta... Assim é que nasce em mim a expectativa de te rever...
Publiquei um livro só com o título na capa, as páginas internas deixei em branco, nem o nome da editora constava.
Desnecessário dizer que quase ninguém lê!
Exatamente como imaginei: você não veio, e eu não fui. Assim, vencemos um ciclo...
Que sejamos felizes!...
Na minha ingenuidade, eu te imaginei...
Na sua insensibilidade, eu me perdi por completo!
Se o mar me revelasse os segredos que Netuno diz somente a você, tudo seria mais fácil para decifrar os seus enigmas.
Existia carinho no olhar...
Existia carinho no coração...
Existia carinho nas minhas palavras...
No entanto, nenhum surtiu efeito, pequei por excesso de carinhos!
Não estou preocupado com o amanhã, basta-me o hoje, ao seu lado...
Deixei-me levar pelas ilusões, não me dei conta de que a realidade não admite sonhos impossíveis.
O grande filósofo? Jesus! Os outros que vieram, antes ou depois, fizeram ensaios filosóficos...
Senti-me incapaz, quando tive que traduzir o seu silêncio...