Coleção pessoal de Froesingrid

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Ímpeto gostoso, desejo afoito, ato libidinoso, missão cumprida, prazer consumado...

Uma brisa no horizonte me desperta as lembranças do teu gosto que se manteve libidinoso em meus lábios.
Surgiram os sentimentos singelos que me fazem apaixonado e talvez um poeta romântico.
Teu sorriso me reserva a felicidade que a pusera de longe a me observar.
Quando nada mais esperava meu coração respondeu ao meu chamado e se pôs a acalentar-me trazendo-me as tuas lembranças.

Cheiro de cama quente, corpo ardente e perfumado recendente.

O antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

Algumas pessoas têm uma presença maravilhosa, outras uma maravilhosa ausência.

Plêiades: Deambule

Descortinando de vez a rispidez do medo
Descansa teus olhos em mim
Desvista para sempre deste adeus
Domando qualquer melancolia
Desenhe fronteiras e ilhas, deambule.
Despeje este grito trêmulo em meus ouvidos
Dando luz a sua eterna fantasia.

Enide Santos 20/11/15

O sol nascendo urgente e cálido, descortinando meu hoje, chamando-me para a vida e empurrando-me para o precipício...

Miopia



Serão dez ou serão onze
os seus óculos de bronze?
Por favor ou por astúcia,
não reponham tal minúcia
na estátua que verseja.
Não permitam que ela veja
que a maldade que profana
ultrapassou Copacabana.

Escrever é uma forma poética de dialogar comigo mesma.

LIBERDADE POÉTICA

A poesia não tem partido
Não é da esquerda, nem da direita
A poesia não tem cheiro, ela é perfumada
A poesia não tem cor, é multicultural
A poesia tem a liberdade escrita na mente
A poesia é amada falada e recitada
A poesia vive no presente, no passado, no futuro
A poesia está agarrada à carne ao corpo
A poesia corre no sangue, fervendo nas veias
............De quem escreve ou escreveu
De quem leu ou lê, de quem sofreu, de quem amou.

VIAGEM POÉTICA

Na simplicidade dos versos,
Ou complexidade das rimas,
Uma viagem sem igual,
Recheada de divina magia,
Que n"alma criptografa
Intensos tons e sobretons.
Mixing de música e poesia
Caminhos indescritíveis
Que aos sentidos extasia.

Hoje eu nem to poética.Não to pra conversinhas rimadas e nem papinhos redondos. To reta, cheia de quinas, procurando uma esquina qualquer pra te dizer uns desaforos.Desaforos a gente diz a sós, baixinho, porque tudo que se diz baixinho fala muito mais alto ao coração. E meus desaforos são pra atingir sempre o coração. Não preciso me desabafar.Gosto das minhas coisas sérias bem contidas, falar muito, só de amenidades. Hoje eu vou parar numa quina do mundo e te dizer várias coisinhas que ficaram guardadas, elas sempre ficam. escuta daí se você for capaz. É sempre bom ouvir o que as pessoas nos tem p dizer, embora não seja do seu feitio acreditar no alheio. Vou pegar um copo de coca zero, me embebedar de coragem e te dizer tudinho. Vê se você consegue ouvir daí. Até porque se eu te olhar de perto, o mundo fica redondinho e a única coisa que consigo verbalizar são os carinhos que guardei p ti.Realmente não sei brigar, definitivamente acho que o mundo e nem ninguém precisa de brigas .Eu sou rosinha, sou menina,e quando estiver completamente pronta pra te dizer as coisinhas feias que tenho pra te dizer, capaz de você achar elas lindas. Vão sair todas como flôres,desabrochando numa primavera que insiste em ser outono.Ainda creio no transformar, ainda que isso tenha que ser feito numa esquina qualquer da vida, bem longe de você.


Um beijo
Márcia

Sem pretensão poética

A noite é um quadro adormecido,
Com a lua lendo a alma da gente.
Estes pensamentos dançantes,
Que penetram na noite
Enquanto morrem as estrelas.
Serenos silêncios da madrugada,
Coração deambulando saudades.

Amo a noite calada,
O som dos pios noturnos,
Os soluços da natureza e
O roçar das folhas nos telhados.
Vejo meu amor nas sombras da noite,
Quando vaga, viajante na noite fundida,
Desfaço a distância e me lanço ao vento,
Com o coração aberto à vida...

Acredito que em matéria de amor somos todos medíocres.

Quando o amor acontecer...

Quando o amor adentrar em meu coração,
quero em noite enluarada, caminhar com as mãos entrelaçadas as suas.

Quero num terno olhar,
sentir a veracidade desse amor
e num expressar de palavras, dá ênfase aos anseios da alma.

Que sejamos um só pensar
Que sejamos como um céu estrelado,
luzindo nossos momentos felizes.

Que sejamos serenos, ao trilharmos os mesmos caminhos, e que possamos ser um só coração e alma , nas adversidades da vida.

Quando o amor acontecer
tudo será naturalmente
um jardim a florescer nas páginas do destino.

Palavras

Pelos caminhos, palavras são pinceladas,
expressando infinitude de sentimentos,
que pespontam dos pensamentos.

Metaforicamente , nas entrelinhas,
as idéias são costuradas nos paralelos.

Com maestria , as palavras delineadas,
vão decifrando o oculto
no recôndito da alma e do coração,
Palavras de vida
Palavras de amor
Palavras de felicidade
Palavras de esperança
Palavras que adoçam os sentidos
renovando o armário dos sonhos.

Ventania

Uma ventania, adentrou em minha alma, esvoaçando as folhas soltas dos pensamentos.

Lentamente como brisa, você veio , sem pedir licença.
Senti em meu peito, o pulsar das nuvens, movendo-me, para junto de ti.

Flutuamos em sintonia, percorrendo os labirintos, de nossos corações.

Os sentires , tocavam-nos profundamente, desnudando o amor, que sem explicação, fez redemoinho no recôndito das folhas soltas dos pensamentos.

"e quando a tristeza chegar, faça caretas e comece a cantar"

CHAMA


Poética e intensa é esta chama
Desperta em sensualidade intermitente
Desejo penetrante desta trama
No corpo que hora arde incandescente

Coberta por cristais está a cama
Teus verdes olhos, o deleite mais urgente
Quero teus segredos como quem ama
Fazer da tua vontade, loucura indecente

O enigma em nós é quem agora clama
Arquiteta a imensidão de um amor ardente
Vastidão de paixão, martírio que reclama

Quero teu corpo, profana e eloquente
Viver o perigo de ser a tua dama
E dos teus lábios beber tua saliva quente

Se era amor? Não era. Era outra coisa. Restou uma dor profunda, mas poética. Estou cega, ou quase isso: tenho uma visão embaraçada do que aconteceu. É algo que estimula minha autocomiseração. Uma inexistência que machucava, mas ninguém morreu. É um velório sem defunto. Eu era daquele homem, ele era meu, e não era amor, então era o que?
Dizem que as pessoas se apaixonam pela sensação de estar amando, e não pelo amado. É uma possibilidade. Eu estava feliz, eu estava no compasso dos dias e dos fatos. Eu estava plena e estava convicta. Estava tranqüila e estava sem planos. Estava bem sintonizada. E de uma dia para o outro estava sozinha, estava antiga, escrava, pequena. Parece o final de um amor, mas não era amor. Era algo recém-nascido em mim, ainda não batizado. E quando acabou, foi como se todas as janelas tivessem se fechado às três da tarde num dia de sol. Foi como se a praia ficasse vazia. Foi como um programa de televisão que sai do ar e ninguém desliga o aparelho, fica ali o barulho a madrugada inteira, o chiado, a falta de imagem, uma luz incômoda no escuro. Foi como estar isolada num país asiático, onde ninguém fala sua língua, onde ninguém o enxerga. Nunca me senti tão desamparada no meu desconhecimento.
Quem pode explicar o que me acontece dentro? Eu tenho que responde às minhas próprias perguntas. Eu tenho que ser serena para me aplacar minha própria demência. E tenho que ser discreta para me receber em confiança. E tenho ser lógica para entender minha própria confusão. Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto.
Se não era amor, Lopes, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não sabe se vai ser antes ou depois de se chocar com o solo. Eu bati a 200Km/h e estou voltando a pé pra casa, avariada.
Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez seja este o ponto. Talvez eu não seja adulta suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, Lopes, de acreditar em contos de fadas, de achar que a gente manda no que sente e que bastaria apertar o botão e as luzes apagariam e eu retornaria minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência?
Eu nunca amei aquele cara, Lopes. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, era sacanagem. Não era amor, eram dois travessos. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.