Teto de zinco. Nossa casa de madeira, A chuva falando por nós, Gotas molhando os nós.
Permanente? Teus cabelos, Soltos ao vento, Me libertam.
Real. Antes de sair, Beijo a tua face, Antes de cair.
Tarde demais? Nem dia, Nem noite, O meu peito.
Capão da Canoa. Água gelada, Sol nas costas, Coração batendo.
Bulha? Peito oco, Sem pulso, Um vácuo.
Remoendo. Remando, Contra a maré, E de ré.
Náufrago. À deriva, Ondas soando, Suando.
Se estou errado? Não sei ao certo.
Verão? Na beira do mar, Quase sempre fico A ver navios.
Ciente. Sem paciência, Sem ciência, Sem paz.
Enfim. Um vazio sem fim, Sem um fim, Vazio.
Penumbra. Quarto escuro, E no horizonte a Lua minguante.
Maria fumaça. Trem vazio, Mente vazia, Janela aberta.
Poetrix. Poesia? Pois, É.
Chuva ácida. Nuvens no horizonte, E o sol se escondendo Pra chorar outra vez.
Desnorteado? Vento tépido, Varrendo pensamentos E o tempo.
Creio. Amor divino? Divino amor? Questão de fé...
Cuidado, frágil. Minha vida, Em tuas mãos. Seja suave.
Iludido. Apaixonado, Acreditei no amor, Que mentia, cegamente.
Ajude-nos a manter vivo este espaço de descoberta e reflexão, onde palavras tocam corações e provocam mudanças reais.