Coleção pessoal de FranciscoFerreira
Por mais que queiramos nos isentar ao falar de alguém, tanto na poesia, quanto na vida, sempre adicionamos um pouco de nós mesmos no tempero da massa. Somos autobiográficos quando se trata de pessoas.
A morte me fascina profundamente, afinal ando de mãos dadas com ela desde que nasci, num jogo de gato e rato.
A mim basta-me o ser guerreiro. Na presença de reis curvo-me, deponho armas e espólio. Só ainda não conheci nenhum rei.
Os relacionamentos são, em sua maioria, muito fundamentados no egoísmo. As pessoas, quase sempre, querem o outro para si, mas esquecem-se de que precisam se doar também.
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Eu tenho destino de navio, mesmo atracado, me movo com as marolas da vida. Sempre na vontade e precisão de viajar num novo pensamento.
Não entendo porque se tem necessidade de qualificar as pessoas por cor e raça.
Na qualificação raça, por exemplo, não bastaria responder: HUMANA?
Quanto a cores, me desculpem, mas sou dautônico social!
Desproporcionalidade
Desconhecendo a força do braço
atirei a pedra.
As janelas do destino? Quebrei-as!
Artífice
O cinzel do tempo
esculpiu meu rosto
de rugas e em cicatrizes
minha alma.
Mas permitiu, intacta,
em meu coração
a capacidade de amar!
Abandono
Não bastasse
que se batesse
contra toda parede branca
que havia, avezinha tonta,
bateu asas
e deixou sozinho,
no ninho,
meu coração de passarinho.