Coleção pessoal de flavio_rodrigues_1
Eu te amo independente do amor. Eu te amo quando considerar errado amar. Eu te amo quando for proibido, quando me deixarem, quando você quiser e principalmente quando não quiser e precisar. Quem sabe você precise do meu amor tanto quanto eu preciso te amar.
A frase mais bonita do mundo: "… mas eu te amo". A frase mais dolorosa do mundo: "Eu te amo, mas…". Está vendo como a ordem importa e muito?
Eu não quero um “eu te amo” iguais aos demais, eu quero um “eu te escolhi em meio de tantas para estar ao meu lado”, isso bastaria.
- Garçom... que dose de mentira você tem?
- Temos: eu te amo, nunca vou te deixar, eu quero você comigo, sinto saudades e também temos uma que anda saindo bastante: 'pode confiar em mim', te ligo amanhã.
- Ah... Manda todas que hoje EU quero me iludir!
Eu a amo mais do que tudo no mundo, mais do que minha própria vida, e, por um milagre, ela me ama da mesma forma.
Suas palavras, quando não condizem com suas atitudes, fedem a hipocrisia, egoísmo e mau-caráter.
Eu não vejo verdade em você.
Tenho fãs melhores e em maior número do que mereço. Não entendo como nem porque, mas agradeço a Deus. Quem começa a trabalhar comigo sempre se surpreende. Acho sintomática esta surpresa e cumprimento todos os "de fé" com um piscar de olhos imaginário: nós conhecemos a força da teia que tecemos. Silenciosamente.
Azar teve Eddie Van Halen. Nunca fez minha cabeça o som dele (pelo contrário, foi um dos motivos que me fizeram achar o baixo um instrumento mais interessante do que a guitarra em 87), mas reconheço sua maestria. Um gênio. Foi um cara seminal na revolução que colocou uma guitarra no quarto de cada adolescente americano nos anos 80 (ok, depois as guitarras viraram computadores, mas isso é outro papo, outra década).
Aquele roquenrrou pirotécnico ficou espremido entre o nervo exposto do grunge e o atleticismo musical de caras como Joe Satriani e Steve Vai. Sufocado entre uma postura mais visceral e outra mais cerebral. É assim na vida e na arte: ciclos, movimentos pendulares, ondas que vêm e vão. Injustificável é que os fãs do Eddie tenham se calado. É raríssimo, hoje em dia, alguém dar crédito ao cara pela influência que teve.
faça uma prece pra Freud Flintstone
acenda uma vela pra Freud Flintstone
sacrifique o bom senso no seu altar
...
esqueça a prece pra Freud Flintstone
acenda a fogueira pra Freud Flintstone
vamos queimá-lo vivo, enterrá-lo vivo
(*) Cazuza cantou que seus heróis morreram de overdose. Imagino que se referisse a Jimi, Jim, Janis... Atemporal, a canção fala das meninas Amy e Cássia, dos bateristas Boham e Moon, dos baixistas Pastorius e Lynnot. Metafórica, ela fala dos carros de James Dean e Albert Camus, dos voos de Steve Ray Vaughan e Buddy Holly, dos mistérios de Robert Johnson e Jeff Buckley, dos absurdos disparos-para-o-coração de Lennon e Cobain. Prematuras, estas mortes condenam os mitos à vida eterna. Todas têm um pouco de encenação da Paixão de Cristo. Adorados, os posters ficarão para sempre imitando crucifixos na "parede da memória".
Há heróis que continuam por aí, fazendo de conta que o tempo não passa (Jagger/Richards e McCartney, por exemplo). E há aqueles que, de uma forma ou outra, em um momento ou outro, saltaram do bonde (o bonde chamado desejo?). É pensando nestes que escrevo: os caras que me ensinaram a ser jovem e estão me ensinando a envelhecer.
Joni Mitchell encheu o saco da forma como as mulheres são vistas na indústria cultural e foi pintar. Bjorn Borg achou que era muita pressão ter que acertar todas as bolas e foi errar um pouco na vida. Leonard Cohen raspou o cabelo e foi ver de perto qualé a do budismo. Roger Waters ergueu, demoliu e cantou (não necessariamente nesta ordem) seu próprio muro. Dylan por várias vezes saltou do bonde (a primeira: depois do acidente de moto em 66; a mais recente: o mergulho no trabalho, na Never Ending Tour).
O que há de comum nestes exemplos? Eles acharam que o solo estava muito duro, seco demais para receber sementes? Acharam que a esponja não absorveria mais nada por estar molhada demais? Pode não haver nada em comum, eu posso estar forçando a barra... mas realmente acho que estes caras assumiram as rédeas, traçaram os próprios rumos. Parece pouca coisa? Só para quem nunca fez isso.
09ago2011
Sou melancólico por natureza. Ver a manada sair da mesma sessão do mesmo filme para entrar no mesmo restaurante e pedir o mesmo prato que será saudado com os mesmos adjetivos depois de ser pago com um cartão de crédito da mesma marca me deixa ainda mais melancólico.
Às vezes parece que eu não tenho medo
Às vezes parece que eu não tenho dúvidas
Às vezes parece que eu não tenho...
.. Nenhuma razão pra chorar
Você esquece que eu não sou de ferro
(Até o ferro pode enferrujar)
Você esquece que eu não sou de aço
E faço questão de provar:
Olhe pra mim.... enquanto eu me quebro
Às vezes parece que eu tenho muito medo
Às vezes parece que eu só tenho dúvidas
Às vezes parece que eu não tenho...
.. Nenhuma chance de escapar
Acontece que eu não nasci ontem
(Até hoje sempre escapei com vida)
Pra quem duvida de tudo que eu faço
Eu faço questão de provar:
Olhe pra mim.. enquanto... desapareço no ar
Não queira estar no meu lugar
Não queira estar em lugar nenhum
Às vezes tudo muda
E continua tudo no mesmo lugar
Não queira estar no meu lugar
Não queira estar em lugar nenhum (UM LUGAR COMUM)
Às vezes uma prece ajuda
Às vezes nem adiante rezar
Já desisti de ser uma pessoa só
Já desisti de ser uma multidão
Já não ponho todas as fichas na mesa
Agora ... jogo algumas no chão
Jogo algumas no chão
Às vezes tudo, às vezes nada
Às vezes tudo ou nada, às vezes 50%
Às vezes a todo momento, às vezes nunca
Como tudo na vida, não é sempre
Às vezes de bem com a vida, às vezes de mau humor
Às vezes sem saída, às vezes seja onde for
Não é sempre, não é sempre
Como tudo na vida... nunca é sempre
Não é que eu faça questão de ser feliz, eu só queria que parassem de morrer de fome a um palmo do meu nariz.
Senti saudade, vontade de voltar. Fazer a coisa certa: aqui é o meu lugar. Mas sabe como é difícil encontrar a palavra certa, a hora certa de voltar. A porta aberta, a hora certa de chegar. Eu que não fumo, queria um cigarro. Eu que não amo você, envelheci dez anos ou mais nesse último mês. Eu que não bebo pedi um conhaque, pra enfrentar o inverno que entra pela porta que você deixou aberta ao sair.
Pra entender, basta uma noite de insônia, um sonho que não tem fim, um filme sem muita graça, uma praça sem muito sol, seis cordas pra guitarra, seiscentos anos de estudo ou seis segundos de atenção.
Música sempre foi uma atividade social. Com o surgimento do walkman começou a individualização do que era coletivo. Na contramão, resta a praga dos caras que abrem o porta-mala do carro num posto de gasolina pra beber cerveja quente e ouvir a eguinha pocotó.