Coleção pessoal de filizzolinha
Está cada dia mais complicado agir de acordo com a lei, a moral e a ética, dada a insistência na intencionalidade e direcionalidade de alguns seres ao impedir o desenvolvimento sadio do trabalho alheio. Contudo (entretanto e entre tantos), embora difícil, eu opto pelo que é do bem e por quem é de bem. Lutar pelo justo nunca foi fácil - e talvez nunca seja, mas é o que me faz respirar fundo e continuar.
Estranho é quando você sente que perdeu momentos lindos no exato e conflituoso instante em que não há tanto a ser feito.
A primeira perda machucou, mas eu nem entendia o porquê da partida e para onde se ia. A segunda não só machucou, dilacerou, despedaçou, sangrou e ainda sangra. A terceira veio logo em seguida, abriu ainda mais a ferida, e eu perdi o controle do sangue que, por fim, acabou levando também a esperança. Mas o Rio, o Mar, a trouxe, e com a esperança vieram dias de muito amor. E, depois dos dias de muito amor, mais uma perda. Agora a quarta. A dor já não mais tamanha quanto a segunda, mas, como a terceira, levou consigo a esperança. A esperança, a crença, o sonho. Levou, lavou com lágrimas por fim engolidas. A fé no merecimento pelo que se planta se escondeu, correu, desapareceu, e não é vergonha admitir que ainda não a encontrei, apesar de saber que ela existe. O coração, que há muito tempo vinha andando em linhas bem desenhadas, não acreditou mais que as mesmas linhas o levassem a um lugar seguro. Então, o coração desceu o risco e também se escondeu. Creio que ele está abraçado à fé. Quem sabe, talvez. O que é certo é que a fé, a esperança, a crença na verdade, caminham para a dureza de um coração cheio de perdas. E é dolorido repetir que eu não me envergonho disso. Mas seria ainda mais dolorido ter que perder tudo de novo.
Há momentos da vida da gente que, por mais que o tempo insista em nos arrancar, permanecem... em lembranças e em um sorriso que surge inesperadamente. Dá-nos uma sensação de fuga para o passado, como se pudéssemos repetir a cena, tal qual ela foi pintada. Um abraço, um toque, sorrisos, corpo, alma. Então, o coração acelera e se alegra na medida da tristeza em estar distante (e ao mesmo tempo, perto). Sorri. E se contenta com a certeza de que cada momento do qual se sente saudade foi lindo. É lindo. E sempre será! Sempre...
Muitos têm reclamado que ando ausente, mas poucos veem que a vida implica em movimento e mudanças. Raros compreendem que chega um tempo em que precisamos focar em determinados objetivos e ir à luta, sem desvios, sem interrupções. E isto, requer, espaço. É, então, que prioridades mudam. E não é por maldade, ou por esquecimento; é por determinação e vontade de evoluir.
Saudade do samba, do sol e do sal. Saudade do Leblon à original. Do som do sorriso, do paraíso que se faz carnaval.
Quando eu pedi a Deus um par que me trouxesse paz, Ele te enviou. Quando eu pedi a Deus um caminho, Ele te colocou nele, e uniu suas mãos às minhas.
Se depender do riso que me trazes, dos carinhos que me fazes, eu não deixarei que acabe. E se for pra ter um fim, que seja da distância, que seja da vontade.
Algo simples. Algo manso e intenso, que me fez e me faz sorrir. Algo meu. Só meu. E teu. Só teu. Só nosso.