Coleção pessoal de Blagel
O ser humano pela instrumentalização da razão tende a entificar tudo, sobretudo o fundamento a que se reduziu a realidade. Toda conceituação é representação e entificação. A realidade é sem fundamento. Ela funda os fundamentos, os suportes, mas sem se fundamentar. Realidade é o vigorar e acontecer do fundar.
Minha filosofia, na sua essência, é o conceito de Homem como um ser heróico, tendo a felicidade como o propósito moral da sua vida, a conquista produtiva como sua mais nobre atividade, e a razão como seu único referencial.
Através dos séculos existiram homens que deram os primeiros passos, por novas estradas, armados com nada além de sua própria visão.
A REVISÃO
Eu corteisua alma empedaços
A procura de suas imperfeições
Um arcabouço pararevisão
Um métodode recriação
Apagando seus defeitos
Refazendo seu conceito
Suas falhasforam retiradas
Suas partes foram integradas
Procedimento concluído
Um resultadoirreversível
O que restou foi algovazio
Uma alma artificial
Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito.
Há beleza nas diversas narrativas míticas que o ser humano teceu ao longo da história. Por esse motivo eu sou um admirador da história, um admirador da humanidade.
O homem não vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança macabra de autômatos. Era necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades"
Um homem que não seja um socialista aos 20 anos não tem coração. Um homem que ainda seja um socialista aos 40 não tem cabeça.
Poucos ateus não são descendentes de uma criança infeliz e revoltada. A prova disso é que ateus gostam de falar mal da igreja, de Deus, ou do pai que obrigava a orar. Se você acha que, se formos todos ateus, o mundo será melhor, você é um rancoroso. (Ponde)