Coleção pessoal de Fegold

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Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Para mim é tudo ou nunca mais

Que prazer mais egoísta, o de cuidar de um outro ser, mesmo se dando mais do que se tem para receber.

O meu amor agora está perigoso. Mas não faz mal, eu morro mas eu morro amando.