Coleção pessoal de Ezhequiel
A ESPERA VÃ
Veja que lamento trago
Culpo-me a mim mesmo
Por não ter olhado,
quando o sol se foi
A noite era aquela
Coisa de cinema
Algo teatral.
A praça era toda
Só de namorados e eu
Alucinado pelos toques nobres
Daquele natal.
Ficará pra sempre
Como fosse pedra a me calejar
Vendo a cegueira
da noite de estrelas
A se despedir
A pés como estava
Perdi o horário da minha condução
Como um mendigo
Pouco mais vestido
No turvo quieto.
Esperando a bela
Que me pôs na cela
Da mesquita neto.
PERGUNTAS E RESPOSTA
Pra onde vão as flores
quando morre os amores e
se há rumores, numa vida
sem razão?
Pra onde vai a vida
quando uma ferida é
plantada viva em
um coração?
Haverá uma luz, um descansar, uma cruz
ou uma rendição?
Pra onde vai o vento
quando no relento de
olhar atento eu
o vejo passar?
Pra onde irá a fera
em fim de primavera se
a toda bela quer
se libertar?
Haverá saida, respostas da vida, ou complicação?
far-nos ter remédio?
pra que deste prédio, finde se o tédio ou
subsistirão?
Haverá no mundo
em um mar profundo
algo que inquieta.
a ação da cena, na letra da pena
de algum poeta.
LUA
Tem uma lua envolta
Em uma manta prateada
Notória pelo universo
E por cometas mirada
Estrelas da vizinhança
Veem seu brilho a distancia
Esta princesa adornada.
Tem nela um brilho radiante
Qual fulgor de uma alvorada
E dela o seio alivia
As dores da madrugada
Que solitária dormiu
Por ver nascer sucumbiu
Principe sol na estrada.
É esta face distinta
Motivos da carreata
Da praia a noite que pinta
Os corpos que ela arrebata
Do trovador, dos casais
De companheiro ou rivais
Da essencia da serenata.
PAIXÃO É UM LOBO
Quando este grito, esta traça
Do tempo devastador
Privar-se da liberdade
Inutil do meu amor
Ecoar por entre as rochas
E o vento apagar as tochas
Então tudo se acabou.
Quando deitado no escuro
A buscar que a vida esqueça
Sem pressa ou almejar
Que a noite venha passar
E mais um dia amanheça.
No certo de está errado
A lápis em um cartão
Velho que se trazia
Sem pauta, sem direção
Deixa a face de amargura
Pintado numa escritura
Um resto de coração.
Por fim os aventureiros
Predadores da aurora
Encontrarem gelado corpo
E da caverna pra fora
Virem um lobo saciado
Paixão este nomeado
Veio matar e ir embora.
Não existe crítica construtiva, toda crítica provoca na pessoa criticada certa insegurança pra uma nova tentativa, o que há é conselho construtivo, isso fomenta a pessoa aconselhada à aceitar seu erro e frutificar de forma fértil com bases no que lhe foi ensinado.
Em um caminho feito pra duas almas seguirem juntas, não é conveniente que apenas uma se disponha a seguir.