Coleção pessoal de ewertonoliveira

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Eu posso ir da saudade à consolação.

Ela: - Me convide pra jantar Frank.
Ele: - O que?
Ela o observa como quem repetia a frase.
Ele: - Gostaria de jantar comigo?
Ela: - Mulheres não gostam de perguntas.
Ele a olha recuando e diz:
- Janta comigo.
Ela: - Muito exigente.
Ele:- Quer jantar comigo?
Ela: - Outra pergunta.
Ele pensou e disse:
- Eu vou jantar, se quiser se juntar a mim.
Ela sorriu.

Diálogo do filme O Turista.

Hoje eu acordei explodindo em versos, eu queria contar minha vida inteira no papel.
São tantas histórias mal contadas, são tantos desfechos inventados que eu não sei mais o que é verdade.

Da minha vida tento fazer um encontro de versos, tentando dar sentido a alguma realidade que eu nem sei qual é.

São tentativas e desejos amontoados a vários erros, são novos vícios, são drogas novas pra tentar esquecer.

É conto esperando ponto final, sabendo que exitem muitas histórias pra escrever.

O que era certeza hoje é dúvida.

O silêncio foi a melhor resposta eu pude dar.

Fiz das vaias meu espetáculo
Onde só eu fui platéia
Fiz do desagrado meu número
Onde eu faltei na estréia.

São acordes desesperados pra te impressionar.

E eu esfrego os olhos / na ilusão do horizonte mudar / torcendo pra minha vida transladar / antes da música acabar.

Quanto tempo aguentei / até a noite chegar / esperando a manhã / pra ver se tudo ia melhorar / hoje mesmo pude ver / uma lágrima rolar / implorando sua ajuda / pra você não se importar / me desculpe si errei / eu procuro melhorar / mas eu nunca vi ninguém / aprender a suportar / suportar tanto dor / aguentar esse rancor.

Talvez seja de um espaço na web ou de um espaço na estante que eu precise para guardar minhas falsas memórias. Talvez precise ser na virada do dia e esperar um brilho nas ideias para que tudo venha a surgir.

O que eu preciso mesmo é de um papel e uma caneta, eu preciso mesmo é da voz e do violão, eu preciso mesmo do gravador ligado, fingindo fazer registro do que eu sempre estou fingindo dizer.

Talvez eu precise de perguntas, mas não daquelas que todos estão cansados de ouvir, eu preciso daquelas que te fazem pensar, sem te ofender, daquelas que te fazem fugir do clichê, daquelas que te fazem por pra fora tudo aquilo que você tem vontade de dizer.

O que eu quero mesmo é de um pedaço de papel é de um lápis quase sem ponta pra escrever tudo aquilo que eu quero esquecer, só pra lembrar.

O que eu quero eu nem sei mais e se essa estreia já aconteceu e se tudo não passar dos padrões de qualidade e se autoria nem me pertencer, eu ainda posso voltar pro pedaço de papel.