Coleção pessoal de evelynsathy
A causa conservadora foi poluída pela ideologia da grande capital, por ambições globais das empresas multinacionais e pela supremacia da economia sobre o pensamento dos políticos modernos.
"Existe uma solidão humana que nasce de alguma fonte que não a falta de companhia, e não tenho dúvida de que os místicos que meditaram sobre esse fato tem razão de vê-lo em termos metafísicos. A separação entre o ser autoconsciente e o seu mundo não é superada por nenhum processo natural. Ela é um defeito sobrenatural, que só pode ser remediado pela graça."
"Os amigos vêm e vão, passatempos e feriados passam pela sombra da alma como a luz do sol em um vento de verão, e o anseio pelo afeto é cortado em cada ponto pelo medo do julgamento".
O conservadorismo implica a conservação dos recursos — sociais, materiais, econômicos e espirituais — que compartilhamos e a resistência à entropia social em todas as suas formas.
O conservadorismo é a filosofia do vínculo afetivo. Estamos sentimentalmente ligados às coisas que amamos e que desejamos proteger contra a decadência.
Ironicamente, talvez a maior conquista intelectual do partido Comunista tenha sido convencer as pessoas de que a distinção de Platão entre conhecimento e opinião é válida e que a opinião ideológica não é meramente distinta do conhecimento, mas o inimigo do conhecimento, a doença implantada no cérebro humano e que torna impossível distinguir ideias verdadeiras das falsas. Essa foi a doença espalhada pelo Partido. E também foi difundida por Foucault. Pois foi Foucault quem ensinou aos meus colegas a avaliar cada ideia, cada argumento, cada instituição, convenção ou tradição em termos de 'dominação' que ele mascara. A verdade e a falsidade não tinham significado real no mundo de Foucault; tudo o que importava era o poder.
"As pessoas da direita não se identificam como tal, não como parte de um grupo. Nós apenas nos agarramos às coisas que amamos."
O homem que diz que a verdade não existe está pedindo para que você não acredite nele. Então, não acredite
A tradição da Esquerda é julgar o sucesso humano pelo fracasso de alguns. Isso sempre lhe oferece uma vítima a ser resgatada. No século XIX eram os proletários. Nos anos 60, a juventude. Depois as mulheres e os animais. Agora o planeta.
Quando a memória houver purificado todos os acontecimentos
de nossa vida, houver apagado as impressões confusas que
experimentávamos quando eles ocorriam, de tal modo que deles
subsista apenas sua significação profunda e secreta, todo o nosso
passado nos aparecerá como num quadro e nossa atividade ter-
se-á tornado contemplativa.
“É só no silêncio que o amor toma consciência de sua essência miraculosa, de sua liberdade e de sua potência de intimidade. As palavras ditas destroem sua penugem e sua graça sempre nascente. Quem duvidaria que, no Paraíso, os espíritos desfrutam de si mesmos comunicando-se com Deus e com os outros espíritos no fervor de um perfeito silêncio?”
"A nossa existência própria, que é ao mesmo tempo distinta da totalidade do real e em comunicação incessante com ela, não pode realizar-se senão na luz: as trevas abolem-na, o conhecimento liberta-a e multiplica-a. Aqui está a verdade eterna do intelectualismo. Mas a luz não é dada senão àquele que a deseja e a busca. Não é conservada senão por aquele que a incorpora na sua potência de amar e de querer. E o intelectualismo é estéril se não é permeado de espiritualidade."
A intimidade é de fato, como geralmente se crê, o último reduto da solidão. Mas basta que ela se descubra a nós para que a solidão cesse. Ela nos revela um mundo que está em nós, mas no qual todos os seres podem ser recebidos. [...] então se produz a mais aguda emoção que podemos sentir. Ela nos revela que nosso mundo mais secreto, e que julgávamos tão frágil, é um mundo comum a todos, o único que não é uma aparência, um absoluto presente em nós, aberto diante de nós, e no qual somos chamados a viver.
"Há pessoas que esperam a vida inteira um futuro em que poderão, enfim, começar a viver: ora, esse futuro não ocorrerá jamais. Seu pensamento sempre se adianta ao que não existe, mas é impotente diante do que existe. [...] Para elas, no entanto, a morte sempre sobrevém no período de espera; elas só têm atrás de si, então, uma existência vazia. É que, como esperavam para viver, só esperavam para morrer. Entre o sofrimento que um momento do tempo nos proporciona e a felicidade que outro momento nos promete, existe uma diferença de grau que não raro é ilusória. Mas entre o presente do ser e o nada da espera há o infinito".
"A vocação aparece no momento que o indivíduo reconhece que não pode ser para si mesmo seu próprio fim, que ele pode ser apenas o mensageiro, o instrumento e o agente de uma obra para a qual coopera e na qual o destino do universo inteiro está interessado"
A mais perfeita atividade na profissão não é a que se conforma mais fielmente às regras do ofício, mas a que as dita porque as ultrapassa. E, se nunca se deve transformar em trabalho a parte divina de nossa atividade, não existe profissão que não a deixe transparecer.
Se a profissão nem sempre está de acordo com a vocação, não raro isso é efeito de uma escolha ruim, mais que de um destino ruim. É por vezes um teste que o destino nos impõe, a fim de nos obrigar a descobrir e exercer algumas de nossas potências ocultas. [...] Não se deve, porém, criar uma oposição entre nosso trabalho e nossa tarefa de homem: é preciso fundi-los.
Nosso eu não é um ser formado, mas um ser que se forma a todo instante. Não é uma realidade já feita sobre a qual nossa sinceridade deveria se pautar, que seria seu modelo e que nossas palavras e obras poderiam exprimir com maior ou menor exatidão ou fidelidade. Assim, pôde-se dizer que não há uma verdade sobre o eu, do mesmo modo que há uma verdade sobre um objeto.
A busca da perfeição não é nada se não for inseparável da necessidade de difundir todo o bem que se possui.
O que é o materialismo, senão o estado do homem que se afastou de Deus; (...) ele passa unicamente a preocupar-se com os seus interesses terrestres.