Coleção pessoal de EvandoCarmo

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O cara de pau

⁠Eu sou um cara de pau
Se falam em trabalho
Eu passo mal
Se me pedem um favor
Por amor de Deus
Eu digo não.

Falta-me disposição
Pra chutar a bola pro gol
Pra cobrar um escanteio
Nem o cabelo eu penteio
Nesta vida, o que anseio
É não ter obrigação

Nem defesa nem ataque
Nem barbeiro nem peão
Falta-me disposição
Para afiar a navalha
Pra mover com uma palha
Para amassar o pão..

Eu sou um cara de pau
Se falam em trabalho
Eu passo mal.
Se me pedem um favor
Por amor de Deus
Eu digo não.

Falta-me disposição
qualquer coisa apareça
Eu disfarço e digo não

⁠Sou o encontro de passado e presente
uma história que se enlaça
em tantas outras vidas
são anos de aprendizado,
de gente querida
de momentos bons
e outros nem tão presentes

Mas em mim está a força
de seguir em frente
a certeza de que a vida
é mesmo uma partida
e que cada passo dado
nos leva a outra vida
q ue o tempo é gigante
e ao mesmo tempo tão carente

Eu sou um livro aberto,
folhas amareladas pelo tempo
mas ainda trago em mim
a esperança e o sentimento
de que é possível criar
um mundo melhor

E assim vou caminhando,
entre o passado e o agora
tão vasta é minha jornada,
tão grande é o meu tesouro
sou o tempo que persiste
e que não tem borda nem sabor.

⁠Sou imortal na minha arte,
Inspirado pelos astros,
pela natureza e pela vida,
Com minhas palavras,
encontro o caminho
para a eternidade.

Meu coração pulsa,
minha mente cria,
Cada verso
uma nova história,
um novo universo,
Compondo um poema
vivo e imortal.

E mesmo que a morte bata
à minha porta,
Minha poesiacontinuará a viver,
Preenchendo corações,
iluminando mentes,
Eternamente imortal.

A razão senta e espera,
o instinto avança e pega



O artista quer o aplauso
Mas também deseeja o pão
Vive atrás de uma alegria
Que lhe cause a sensação
De que alcançou vitória
Neste mundo em confusão
Mas a fama é uma fera
Que transforma essa quimera
Com um sopro de razão
Eu busquei com fé e afinco
Conquistar o meu quinhão
Ter uma cabana no céu
E o castelo no chão
Mas o céu é de papel
E o mundo é de ilusão





"Ultimamente, são só as ações, gestos e hábitos dos animais, quedespertamem mim
a minha humildade "

o amor preenche
qualquer abismo.

⁠Ela era encantadora, mas não me dava atenção. Fiz poemas para ela, ela simplesmente ignorou minha afeição..

Até que um dia precisou de mim, queria entender a razão do sofrimento e da dor no espírito humano, acreditava que um poeta saberia responder suas perguntas.

Marcamos um café para eu lhe explicar aquilo que mais lhe atormentava. Foram muitos encontros, aos poucos sua alma se uniu à minha.

Hoje ela não tem mais perguntas, nem eu tenho respostas. Simplesmente, quando estamos juntos o silêncio nos conta o segredo de tudo, sobre todos os mistérios vida.

"O amor preenche qualquer abismo."

⁠A busca é vã, por sentido e razão
no labirinto da existência, é fatal navegar sem rumo nesse mar de vileza
sem saber o destino, é a luz ou a treva?

Em meio ao caos, o desalento
não há esperança no coração
o que nos mantém em movimento
e nos faz acreditar na evolução.

Assim, seguimos em frente, na luta constante em busca da verdade,
do amor e da paz, rumo adiante.

A vida é um filme sem final feliz
uma viagem sem roteiro definido
O homem, esquecido navegante

⁠"A vida é um trem lotado, que passa uma vez por dia, e você não tem escolha, ou pega ele em movimento ou fica para trás, no vácuo do esquecimento.."

⁠A musa que canta

Quando ela canta o mundo se encanta
Se veste de beleza o abismo do silêncio
Enquanto ela canta, sozinho eu penso,
Ela se apaixona pela música
E faz amor com ela
E os tons perfeito que saem do seu peito Suavizam o mundo tão cheio de dor.

Eu, poeta amador, não descrevo direito
O que escuto, o que ora vejo
nesta musa imortal
A canção se envaidece, e a plateia
Adormece, o céu vem ao chão
Lhe prestar homenagem.

E até Deus duvida que ela seja real
Pois quem canta assim
Dominou o segredo,
que os têm os mortais
Sabe o meio e o fim
Da celeste razão
De que somos iguais

⁠Ele era pobre, estúpido,
um coitado...só tinha dinheiro.
O outro era rico, meigo e educado,
e fazia poema para um amor encantado.


Mas ela, em seu coração dividido,
Não sabia bem como proceder,
Pois o dinheiro do primeiro atraía
Mas o carinho do segundo fazia seu coração pulsar.

O primeiro esbanjava sua riqueza
Mas era fútil e sem paixão,
Enquanto o segundo lhe dava amor
E nunca era movido por ambição.

Assim, decidida a escolher,
Ela optou pelo amor verdadeiro,
E foi feliz ao lado do rapaz educado,
Com quem viveu um amor eterno

Em busca de sentido


⁠Vida frágil, infinita é busca
incessante de sentido,
Caminhos tortuosos,
destino incerto,
tudo perdido.
Em busca do mundo anterior,
Proust nos conduz,
Ao passado distante,
memórias
que nos seduz.

Mas o presente é fugaz,
um instante adormecido,
Amanhã nunca é certo,
futuro desconhecido.
A inquietude do espírito
em busca de paz,
Mas a guerra consigo
mesmo e com o mundo
é o que jaz.

Deus e o semelhante,
alvo da nossa ira,
Mas a compaixão e o amor
devem ser a nossa mira.
Tão efêmera é a vida,
tão breve é a existência,
Aproveitemos cada instante
com plena consciência.

Não busquemos respostas,
apenas vivamos intensamente,
Pois a fragilidade da vida
nos mostra o quão valioso
é cada momento presente.

⁠Mas a cegueira do amor é um fardo pesado,
Que nos faz perder o juízo e a razão.
Dizem que o amor é um caminho iluminado,
Mas para mim, é uma estrada de escuridão.

Esse sentimento nos guia sem rumo,
Nos faz ver beleza onde não há,
E nos leva a acreditar em tudo,
Quando sabemos que não é verdade.

Ah, amor, tu és um veneno disfarçado,
Que nos cega e nos faz sofrer sem razão.
Mas ainda assim, eu te amo, apaixonado,

E não consigo escapar dessa prisão.
Meu coração talvez possa ouvir um dia
A cegueira do amor, esta linda melodia

⁠O amor é um sentimento sem tamanho
Que faz da alegria a tristeza num segundo
Transforma a vida num abismo estranho
E deixa no peito um amargo tão profundo

Pois é, como disse o poeta tempos atrás
O amor é um fogo que arde sem se ver
E hoje eu entendo o que ele quis dizer
Queima e destrói, e rouba a paz

Mas ainda assim, meus versos eu tecido
Com um fio de esperança no horizonte
Que um dia o amor construa a ponte

E enquanto isso, deixo aqui o meu lamento
E as palavras que vêm do meu eterno ser
Só sssim a poesia traz o amor perdido

⁠Segue o caminho que só tu podes trilhar. As pontes que precisarás construir. E o rio da vida que terás de atravessar. Só tu és capaz de te superar e prosseguir

Não te deixes enganar pelos atalhos fáceis nem pelas falsas promessas dos semideuses, pois a tua essência é única e preciosa, e tua autonomia é o que te faz vitorioso

Segue o caminho que te leva além do rio Pois nele encontrarás a tua verdadeira essência, não importa onde ele leva ou o que nele há

O importante é que só tu podes segui-lo, e ao final da jornada, o teu coração será preenchido, pela satisfação de ter trilhado o teu próprio caminho.

A vida humana é mais breve que um sonho
Um sopro, uma brisa tão efêmera
É breve, como um caminhar medonho
Mundo cheio de escuridão e estranho

Do nada, crescemos no tempo veloz
Aprendemos a amar, grandeza e fama
A glória é curta, uma brisa estanque do oz
Alma voa, deixando para trás a montanha

Somos como móveis na roda do tempo
Enganando-nos com riqueza, poder e brilho
A verdadeira riqueza está no amor, lamento

Tolo é não vê que a vida é um trem curto
Efêmera existência humana, um mito
Ah, quem dera podesse ter mais tempo

⁠Oh, efêmera existência humana!
Tão breve é a vida tão plena de dor
Ela é frágil como uma rosa que murcha
Que fenece antes do seu esplendor

Nós somos como a areia da praia
Que vai e vem com as ondas do mar
Pois a nossa existência é passageira
E o tempo é o nosso algoz a ceifar

Mas, ainda assim, seguimos adiante
Construímos nossos sonhos com afinco
Regamos com suor cada planta, cada cante

E vamos em frente, sem desanimar
Porque sabemos que somos uma centelha
Na Vida maior, que nunca vai cessar.

⁠Oh, dor! Como é triste o amor, poeta!
Nosso coração, pulsando forte, em vão
Busca alguém a quem possamos cantar
Mas, no fim, amor e poesia não se dão

Somos poetas, fadados à solidão
Buscamos em vão, um sorriso apaixonado
Em cada amor, há sempre desilusão
E, como sábio, desiste do ser amado

Oh, sapiência! Pois sabemos nós
Que para o poeta, amar é um martírio
O amor é um sentimento só para tolos

Não temos tempo para distração
Feitos para para o fogo-eternidade
Julgados insensíveis sem coração

O que é a liberdade

Prefiro viver no meu universo
Onde me expresso sem censura
Onde posso ser eu mesmo sem receio
E explorar o mundo sem freio
Expandir sem timidez minha duce loucura
Não quero ser julgado pelo que tenho
Ou pelo que faço, pelo que sou ou não
Só quero ter a liberdade de escolher
O que desejo, sem medo da opressão.
Ser livre é a maior conquista do homem
E eu agradeço a solidão que tenho
Que me permite caminhar com meus próprios pés,construir o futuro que eu quero, sem mais e nem menos.