Coleção pessoal de Emylyaf

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⁠Sou um amálgama de possibilidades, um caleidoscópio de emoções, e no fundo, talvez seja essa a minha verdade: a incerteza, a melancolia de nunca estar completamente certo de quem sou.

⁠Sinto-me como um quebra-cabeça incompleto, peças soltas na busca de sentido. Sou uma melodia sem partitura definida, uma tela em branco aguardando pinceladas do destino. Às vezes, questiono se há uma definição concreta para o que sou ou se sou apenas um eco perdido no universo, uma nota sem compasso.

⁠Sou como uma sinfonia, uma arte multifacetada, uma canção que se reinventa a cada acorde, um amanhecer de cores diversas. Posso ser a brisa suave ou o mar agitado, ou o calor do verão que aquece a alma.

⁠Caminhando pelos meus próprios passos, tento decifrar quem diabos eu sou. Escrevo tanto, mas às vezes parece que tô só dando voltas, sem chegar a lugar nenhum. Será que perdi o fio da meada ou nunca soube mesmo qual era? Às vezes, parece que tô flutuando entre querer e ser, como se tivesse esquecido onde me encaixo nessa bagunça toda. Talvez tenha me perdido no meio do caminho, ou quem sabe tenha percebido que não tem um destino certo pra tudo isso. Eu sou tipo uma sombra, só dando uns passinhos na beirada do meu próprio ser. Às vezes, me sinto um rascunho mal acabado, uma música que não consegui compor. As páginas em branco parecem pedir um desvendar, um jeito de desembrulhar o mistério que me habita.

⁠Na vastidão da solidão, sou uma estrela solitária, sem constelação que me abrace. O coração é um jardim sem flores, onde o eco do silêncio dança ao vento. Meus passos, como notas sem melodia, vagam pelo vazio, sem compasso a guiar. As cores da paixão se apagaram, transformando o mundo em um esboço pálido de sombras.
O tempo é um rio estagnado, suas águas quietas, sem rumo a seguir. Sou um marinheiro sem bússola, à deriva em um oceano sem estrelas para me guiar. Minha alma é uma partitura em branco, sem notas a entoar. Os sentimentos, outrora como sinfonias vibrantes, agora são murmúrios abafados, como um suspiro preso no peito. Neste universo particular, sou uma estátua de mármore, imóvel e sem vida. O sentido da existência escapa entre meus dedos, como grãos de areia levados pelo vento. Oh, como é amargo viver nesta névoa de desolação, onde o horizonte se estende para além do olhar, sem promessas de auroras douradas.

⁠Em algumas noites, me vejo e me sinto como se estivesse diante de uma estranha, como se a pessoa que percebo de volta não fosse realmente eu. É um sentimento desesperador, como se eu estivesse à deriva em um mar de incertezas, longe da minha essência. E a noite que muitas vezes se torna minha confidente, quando as palavras fluem de mim como se fossem a minha única verdade. Escrever é o meu refúgio, uma linha que me conecta com partes de mim mesma que parecem ter se perdido. Há dias em que o tempo parece uma prisão, como se estivesse inerte no limbo, assistindo ao mundo girar enquanto eu permaneço parada. Levantar toda manhã se torna uma batalha, uma luta contra uma força invisível. Às vezes, a angústia parece um monstro gigante, que exige cada grama de mim, e degladeio todos os dias para permanecer viva. É uma luta constante, mas sei que enfrentar essa batalha me enfraquece a cada dia, ja me sinto exausta.

⁠As palavras e as conversas, antes tão urgentes, agora se tornaram ecos distantes. Uma serenidade silenciosa se instalou em meu coração, e encontrei conforto na quietude do meu próprio ser.
Levantar a cada manhã tornou-se uma batalha íntima, uma jornada de superação diária. Cada amanhecer é um triunfo sobre a inércia, uma prova da minha resiliência frente à luta silenciosa que travo comigo mesmo.

⁠sinto-me como um espectro entre as horas e os minutos, uma presença fugaz e etérea, como um raio de luz que dança na penumbra. A linearidade do tempo parece se perder, e tudo se funde em um borrão de instantes.

⁠⁠O questionamento é a primeira ansa num momento inerte. Sabemos que nossos pensamentos se baseiam no que experimentamos, nada se vincula se não faz parte de si, mesmo que seja difícil, você engole, e pra mim, parece uma incessante e intragável água laminada, suave e lacerante, que não me deixa respirar, que me enche e me fere a todo estante, minha mente parece uma lacuna que se enraiza sementes de desespero e traumas, se espalham e se instalam a vértebra e toda linha coronaria, e o que alimenta-o são suplícios, é o que me permite a respiração umbrática, tudo aquilo que meus olhos ainda conseguem alcançar e desejar, mesmo que em mim já não exista nenhum anseio, o verde das árvores e o azul do mar ainda me iludem com a especiosidade deste mundo, tudo é como é, se ainda enxergo os mares e ouço os pássaros, me permito estar no paraíso natural, sem interferência humanas, e são curtos períodos onde me sinto livre e é quando posso me libertar.
- Emilia Ferreira

⁠Na solidão, encontro um oásis na música. Fecho os olhos e me transporto para os bosques, sentindo a brisa acariciar meu rosto, enquanto as alvoradas pintam o horizonte. A areia fria toca minha pele, e o céu se entrelaça comigo, como um abraço caloroso. Os dias antes cinzentos se tingem de vida, e a música se torna meu refúgio, uma sinfonia que colore minha alma.
- Emilia Ferreira

⁠Qual preço de uma vida questionada? Segurei firme minhas dores para continuar, mesmo sem razão, e ao decorrer da minha curta existência, perdi o propósito. Mirei em focar no que me tirava a ideia negativa sobre meus dias tenebrosos, com a ansiedade a tomar todo tempo atmosférico de mim, sonhava com o prado e o calor sutil percorrendo meu rosto, nos campos nirvana, pensar no que me confortaria, me desviaria de toda pungência do meu ser, calibrando com ilusões, creio que foi o que me sustentou tanto tempo, pois não há esperança em mim, mas o imaginário me ampara.

⁠Em todas as nuvens que já passei, a que mais me alcançou se nomeava letargia, e se findava a mim como uma corda firme e magnética, nada vaporosa, apenas incompressível a uma resposta á procurar razão, e mesmo que eu sonhasse com a liberdade, ela não me soltava, e a cada minuto naquela altura e dentro desta nuvem, meu ar era escasso e minha visão se encurtava, já não via beleza, já não via sentido, e aos poucos aceitei como parte de mim, mesmo sabendo que a qualquer momento ela me mataria, não tive culpa de chegar a este cenário umbratico, mas todas as circunstâncias durante o trajeto, trouxeram-na a mim, e assim, ficou até instalar-se em mim completamente, como um parasita que me tirou a calmaria e subsistência, nada mais parece me alcançar, estou convencida que meu tempo é breve, mas ainda posso imaginar a arte e a música dentro de mim, é o que me mantem resistente, mesmo que momentaneamente.

Me encontrei num barco ao relento, percebi aos poucos os murmúrios da noite me encontrarem, enquanto sentia meu corpo imóvel e mesmo assim seguia o movimento das águas, levanto-me e me vejo a mar aberto, envolto de luzes que apenas a natureza me achava, segurei firme entre as bordas, e vi criaturas florescentes compactadas ao mar, tão sereno quanto meu estado, o sonho que refletia minha profunda alma almejamdo paz, e aquele lugar, era eu.

⁠São simultâneas nossos reles aflições, quando espírito pesa, a mente e o corpo decai, o santuário somatótipo se torna uma cela amontoada de caos e medo, carregada de vastos anseios, como um jardim de espinhos e campos de galhos cortantes, uma floresta intérmina e escura. Sabe escutar seu eterno ? O núcleo de um ser desalentado e sufocado, sente o chão tremer ? O íntimo que a todo tempo pede amparo, sente o caos da elucubração mortal ? Que não para e pensa e pensa e pensa… em sua totalidade vive pela magia do próprio suplício, e engasga com a toxidade das venturas, corroído e aparado por picos de sortilégios. Consegue sentir ? (.)

⁠É um vácuo de ideias e caos que prorrompe a barreira do pensamento, é perpétuo o momento que se estingue a sensação de se estar pleno, respiramos palavras e sentimentos, guardamos artes de lucidez e imaginações, escutamos Mozart para vivenciar o eterno, excluímos filmes para conservar os livros, e mergulhamos um nos outros pra abrigarmo-nos…

⁠Contraditórios os seres humanos, em cada passo que dão em suas vidas são vãos de duplicidade e anseios, acomodados em seus juízos caóticos, e presos em seus espíritos extraviados, degladeiam com suas mentes diariamente,onde o mundo é um palco no qual a carnificina perpétua até a derrota. E essa sociedade competitiva em que a embustice se assola desde a alvorada da cioforia, ao passo que ainda inocentemente não idealizam essa praga que concerne a humanidade, é um ciclo vicioso e sem salvação.

⁠Às vezes sento no meu espaço olhando para o céu, e milhares de perguntas me surgem, mesmo assim eu paro, e admiro essa arte natural que me permite por alguns minutos sentir-me significativa, é uma bobagem, contudo, coisas pequenas é que estimo, mas infelizmente são coisas breves, visando que minha mente e alma está corrompida, os sentimentos bons são tão breves que parecem flashs, mesmo assim ainda me permito sonhar com a imensidão do universo e seu convite, me atrai, poder participar de sua grandeza, pois sinto que na terra de nada valho e não tenho propósito, mas... gostaria de ser uma estrela pra guia os sinuosos, ou transitar entre os astros, fragmentos e planetas como um viajante, poder me sentir plena e pertencente a algum lugar.

⁠Vivemos numa sociedade amnésica, pessoas e pessoas vivem a vida como imaculados, principalmente dentro da Internet, e até na vida real usam máscaras pra coexistir e suportar o maçante cotidiano que vivem. Se pararmos pra pensar, a perfeição ela é correspondente ou caçada, assim como a felicidade, ou você mente pra si e pra o mundo que é perfeito e feliz, ou você busca incansavelmente essa ilusão pra ostentar, e quando percebe que não tem, inveja as falsas conquistas alheias nas redes sociais, assim, você segue dois rumos lógicos, ou sofre e pensa ser um merda incapaz, ou finge perfeição e felicidade para os outros também. Que mundo louco, não?

⁠É exaustivo a espera... esse oco conduzida a alma, lares de temporais infindáveis. Deliro em sonhos cósmicos, abasteço-me de ideia lunáticas, tornando meu mundo fantástico... mas ao acordar, a penumbra da realidade retoma minha vida. Toda a ambitude de meu ser destruido e desacreditado corroe as paredes dos me sentidos, e aos poucos perco a razão. Ponho-me aos ombros do universo, envolve-me com tua eterna gama de serenidade, deixe-me adormecer, se torne meu abrigo, minha casa, pois tenho a necessidade deste amplexo constante, e por fim, meu espírito sossegara em teus braços.

⁠como numa sinfonia que precisa ser constantemente ouvida e apreciada, pois a arte é absorvida através da sensação de somar e participar.