Coleção pessoal de ElizeuSilva

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⁠A onda de 'fake news' que assolou, e ainda assola o País, despertou-me a ideia de que, antes das redes sociais digitais, as falsas informações já era prática comum nas décadas de antigamente. A diferença é que, outrora, não havia o gigantesco impulso da Web para otimizar a roda da mentira. Como, também, não havia as agências de checagens da Internet, os boatos duravam uma eternidade, contribuindo, a meu ver, para a formação de uma cultura dita raiz e que, em muitos casos, parece ter criado o medo, esse ingrediente que quase sempre acompanha a estratégia do dominador sobre os dominados. Drummond deve ter sentido isso quando escreveu sobre o 'Congresso Internacional do Medo'.

⁠A SELEÇÃO BRASILEIRA, AINDA, É A PÁTRIA DE CHUTEIRAS?

A poucos dias da Copa, e o Brasil parecendo que não tá nem aí pro Mundial, faz o velho torcedor, atento às mudanças por que passa o nosso País, levantar algumas especulações. Será que gastamos toda nossa energia na eleição para presidente, a mais intensa de todos os tempos? (E que, de tão intensa, ainda tem muita gente achando que o pleito não acabou) Será? Ou, ainda relacionado à política, não seria o uso exagerado da camisa verde-amarela e da nossa bandeira o responsável por retirar o interesse de grande parte dos brasileiros pelo torneio? Ou não seria a velha desconfiança que carregamos antes de ver o Brasil entrar em campo? Ou o que, ainda é pior: a nostalgia que sentimos dos idolos do passado, que não figuram mais na Seleção, porque a idade chega para todos, estaria fazendo a gente sonhar que tudo poderia ser como antes? Enfim, são perguntas de mais, e respostas nenhuma. O fato é que ninguém diz que estamos em clima de Copa. Porque, de fato, o País não está. Nem a mídia parece estar empolgada com o Mundial. Porém, tudo isso talvez mude quando a bola rolar, a partir do dia 20 de novembro, principalmente, nos dias de jogos da Seleção. "Olê, Brasil!!!"

⁠Falar sobre os clássicos, de modo espontâneo, sem combinação prévia, ao sabor do acaso, é uma das coisas mais prazerosas e saudáveis que pode haver. Por uma fração de tempo, as pessoas dão uma trégua na hostilidade da existência e relaxam a mente com aquilo que as letras reservaram ao espírito: a literatura.

⁠Pensamento anônimo

Água mole em pedra dura tanto bate até que...às vezes não acontece nada!

DA POLÍTICA AO FUTEBOL

⁠A não aceitação da vitória de um oponente revela, entre outras coisas, que o perdedor estava travando uma batalha imaginária. Não havia o outro no horizonte da sua percepção. Quem procura enxergar as possibilidades sofre menos. Nesse contexto, as informações falsas contribuem muito para a mente criar uma realidade equivocada.

⁠PAPO DE TORCEDOR

Tenho consciência do meu comentário afetivo, mas vai assim mesmo: Antigamente jogadores, como Zico ou Maradona, chutavam dez bolas e acertavam sete. Hoje, jogadores midiáticos chutam dez e erram onze.

RASCUNHO IMPUBLICÁVEL

Sou daqueles que defendem a ideia de que, em uma prova de múltipla escolha, por exemplo, o professor oriente seus alunos a dosarem as energias para não ver a avaliação como um instrumento de tortura.
Essa função de "torturar" o leitor é coisa de concurso, em que cada oponente representa uma 'ameaça' direta para se alcançar uma das vagas oferecidas no edital. Contudo, certamente, essa não é a função das avaliações em um contexto pedagógico como o ambiente escolar.

Cabe ao docente indicar à turma quais questões devem ser respondidas primeiro e quais em último lugar. Penso que, desse modo, corre-se menos riscos de se fazer injustiças com aqueles bons alunos que morrem de pavor diante de um teste, simulado ou exercício afin.⁠ Além disso, parece ser também uma forma de trabalharmos a elevação da autoestima dos alunos 'preguiçosos' ou daqueles que sofrem de algum complexo de inferioridade.

Por outro lado, para que isso aconteça, de fato, é necessário que o mestre tenha conhecimento prévio da prova que será aplicada, que analise as coerências e contradições das questões para somente, assim, poder ajudar o estudante. É o mínimo que pode ser feito a fim de suavizar o processo de leitura silenciosa na hora de uma prova escrita em que o corpo de muitos alunos gostaria de ler em voz alta, gesticular e até andar na sala ou fora dela.

⁠Ainda não cheguei ao estágio das pessoas que saboream um café sem açúcar ou algum tipo de adoçante. Acho que elas não ficam frustradas ao final da xícara. Porque o doce, quando termina a degustação, estraga o sabor da bebida e até nos faz esquecer do cheiro que um bom café exala. Beber café amargo é coisa chique. Deve ser hábito de gente menos ansiosa.

⁠"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."

Na sua totalidade, a realidade é impossível de ser abarcada.
A realidade é um prisma de infinitas faces observado a partir de diferentes ângulos.
A verdade é aquilo que, de certo modo, captura algum aspecto da realidade.
Estudar a realidade é o objetivo geral da ciência por meio da verdade.
O oposto da verdade é qualquer objeto que não encontra solo para ter acesso à realidade.

⁠DESENHANDO AS PALAVRAS

Se você diz que o conhecimento da verdade é o que liberta, então, não seja um propagador de "fake news". Não coloque suas preferências pessoais a serviço da desinformação.

⁠Não há pressão multideterminando o voto do eleitorado da esquerda brasileira, principalmente, o feminino. Penso que a liberdade reside nisso.

⁠Não podemos subestimar a capacidade perceptiva das crianças de hoje. Elas estão a anos-luz do que era a percepção dos pequenos das décadas de 80 para lá. Faltavam informação e tecnologia. E "sobravam pressões culturais".

⁠No futuro, não muito distante, votaremos a partir do próprio smartphone ou outro meio mais sofisticado.

⁠O exercício é necessário, mas oprime. A leitura, por outro lado, liberta. Exercite, pois, a leitura!

⁠COISAS QUE O CORPO ENSINA

Contra o desânimo da manhã, é preciso levantar cedo.

⁠Acho que as pessoas deveriam tirar um tempinho para a leitura. Não para serem coisa alguma nesta vida. Outro dia, uma antiga conhecida minha falou, com razão, que as pessoas têm habilidades mil e podem tomar o rumo que suas inclinações lhes permitirem tomar. Longe das profissões intelectuais. Nem todos querem e nem serão escritores. Mas seguirão e farão coisas grandiosas. Eu concordei com ela de pronto, mesmo calado. Porque é isso mesmo.

Mas voltando ao pensamento inicial, acho que as pessoas deveriam tirar um tempinho para a leitura. Não para serem p. alguma. Mas para experimentarem um pouco do alento que só a literatura oferece. A leitura é a invenção mais humana que a humanidade criou. Existe uma fome e uma sede que precisa ser saciada depois das necessidades primárias da vida biológica.

Quem faz da filosofia ou da verdadeira ciência ⁠um "modus vivendi" não tem muito tempo para premeditar maldades. É preciso crer em alguma coisa que, de algum modo, nos purifique.

⁠Dai-me um pouco de sabedoria sem dolo!

⁠A menos que forças externas pressionem a vontade dos indivíduos livres, a maioria sempre escolhe o governo mais adequado a determinado contexto. Povo livre é povo sábio. Viva o povo brasileiro!

⁠Por mais que o ego ache estranha a escolha política do outro é preciso respeitá-lo. É marca de um sistema democrático a coexistência de ideias e vontades contrárias. Debates, campanhas, comícios, alternância de poder, tudo isso faz parte da política. O que não deveria existir na democracia é o desrespeito e as brigas. Porque esses ingredientes não são de quem admira a política, mas sim a políticos.