Coleção pessoal de ElisvanMonttello
Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida.
Luto poético
Escorre um sentimento de luto
Túmulos de poemas e poesias
Enterradas em esquecimentos
Papeis amarrotados e sem cor
Frases sem sentimento...
Uma eterna falta de amor
Sepulcro onde se enterram letras
Se chora por palavras em vão
Besteira que saiam do pensamento
Mas que no fundo...
Era o sentir do coração
Descanso da entrega poética
Um vazio, uma falta, uma solidão
jaz pensamentos de poetas mortos
Pensamentos que mesmo com tempo
Os que conheceram, jamais esquecerão.
Aprender a viver sozinho no escuro e uma Experiência De vida que traz Consequências Boas E Ruim ao mesmo tempo :s
O dia que eu ouvir alguém dizer “não vivo sem você” eu saio correndo. Vai aprender a viver sozinho para viver comigo! Não quero ninguém que tenha medo de me perder, quero alguém que não queira me perder. São coisas bem diferentes. O medo de perder não quer dizer que você ama a outra pessoa, quer dizer que você não se ama e não quer ficar sozinho. O não querer perder é o simples fato de preferir estar junto.
Não deixei de te amar, só aprendi a viver sem você. E talvez isso seja o melhor a se fazer. Não adianta insistir em algo que estamos vendo que está dando errado, e nada se faz para reparar os erros. É melhor sofrer a agora, do que eu te amar a tal ponto que não saiba viver sem você e seus erros... E, e eu começar a viver sem mim. Agora viverei por mim, consertarei meus erros. E me amarei de tal maneira que eu seja minha prioridade.
Minha felicidade nunca dependeu de ninguém. Aprendi a ser e viver por mim mesmo. Por isso estou sempre sozinho, mas em boa companhia... A minha!
Aquele que aprende a viver sozinho se torna muito mais feliz do que aquele que só consegue viver rodeado de pessoas.
Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre.
Quem sou eu além daquele que fui?
Perdido entre florestas e sombras de ilusão
Guiado por pequenos passos invisíveis de amor
Jogado aos chutes pelo ódio do opressor
Salvo pelas mãos delicadas de anjos
Reerguido, mais forte, redimido,
Anjos salvei
Por justiça lutei
E o amor novamente busquei
Quem sou além daquele que quero ser?
Puro, sábio e de espírito em paz
Justo, mesmo que por um instante,
Forte, mesmo sem músculos,
E corajoso o suficiente para dizer “tenho medo”
Mas quem sou eu além daquele que aqui está?
Sou vários, menos este.
O que aqui estava, jamais está
E jamais estará
Sou eu o que fui e cada vez mais o que quero ser
Mudo, caio, ergo, sumo, apareço, bato, apanho, odeio, amo…
Mas no momento seguinte será diferente
Posso estar no caminho da perfeição
Cheio de imperfeições
Sou o que você vê…
Ou o que quero mostrar.
Mas se olhar por mais de um segundo,
Verá vários “eus”,
Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei.
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.
Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.
Sentir-se sozinho em meio a tantas pessoas ao nosso redor e mesmo assim não está completo por dentro. Sorrir todos os dias sabendo que algo falta e não saber como preencher aquele pequeno vazio, ou acordar todas as manhã sabendo que é apenas mais um dia comum.
Tentar amar sem ter sentimento, sorrir pra esconder a dor, ser gentil sendo frio ou ter prazer nos momentos de solidão são coisa de um mundo vazio onde o solo não aceita mais nenhum plantio. O céu se tornou escurou e não faz sol a dias, o solo está ressecado cheio de rachaduras e a única água que molha o solo são suas lágrimas.
Algo respira tímido, mas com fôlego nos pulmões. E aquele velho adeus, está sempre quase pronto no aceno do sonho.
Coisa mais inevitável que a morte, é o adeus. Sempre estamos dizendo adeus: seja para as coisas, para as pessoas, para as lembranças, para as manias. Por mais que digamos ''eu sou forte, estou preparada'', ninguém está, o adeus é a coisa mais difícil a se dizer quando se é a única coisa que se pode ser dita. Tenho esta palavra presa em minha garganta pois eu me apego muito à tudo que tenho, tudo que amo. Não gosto de dizer adeus, e na maioria das vezes, as coisas vão embora sem que ao menos eu diga. Mas é que eu caio de cabeça nos meus sentimentos, eu digo pra mim mesma ''eu quero isso pelo resto da vida'', mesmo sabendo que não é. Eu me iludo? Sim, mas não sou a única. Sem hipocrisia: você nunca olhou para alguma coisa, um momento ou para alguém e disse: ''Eu quero que seja pra sempre.'' ?