Coleção pessoal de ElisLuba

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"Não consigo viver sem trabalho cerebral. Para que mais vale a pena viver? Fique aqui ao lado da janela. Já reparou em como este mundo é melancólico, sombrio e inútil? Veja como a neblina amarelada desce para as ruas e envolve as casas de cores mortas. O que poderia ser mais desesperadamente prosaico e material? Doutor, qual é a utilidade de se ter uma habilidade quando não se tem campo para pô-la em prática? Crime é um lugar-comum, a existência é um lugar comum, e qualidade alguma salva aquilo que o lugar-comum executa neste mundo."
(O signo dos quatro)

Eu sou um cérebro, Watson. O resto é mero apêndice.

Você vê, mas não observa.

Para uma mente ampla, nada é pequeno.

Todos os problemas se tornam infantis depois de explicados.

Há tipos diferentes de escuridão. Há a escuridão que assusta, a escuridão que acalma. Há a escuridão do descanso. Há a escuridão dos amantes e a escuridão dos assassinos. Ela se torna o que o portador deseja que seja, precisa que seja. Não é completamente ruim ou boa...

As melhores mentiras sempre estão misturadas com a verdade.

Tenha piedade daqueles que não sentem absolutamente nada.

"Pelas pessoas que olham para as estrelas e pedem desejos, Rhys".
Rhys bateu seu copo contra o meu. "Pelas estrelas que escutam e os sonhos que são concretizados".

Eu posso sobreviver bem o suficiente sozinha - se me derem o material de leitura adequado.

As bibliotecas estavam cheias de ideias, talvez a mais perigosa e poderosa de todas as armas.

Um cachorro reflete a vida da família. Quem já viu um cachorro alegre numa família triste? Ou um triste numa família feliz? Pessoas violentas têm cachorros violentos, pessoas perigosas possuem cachorros perigosos. E as variações de humor dos animais podem refletir as variações de humor dos donos.

Recordo que comentávamos que a boa sorte dos amigos às vezes nos causava um estranho descontentamento. Wilde nos contou a história do diabo no deserto da Líbia. Conhece-a? Não? Pois bem: o diabo estava cuidando de seus assuntos e fazendo a ronda de seu império quando topou com um grupo de diabinhos que atormentava um santo eremita. Eles utilizavam as tentações e provocações rotineiras e o santo resistia sem muito esforço. “Não é assim que se faz”, disse-lhes o mestre. “Vou lhes ensinar. Prestem atenção.” Dito isso, o demônio se aproximou do eremita pelas costas e lhe sussurrou ao ouvido em tom meloso: “Seu irmão acaba de ser nomeado bispo de Alexandria.” Imediatamente, uma inveja feroz obscureceu o rosto do eremita. “Essa é a melhor maneira”, disse o diabo.
(Arthur Conan Doyle conta uma pequena história sobre Oscar Wilde)

Não há nada mais enganoso que um fato óbvio.

O mundo está cheio de coisas óbvias que ninguém em momento algum observa.

– Qual é o significado de tudo isso, Watson? – proferiu Holmes, em tom solene, ao terminar a leitura. – Que propósito anima este círculo de desgraças, violências e terror? Deve tender a um fim. De outro modo, nosso universo seria governado pelo acaso, o que é inadmissível. Mas qual será esse fim? Eis o imenso, imutável e eterno problema para o qual a mente humana se encontra mais longe do que nunca de dar solução.
(O último adeus de Sherlock Holmes)

É um erro terrível teorizar antes de termos informação.

Nenhuma cadeia é mais forte do que o seu elo mais fraco.

Quando você elimina o impossível, o que restar, não importa o quão improvável, deve ser a verdade.

Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.