Coleção pessoal de elisasallesflor
CONTEMPLAÇÃO
Quando eu olhar nos teus olhos azuis
Não finja que não sentes meu olhar....
Teus olhos amor, são toda a minha luz!
E meu olhar só tem olhos prá te amar!
Atenho a fitar estes olhos de menina
Que no entanto é todo mar de mulher
Sorriso branco, franco, doce e traquina
Não brinques de não querer o que quer!
Então nunca desvias de mim o teu rosto
Deixa-me contempla-la à distância...
Deixa-me sonhar bebendo teu mosto.
Pois nestes olhos de profundo oceano
Me faço sol e alegria. Sou por ti verso!
Tu, moça do belo olhar_ tudo o que amo!
PRISIONEIRA DO AMOR
Estou presa a ti, meu bem
E não reivindico minha liberdade!
Estou enclausurada à tua alma
por um nobre fio de prata...
E se bradasse infelicidade
Seria de minha parte uma inverdade!
Sou cativa dos teus olhos sobre mim
Da tua boca doce, quando sorri
Do teu perfume que adere em mim
quando me chamas, e em chamas
me consome em carícias
Em delícias
Em malícias
Em ternuras
Em toques
Retoques
Desejo que se acumula
à cada momento
que em tormento
me sacias...
...E de dentro da minha gaiola invisível
te aguardo eternamente
e, eternamente, contente em flor,
serei cativa, tua serva mais fiel,
destilando leite e mel...
Para sempre
prisioneira do amor.
Quero você.
Não há em mim nada alheio à ti...
Todos os meus pensamentos
Todos os meus momentos
Toda a minha luz
e a minha obscuridade.
Meus segredos e minhas verdades
Toda a minha entrega e todo o meu pudor
Banho-me nas águas profundas do teu desejo
Anseio pelo doce do teu beijo.
Não há cura para mim.
Não quero a cura.
Quero você
e todo o amor do mundo que pudermos viver.
Soneto da saudade maior
Hoje, amor, a saudade de ti é mar. Amplidão
Minha adoração, tão sua, freme em minh'alma
Amo-te com um ardor tão forte e imenso...
Numa dor que dilacera,roubando-me a calma!
E enquanto os minutos correm_ Laços do tempo!
Pairo em relembrar as tuas últimas carícias...
Quando eu, alegre, me desertava sob teus beijos
E tu, te perdias em meios à mim. Tuas primícias.
Porque te ausentas de mim, meu ser amado?!
Amo-te com a urgência dos loucos insaciáveis
Com uma fome doida, maciça e desesperada.
Talvez eu o deseje demais para teus infinitos...
É que gero em ti minhas utopias e quereres!
Em ti torno-me magia e luz. Poema em revoada!!
O PEDIDO DO BEIJO.
Quero um beijo, pediu ele
Um beijo apenas que me cale o pranto...
Isso tocou o coração dela
Talvez ainda estivesse apaixonada;
mas sentiu ensejos de lhe oferecer a boca
adocicada do tremor na alma,
e daquele friozinho no estômago...
Ainda não era amor...
... Mas ela consentiu no beijo cálido e gentil
E quando nem mesmo viu,
era dela o pedido:
Dá-me um beijo querido meu!
E a poesia cresceu na alma daqueles jovens inocentes,
num pedido dele por um beijo,
no beijo que ela consentiu.
COM O QUE ME ENCANTAS..
O que mais me encantas em ti
Não é a beleza que trazes
Não é tua face corada
Não é tua boca vermelha
Não são tuas mãos macias
Não são teus cabelos perfumados
Não são a tua imagem, meu amor...
... Tua imagem tão fresca mudará com o tempo.
O que me encantas em ti
É o brilho do teu sorriso
É o olhar que à mim endereças
Confessando um amor quase inconfessável.
Sou encantado por quem és na inocência de se entregar
ao amor que vivenciamos à cada dia
És poesia...
E a poesia é eterna!
E o que me encantas em ti
é saber-te sempre minha!!
Ausências suas
Hoje você não veio amor.
Vi o sol nascer
A tarde caiu sobre minha esperança
e o anoitecer trouxe mais cinzas sobre a minha saudade.
Vejo a porta abrir,
mas é apenas o vento
me lembrando de que você,
hoje, foi só meu pensamento pregando peças
em minha solidão.
Não
Você não veio,
e creio que o esquecimento
também não virá.
Uma pena.
Escrevi um poema prá você.
... Talvez o leia em um outro dia.
Hoje não.
Hoje você não veio.
Então meu bem
não me peça nada...
Ordena e
ama-me apenas,
com minha cabeça posta no travesseiro de penas.
Doce, inocente e amorosa
Incógnita de mim mesma
Livre de alma para ti.
Somente para ti...
Eu,
que já nem me sei mais,
me deixo ser tua.
Sem véus
Sem segredos ou medos.
Pertencendo à ti,
me liberto!
Ternura é toque de carícia
doce, leve e sublime.
Quem oferece ternura se enleva
quem a recebe se torna melhor.
pois ternura é toque na alma.
Ternura é amor com outro nome.
Tenho tanta ternura por você...
TEU...
E no meio de todo esse sentimento
que transbordava minh'alma
desejo,paixões, entrega.
...Tanta verdade!
Dela eu extraí apenas flores, sorrisos
ternura e felicidade.
Resolvi ficar.
Nunca mais me ausentarei
desta paixão que me solidifica
e enobrece.
Tanto amor roubou meu "eu".
Já não me pertenço.
Sou teu!
És minha!
...E não te atrevas
a buscar astros
em quaisquer outros céus.
Deixe que te ame
e te farei
a minha estrela de maior grandeza.
Mas és minha
Minha rainha e
meu sublime amor.
Basta-nos a verdade dos nossos sentimentos,
dançamos ao embalo das ondas,
sob a imensidão de um mar azul
de ternuras e carícias...
Oxigênio?
... Dispensável!
Respiramos amor!
FAÇO AMOR CONTIGO!
Quando faço AMOR contigo
nada faço que não seja
fazer AMOR contigo!
Não penso
em nada alheio ao calor da tua pele
em atrito com a minha.
Não falo,
murmuro teu nome
como um dogma sagrado.
Translado
meu próprio desejo.
Fecho meus olhos e te vejo
como nunca te vira antes
na beleza de um instante...
Não sou eu,
somos nós e o universo
sob um céu de breu e estrelas.
Porque quando faço AMOR contigo
não sou nada
aquém ou além de AMOR.
VERSO, RIMA E AMOR..
Nunca usarei máscaras para ti.
Mostro-te minh'alma num verso
No amor que por ti professo
Na alegria que suscitas em mim...
Busco pérolas num mar de ventos
Trago-as numa concha de ternura
Banhadas de carícias e canduras
Na paixão dos meus sentimentos.
E quando o dia se fizer tristonho
Trarei flores para o teu colo...
... E lirismo para os teus sonhos!
Eis, amor, toma minha adoração
É tua_ Não há em mim segredo
És meu soneto. Verso, rima. Razão.
AMOR EM MUSICALIDADE
Fiz de ti a letra da minha canção
A música sublime e harmoniosa
A amante amiga pelo amor eleita
Meu jardim de rosas e açafrão...
Transladei meu medo e minha dor
No vinho inebriante da tua alegria
És todo meu conceito de amor...
És a razão de toda a minha poesia.
Deusa que segura a lua no meu céu
Na ternura que me encanta a alma
Nos teus lábios sorvi o vinho e o mel
À ti oferto minha paixão em verdade
És meu sonho e minha realidade...
Porque fiz de ti, amor e musicalidade!
ÉS OCEANO EM MIM
Amo-te como quem ama o mar que amo
Deixo as ondas beijarem meus pés
Sinto no rosto a carícia da maresia...
Canto uma música,
recito um poema
Contemplo o céu azul de tudo
a enlaçar as águas profundas
numa conjunção perfeita no horizonte eterno.
Faço-me barco solto ao sabor do vento
Amo-te como amo o mar que amo
E volto para casa...
... Assim como não o posso te-lo junto à mim,
sem no entanto esquece-lo.
Tão paradoxal
Sem no entanto ser conflito.
Amo-te como amo o mar que amo.
És oceano em mim.
Talvez você diga que estou,
ou
Seja carente...
Acredite querida:
Não é esse o caso!
O caso é que sou um admirador incorrigível
por tuas curvas, tua pele macia, teu cheiro,
tua feminilidade,
Este riso solto,
este jeito de mulher
que ainda é menina.
Não é carência meu bem.
É amor mesmo!
DOCE SUBMISSÃO
Quando o coração grita
Todo o resto se cala
em submissão.
Quando o corpo exige
o desejo quase agride
sufocado de paixão...
Te quero meu senhor
submissa aos teus afetos
Não nego
Cedo
Concedo
Ofereço-te minh'alma alma
e meu corpo,
e sem ambivalências
Me entrego...
Te quero sim, meu doce senhor
Bonito e sóbrio
Arfante e pulsante
Me beijando a nuca
Me calando a boca
Me deixando louca
Amando-te com toda a submissão
neste delicioso e quase angustiante amor lúcido
e ao mesmo tempo
isento de qualquer razão!
Sinto tanto a tua falta
Desejos de dizer gracejos e bobagens,
sabendo que mecho com seu libido
de menino de mar,
bandido.
Sinto falta de brincar de amar contigo!
... Mas também sinto a brisa no rosto,
E por sentir a brisa no rosto fecho os olhos
e invoco tudo de bom que me deste.
E me deste muita coisa bonita para eu lembrar meu amor.
Muito...
Por isso rabisco mais um verso!
Eu poderia jurar que vi o verso
perfeito na curva do teu pescoço
quando passei minha boca por lá...
... Mas seu gemido não me permitiu
registrar as palavras.
Desci para os teus seios
e me perdi
nos entremeios de tua alma.
Mas eu vi,
tenho certeza que vi poesia ali.