Coleção pessoal de eliana_mora

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Nunca cometi um erro na minha vida, pelo menos um que eu próprio, mais tarde, não pudesse explicar.

Os princípios são os princípios, nem que o sangue tenha de correr pelas ruas!

Tenho seis servos que me ensinaram tudo o que sei: O quê?, Porquê?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?

Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.

É mais difícil esconder a ignorância do que adquirir conhecimentos.

Conheço muitos que não puderam, quando deviam, porque não quiseram quando podiam.

A alma humana é como um abismo que atrai Deus, e Deus precipita-se nele.

A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova.

A arte deve ser um órgão moral da vida humana.

A ciência descreve as coisas como são; a arte, como são sentidas, como se sente que são.

A imaginação é a visão da alma.

Os fracos nunca podem perdoar.

A vida merece algo além do aumento da sua velocidade.

A felicidade é composta de pequenos prazeres.

A pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo.

Ternura

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.

Despedida

Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)

Quero solidão.

Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.

O braço constrói, o espírito eterniza.

O meu coração quebrou-se
Como um bocado de vidro
Quis viver e enganou-se...