Coleção pessoal de elciojosemartins
QUANDO A JANELA SE ABRIR
Quando a janela se abrir qual a imagem nossos olhos enxergarão?
Quando a janela se abrir qual mundo iremos encontrar?
Quando a janela se abrir quais criaturas teremos conosco?
Quando a janela se abrir quais políticos nos representarão?
Será o azul do céu?
Será o verde da natureza?
Será o rio e suas cascatas?
Será a beleza das aves?
Será o sorriso de uma criança?
Ou será a nuvem negra da tempestade?
Pode ser que nada mudará...
Dentro do pensamento momentâneo tudo será diferente...
As pessoas serão melhores;
Os políticos agirão na defesa dos cidadãos;
A sociedade será mais justa;
O SER será superior ao TER;
Os valores humanos serão maiores que os valores materiais
Somos responsáveis pela imagem da janela após a pandemia CORONAVÍRUS?
Quando a janela se abrir...
Élcio José Martins
A Páscoa e o contágio humano
Como o coronavírus que é transmitido de pessoa para pessoa, assim é a Páscoa. O contágio da páscoa também se faz de humano para humano. É o contágio do amor. O sussurro da tosse alegra a alma, o fluxo dos espirros espalham fluidos de bondade e fraternidade. A água e o sabão lavam e perfumam as mãos da caridade.
As máscaras são defesas das maldades.
O vírus do amor não fere, não dói e não mata. O amor é gentil e paciente, tente!...
O vírus do amor faz renascer a fé e a esperança. Se o contágio pega, porque não fazê-lo com palavras doces, motivadoras e carinhosas?
Assim se espalha o amor. De humano para humano. De coração pra coração.
Élcio José Martins
O CORONAVÍRUS E A CRUCIFICAÇÃO
O Coronavirus é a crucificação humana provocado pela própria ação humana. A crucificação de Jesus foi o vírus da insensatez e da arrogância. A cegueira do poder fez a justiça de um olho só. Mesmo sabendo que a vida é breve e que dela nada se leva, o homem continua sendo o lobo do homem. A crucificação humana continua VIVA nas canetadas e decisões do poder. Quiçá o pequenino vírus vacine os corações humanos de bondade, de amor e de fraternidade.
Élcio José Martins
O SOBE E DESCE NO ACHATAMENTO DA CURVA
Veio o Coronavírus e trouxe consigo a COVID 19.
Um vírus chinês ou vírus da China.
Veio com ele a crise e o desemprego,
Com empresas falindo e pedindo arrego.
Trouxe a morte. Tirou o sossego.
Mas o vírus brasileiro de onde veio?
Veio da China?
Da Itália, da Inglaterra, da França?
Da Alemanha, da Espanha?
Pode ter vindo da Austrália ou dos Estados Unidos?
Ninguém sabe. Mas ele chegou aqui. De algum lugar ele veio.
O vírus é viajante.
É poliglota e andante.
Embora veio distante,
Até no mineirês é falante.
Trouxe com ele frases estranhas:
O achatamento da curva;
O pico da pandemia.
Respeitem a quarentena;
Usem álcool em gel;
Lavem as mãos e fiquem em casa.
Mas as águas estão turvas,
As mãos esperando as luvas.
As parreiras escondendo as uvas,
E as nuvens segurando a chuva.
É briga de foice no escuro,
Ninguém está imune e seguro.
É uma grande confusão,
Muita gente dando opinião.
Ninguém tem razão.
Uma enorme indagação.
Mas a grande questão é
Se é a saúde ou se é o pão.
Solta o preso por causa da contaminação,
Prende o cidadão que andou na contramão.
O preso está livre e o livre está preso,
É a segurança ao avesso e a liberdade o desprezo.
Fala mais alto o político de ocasião,
Há muito interesse em questão.
Perde o empregado, perde o patrão.
Perde-se a ética, perde-se a razão.
Por ironia do destino e do entendimento torto,
De cidadãos por Deus vacinados,
No dia a dia dão o recado.
Os sacrificados. O médico e o enfermeiro,
Dentre outros, o sofrido lixeiro.
Em que tempo e lugar está a solução?
Há muita incerteza na tomada de decisão.
Perde o rico, perde o pobre. Perde toda a Nação.
Está longe a saída nos meandros da suspeição.
Élcio Jose Martins
SAÚDE OU TRABALHO NO TEMPO DO CORONAVÍRUS
Uns pedem saúde com quarentena e resguardo,
Outros pedem trabalho com os EPIs e seus cuidados.
Não é hora de falar quem tá certo ou quem tá errado,
É hora de vestir quem tá nu ou tá pelado.
As ordens dos governos vem de uma tal ciência,
Que por ser nova ainda falta eficiência.
Nem tudo é feito com prudência,
Os mais incautos já perdem a paciência.
O descanso no lar é salutar,
É muito bom para família se aproximar.
Quem tem canoa, força, resistência e remo pra remar,
Não precisa se preocupar porque nada vai lhe faltar.
Há aquele que tem família pra cuidar,
Não tem canoa e nem água pra nadar.
Urge a pressa pra trabalhar e seu sustento ganhar,
O que mais lhe aflige é a necessidade familiar.
Autônomos, Micro empreendedores individuais,
Pequenas empresas e outras mais,
já sentem o drama que esta quarentena faz.
Na diversidade de informação,
Torna difícil uma decisão.
Em um País continental cada município tem seu dilema,
As necessidades não são iguais na escolha da quarentena.
A quarentena exige ficar em casa,
É uma das maneiras desse vírus cortar as asas.
Usar máscara, álcool em gel e lavar as mãos com água e sabão
É noticiado aos ventos que é a boa solução.
Sair da quarentena e voltar ao trabalho,
Pode não ser o zap mas é uma boa carta do baralho.
Das exigências ora colocadas,
Somente ficar em casa é uma obra inacabada.
No trabalho os EPIs poderiam ser usados,
Cada um cuida de si e também do seu quadrado.
Somente ficar em casa aquele que o risco maltrata.
A fome é incolor, invisível e também mata.
Ficar em casa é apenas uma opção,
É o ócio forçado de quem tem ocupação.
Voltar ao trabalho com a devida proteção.
É ter mais uma opção. É o pensar em ação.
Élcio José Martins
O CORONAVÍRUS ESCANCAROU DE VEZ
Veio com força e velocidade,
Trouxe em sua bagagem doença e letalidade.
Gerou dor e crueldade,
Fechou a indústria e o comercio e separou a sociedade.
Fez o governo agir;
Fez o Ministério da Saúde reagir;
Fez a ineficiência do sistema emergir.
Mostrou que ainda há muito a construir.
Veio à tona a fragilidade política,
A corda não arrebenta e nem estica.
Deixa turva a água, na bica,
Na busca do caviar, deixa distante a massa da canjica.
As famílias estão aprendendo um novo conviver.
Reunidas, nem sempre unidas.
A convivência compulsória advém da busca da vida,
Querer viver, pode melhorar o conviver.
Estão escancarados o temor e o medo,
Medo do vírus e medo do desemprego.
Medo das incertezas de quem a governa,
A luz no fim do túnel ainda é a da lanterna.
Escancarou de vez que a corrupção não acabou,
Onde tem dinheiro público vira o vira virou.
A população que por vezes sangrou,
Vive à mercê do poder a quem delegou.
Escancarou as várias formas de amar,
Escancarou as virtudes e o encantar.
Ainda há o riso, mesmo com a vontade de chorar,
Não há realidade dura que tira do homem o direito de sonhar.
Élcio José Martins
VIVER E CONVIVER
Na busca de querer viver, o homem descobre que havia esquecido como conviver.
Viver é sentir o coração bater.
Conviver é riso, mãos e braços. É o abraçar com querer.
Conviver é o Eu te amo, poder dizer.
Conviver é poder agradecer.
Obrigado!
Élcio José Martins
UM SENTIMENTO POÉTICO
O sentimento poético,
Do riso cínico e do choro patético,
Tateia na curva sob o olhar cético.
Nas noites cinzentas do pensamento ético.
A mentira tem mira no condão do discurso.
O rio é o mesmo navegando em seu curso.
A corrupção e a ganância miram a larva e o recurso,
É o velho e o novo no mesmo percurso.
O sentimento desnuda a alma miúda.
Chora a face sisuda da desavença bocuda.
É um sentimento profundo clamando o amor,
Enrolado na mente com pétalas de flor,
É uma luz, é um sonho. Um afago consolador.
De um mundo mais justo e mais promissor.
Que a paz e a esperança
tenham um novo amanhecer.
Na batuta do tempo
e no seio do poder.
Élcio José Martins
AS MUDANÇAS NO TEMPO E NO ESPAÇO
Eram tropeços e proezas
Com mãos ágeis e firmeza.
Tempos fartos sobre a mesa,
Sorriso franco e delicadeza.
O jardim sempre florido e
O luar mais colorido.
Pés cascudos e atrevidos,
Dedos sangrando em dolorido.
A bola era de pano,
Estilingue de goiabeira.
Já se ouvia Betânia e Caetano.
A viagem era de jardineira.
Causos na beira da calçada,
Reunida toda a moçada.
Era causo de arrepiar,
Até pelo jeito do vovô contar.
O campo era na rua de terra,
Jogava-se bola e peteca.
Os gols marcados com pedras ou paus.
Tinham meninos calmos e meninos maus.
Os pais eram bravos,
Não tinham rosas e nem cravos.
As palmadas eram costumeiras,
Coitados dos quem faziam besteiras.
Os brinquedos eram criados e inventados,
Muito pouco era comprado.
Bola de gude, peão, pique e queimada,
Faziam a alegria da criançada.
Tudo era mais difícil e mais simples,
Os mais espertos pareciam príncipes.
Na escola tinha muita disciplina,
E só existiam, menino e menina.
Hoje os tempos mudaram,
Mais fáceis e estranhos ficaram.
Tudo é comprado pelo preço mais caro,
É do bom e do melhor, sem o mínimo preparo.
É a moda que manda no costume geral,
É o tempo do enredo do tudo igual.
A construção do produto final,
É a moda do luxo e do artificial.
A família deixou de ser principal,
A educação tropeçou no primeiro degrau.
As notícias veiculam num tempo meteórico,
Nada se come porque tudo é calórico.
A modernidade assusta, mas é irreversível,
A tecnologia deixou quase tudo possível.
O mundo ficou pequeno e quase no mesmo nível,
Vai ficar para trás quem não achar que isso é crível.
O conhecimento geral que antes era banal,
Hoje tem muito peso no produto final.
O conhecimento é o ponto principal,
Para se tornar imprescindível e ser especial.
O individualismo está perdendo tempo e espaço,
A parceria é o presente e a beleza do laço.
Não existe gol feio, é preciso um golaço,
Só terá a vitória quem enxergar o rabisco e o traço.
Élcio José Martins
O RECLAMÃO
Comportamento humano não tem uma regra, mas existem situações e ações humanas
Que são quase um modelo.
Todos nós conhecemos aquela pessoa que reclama por tudo.
Não tem peso e nem medida, qualquer coisa, pequena ou grande, sempre reclama.
Pois é. Precisa-se apreender conviver com esse tipo de pessoa.
Como ele reclama de tudo, o melhor é não colocar sentimentos nisso.
Se ficar sentido pelas reclamações, vai ficar mal para sempre, porque, por qualquer ação sua,
Algo que não o agrade, haverá a reclamação. Quase sempre áspera.
Ao contrário, aquele quieto, que não tem esse hábito, cuidado.
Não faça nada errado. Esse sim, vai agir quando a situação é grave.
Ao contrário do anterior, ele vai agir com o rigor proporcional à falta cometida, ou seja, com mais justiça.
Élcio José Martins
CAROL CAROLINA
Carol Carolina,
De jeito menina.
O babado termina
Quando ela se aproxima.
Carol da pele queimada,
Da aura iluminada,
Enfrenta a parada,
Rasgando a encruzilhada.
Carol de sustenido e bemol,
Adora sol.
Brancura de lençol,
Elegância e cachecol.
Carol Carolina,
De jeito menina.
O babado termina
Quando ela se aproxima.
Carol Carolina,
De beleza divina.
O céu se ilumina,
Quando ela se aproxima.
Carol Carolina, tem na face ternura,
No andar, elegância e postura.
No falar, uma suave doçura,
No sorriso, meu Deus! Que loucura!
Élcio José Martins
GRAU DE IMPORTÂNCIA DE UMA PESSOA
Quem é mais importante?
Conversando com um amigo sobre o assunto,
descobrimos que o grau de importância de uma pessoa
está relacionado ao outro e não a si próprio.
Cada um de nós é importante para alguém em algum
momento da vida ou durante um bom tempo da vida.
O grau de importância de alguém não está relacionado
ao seu status quo, ao seu dinheiro ou à sua profissão.
Quer saber o seu grau de importância?
A resposta é clara.
- A sua importância está balizada nas pessoas que o consideram como tal,
ou seja, está no outro, aquele que faz parte do seu relacionamento ou
da sua amizade, não está em você.
Élcio José Martins
A DOR DELA
A dor era dela.
A dor que ela sentia era dela.
Era dela a dor que ela sentia.
Era grande a dor dela.
Não era dele aquela dor.
Não era dele a culpa da dor dela.
Era grande a dor dela.
Mas não era dele a dor dela.
Mas o amor. Ah o amor!
Fez doer nele a dor que ela sentia.
A dor que ela sentia agora também é dele.
A dor que era só dela, agora é dele e dela.
E assim, nesse sentimento nobre, vem a cura da dor.
Quando o amor entrou, a dor se dissipou.
Élcio José Martins
O LIXO
Sentei na calçada da rua,
Para ver o que acontecia.
De cara eu encontrei,
O caminhão de melancia.
Passou carro pequeno e carro grande,
Passou gente bonita, alegre e elegante.
Uns paravam e conversavam,
Outros, nem cumprimentavam.
Logo passou o caminhão de lixo.
Levou restos e o que não mais prestava.
Levou até o mal cheiro que já incomodava.
Isso me fez pensar, que era hora e era tempo,
De desfazer de meus lixos recheados de sentimentos,
Deixando o caminhão levar, minhas mágoas e ressentimentos.
Élcio José Martins
ACADEMIA DO CORAÇÃO
Levei meu coração pra malhar,
Era hora de mudar.
Enferrujado de tanto sonhar,
Estava perdendo o encanto de amar.
Sonhar é preciso mas pede realização,
Somente batendo a massa que se faz um delicioso pão.
Na igreja o padre faz o sermão,
É só teoria se a gente não puser a mão.
Na academia encontrou gente feliz e sedutora.
Ficou enfeitiçado pelo sorriso da professora.
Foi amor à primeira vista de uma alma encantadora.
Quando a janela da alma se abre,
Nada tem medida e tudo nela se cabe.
Quando chega o amor, o coração é o primeiro que sabe.
Élcio José Martins
CINQUENTA TONS IGUAIS
São cinquenta tons iguais,
Nada de menos e nada de mais.
Todos querem ser os tais,
Mas esquecem que a vida é curta demais.
O mundo não é perfeito,
Nem a culpa é do prefeito.
Mas se quero fazer bem feito,
O direito do outro deve ser valorizado e aceito.
Na política sempre quero ter razão,
Respeito apenas quem tem a mesma opinião.
Mando as favas quem me faz oposição.
Deus pede a paz e a união,
Não cabe a mim denegrir o meu irmão.
Ser justo e respeitoso com o outro deve ser a minha missão.
Élcio José Martins
FECHEI A CARA PRA TRISTEZA
Fechei a cara pra tristeza,
Incomodado com sua esperteza.
Ela tem muita destreza e sabe que é moleza,
Tornar o choro gigante de quem só sabe o caminho da incerteza.
Ela é insistente e não anda a reboque,
Embriaga com seu fel deixando sua vítima de porre.
Ela adora os meandros que percorre,
Vibra de alegria em cada lágrima que corre.
Mas nos fardos que carreguei,
Fortes aliadas eu encontrei.
Eram elas as grandes virtudes que sonhei.
Encontrei a fé, a bondade e a caridade,
Me deixando sem folego, de tanta simplicidade.
Fechei a cara pra tristeza, hoje é só felicidade.
Élcio José Martins
FORRÓ DO CUMPADI ZÉ
Pedi pra minha mué,
Pra i no forró do cumpadi zé.
Fica do oto lado da serra, umas cinco léguas de distança.
Tem que pulá treis corgo. O pirigo são as onça.
Puis o arreio no burro filó,
Carcei a bota e visti o palitó.
Puis a ispora que comprei no Vardomiro,
Peguei a garrucha qui só dá treis tiro.
A minha muié ficô bem zangada, mais intendeu.
Opa! Tava isqueceno o rebenque qui tio jaquim mi deu.
Coloquei o chapéu e parti istrada a fora.
Nu outro dia ia vortá, mais choveu muito e incheu os corgo.
Fiquei sem jeito de i. Já pensei nu qui a muié ia fala.
Cheguei de tardinha. Uai, num é qui minha muié tava mi isperando sô!
Élcio José Martins
A VIDA DEVIA SER UM POEMA
Um poema é cheinho de amor,
De todo jeito e de toda cor.
Nele não há espinhos. Não existe rancor,
Fica longe da dor. Simplesmente exala o perfume da flor
O poema fala da lua enamorada,
Fala das estrelas e da pessoa amada.
É no poema que nasce o perdão,
Onde a alma canta nas batidas do coração.
O poema tem recheio de afeto e de carinho.
É o pássaro cuidando de seu filhote em seu ninho.
É amor em redemoinho. É o cuidar direitinho.
Assim deveria ser a vida. Livre, leve e atrevida.
A felicidade seria plena. Destemida.
Ai eu recitaria o amor. Recitaria o poema da vida.
Élcio José Martins
A MULHER E A COSTELA!
Deus criou a mundo,
Criou o universo, criou os animais.
As aves no céu e os peixes no mar.
A fauna, a flora e tudo que rasteja sobre a terra.
Criou o homem à sua imagem e semelhança.
À sua imagem o criou.
Todo poderoso!
Superior a tudo e a todas as coisas.
No sexto dia criou a mulher.
Deus tirou do homem, sem ferir e sem doer,
Parte de sua costela, e, num sopro,
Fez uma linda dama e companheira.
Mas porque criar a mulher se o homem já era tudo?
Por que a criou só no sexto dia?
Deus queria a multiplicação.
A disseminação da vida na terra.
Crescei e multiplicai!
Esse macho criado era bruto,
Precisava ser forte para seus afazeres.
Caçar, pescar, colher frutos, dentre
Outras responsabilidades. Precisava também
Se defender dos animais selvagens.
Mas Deus pensou, pensou, pensou!
Para dar continuidade à espécie é
Preciso alguém especial. Que tenha doçura.
Que seja frágil no porte, mas forte na alma.
Alguém que alimenta e acalma.
E aí Deus fez a mulher.
Quero crer, não foi da costela.
A imaginação é fértil.
No lugar da costela não poderia ser o útero?
Deus precisava de alguém para dar continuidade à espécie.
Por isso fez, com todo esmero, essa grande obra.
Algo muito especial, de pura beleza.
Tirou do homem o útero e o deu à mulher.
E a fez mansa, e a fez frágil.
E a fez à sua imagem e semelhança.
E diz!
Agora, homem e mulher.
Crescei e multiplicai.
Élcio José Martins