Coleção pessoal de elciojosemartins
COM O TEMPO TUDO MUDA
As pernas já andam cansadas,
A visão necessita de ajuda,
A audição já não ouve o mesmo som,
A voz está meio rouca e mais branda,
O paladar continua esperto, mas nem tudo pode ser ingerido.
MAS,
As pernas andam por caminhos mais livres,
O olhar passou a enxergar o que estava oculto,
Ouvir transformou-se em um ato de virtude,
O falar passou a ser mais doce e direcionado aos corações, não aos ouvidos...
O momento das refeições transformou-se em um ato de amor, fé e espiritualidade. Momento de agradecimento...
Élcio José Martins
NADAR OU NADAR
O momento que estamos vivendo é como atravessar um rio a nado, sem conhecê-lo.
Não sabemos se nele tem jacarés, cobras, paus, pedras, buracos ou qualquer outro risco iminente.
Não há recuo. A travessia tem que ser feita. O conhecimento do leito vem no peito e na raça.
O desconhecido vai sendo descoberto à medida que avançamos rio afora.
O segredo é vencer o medo. O medo tira a força. Sem força há o risco de não atravessar.
Não é hora de morrer na praia, avançamos, pois, com fé e confiança, acreditando que somos capazes de vencer mais essa etapa de nossas vidas.
Élcio José Martins
A MADURA IMAGEM NO ESPELHO
A arte refletida na face do tempo,
É o encontro da história com o suspirar do momento.
Das rugas, lamento,
Da imagem, descobrimento,
Da realização, contentamento,
Das pinceladas do tempo, entendimento.
A maquiagem muda os traços pincelados,
Encobrindo anos do tempo passado.
De um lado vem o desagrado,
De outro lado a colheita do semeado.
A imagem do agora,
É bonita e enamora.
Tem alma. Está dentro e está fora.
Há um coração, que às vezes ri e às vezes chora,
É meiga,
Sonhadora,
Sedutora,
Acolhedora.
Seus olhos são faróis,
Tem a cor dos girassóis...
Sua boca, brancura sorridente,
Seus lábios, um brilho incandescente.
Vê-la todo dia,
Engrandece a simpatia.
O amor que irradia,
Mata a morte e a apatia.
Seu sorriso encanta,
Uma musa, uma Santa.
De postura estonteante,
Ama o corpo,
Beija a face,
Há júbilo no semblante.
Nesse ensaio sensual,
De alegria e alto astral,
Vira peça teatral,
Desse encontro casual,
Seu decote induz ao delírio,
É uma rosa,
É jasmim,
É mais que lírio!...
Tem o cheiro do mar a sussurrar,
Tem a cor da brisa a afagar.
Queria toda pra mim,
Ser seu cravo,
Ser seu tudo,
Ser seu jasmim...
Élcio José Martins
QUERO O RIO AO VENTO
Quero o rio...
Suas belezas e cascatas,
Sua brisa e serenata...
Quero o rio que passa e que fica.
A mina d’água e a água da bica.
Quero o rio que dorme e levanta todo dia,
Alegre, vibrante. Eterna sinfonia...
Quero o rio e o peixe,
Ouvir o som da água batendo na rocha,
Sentar à margem, sonhar e pescar,
Contar causos, rir e cantar...
Quero aos ouvidos balbuciar,
Tocar e olhar no olhar.
Sentir os respingos das gotas em quedas,
Ver o florir e a semente germinar,
Colher o fruto que ele ajudou a plantar.
Não quero o vento que vai embora,
Pode ser lento ou pode ser forte,
Pode voar a vinte ou a cem quilômetros por hora.
Pode vir do sul ou pode vir do norte,
Poliniza as flores, mas pode causar mortes.
O rio é perene,
O vento é passageiro.
O rio é a calma e a poesia,
O vento é o medo e a arrelia.
O rio é vida,
O vento é a ferida.
Quero a paz do rio,
Não quero a volúpia do vento.
Não quero passarinhos assustados,
Quero passarinhos felizes e enamorados.
Quero o rio na tranquilidade de seus meandros,
Não quero o vento que leva a vida e é malandro.
Élcio José Martins
VIOLA DESTEMIDA
As cordas afinadas da vida,
São livres e distraídas.
De sonoridade atrevida,
Enche de sorriso e graça, o coração da ESCOLHIDA.
A nota DÓ faz na cabeça um nó,
A nota RÉ dribla a vida com a maestria de Pelé.
A nota MI eleva o poder da fé,
E do fogão caipira que vem o bule de café...
A nota FÁ vem de Belém,
A nota SOL traz a saudade de alguém,
A nota LÁ faz a saudade chorar por ti,
E a nota Si me satisfaz, Faz-me lembrar, que um dia te pertenci.
Oh! Viola destemida que canta a alegria e a tristeza!
Foste tu a lembrança de minha proeza!...
Do tilintar de suas cordas veio uma certeza.
O homem veio ao mundo apenas para amar,
Essa é a sua natureza!
Élcio José Martins
ENTRE O SOL NASCENTE E O SOL POENTE
Entre o Sol nascente e o
Sol poente existe o
Dia. Frio ou quente!
Mesmo com algumas
Nuvens ele é presente.
Assim é a vida:
Entre o nascer e o morrer
É que a vida faz acontecer.
Não pedimos para nascer,
Nem decidimos quando morrer,
Mas enquanto existir o viver,
Cabe a cada um fazer acontecer.
Élcio José Martins
DESCOMPLICANDO...
O Cidadão fala sem pensar,
Pensa muito e pouco fala...
Quando deve falar, se cala.
Fala aos ventos, quando deve se calar...
É um turbilhão de incoerências,
No seu mundo do avesso e controverso.
Sua razão vira reticências,
A força da rima é maior que o verso.
Quando fala, é perverso,
Quando cala, é egoísta.
Acusado, desconversa,
Acuado, é vitimista.
Sua Pátria está distraída,
Sabe o resultado mesmo antes da partida.
Morre de bala achada e perdida,
Seu Direito está magoado e sua fé está ferida.
Mas a tempestade também passa,
Como passa o fogo que vira fumaça.
Nada ganha se fizer pirraça,
Para vencer o jogo, é preciso habilidade e muita raça.
Élcio José Martins
O PENSAMENTO É O FALAR EM SILÊNCIO
O pensamento é o falar em silêncio,
O grito com prudência,
A calma com coerência,
É o calar-se mesmo querendo gritar...
Já voei bem alto no meu silêncio,
Já naveguei mares raivosos com a bússola do meu silêncio.
Já fui, por vezes, silenciado no alheio silêncio,
Embriaguei-me, por vezes, por não ouvir o meu silêncio...
O silêncio do pensamento
Pode ser tempo e contratempo,
O tormento e lamento,
O respeito e crescimento.
Já disse tanta coisa no meu silêncio, só,
Até meus ouvidos se fecharem de dó.
Já cantei em público, a música que sonhei,
Já fui Dom Juan, já fui Deus e já fui Rei.
No silêncio do pensamento, a alma exorta,
O coração conforta.
Fecha a tranca por dentro da porta,
O discurso é interno. O que vem de fora, não importa...
O silêncio eleva e transforma,
É meditação e reforma,
Tempera e contorna,
Protege-nos do que está dentro e está fora.
Tem o silêncio do medo,
O fugir pra dentro, degredo,
Vem do apontar o dedo, a palma da mão,
É a bala de hortelã transformando-se em bala de canhão.
Há o silêncio da depressão,
Que destrói e aniquila a compreensão.
É o fechar em copas, sem noção.
O amor é o remédio, cura a alma e o coração.
O pensar alto tem caminhos inversos,
É um poema que falta leveza em seus versos.
São contos de dilemas perversos,
Verbos rimados em ritmos controversos.
O pensamento pode abrir caminhos ou fechar fronteiras,
Se for ruim, varre-o com a sujeira,
Se for bom, ajeite-o na prateleira.
Abuse das virtudes, acalme-se!
Faça da Justiça, sua inseparável companheira.
O silêncio é virtude,
Faça o certo, mesmo que destino mude.
Élcio José Martins
AS MENINAS DA MÚSICA SERTANEJA
As mulheres vencem o medo,
Desatam os nós de seus segredos,
Dedilham as cordas do violão com elegância,
Seus acordes soam bons sentimentos,
Mágoas, perdas e sofrência.
As vozes melódicas da música sertaneja repousam:
Nos leitos do amor,
Nos braços dos amantes e
No coração dos apaixonados.
As meninas saíram do anonimato,
Pediram passagem para o estrelato,
Subiram as escadas e tomaram conta do palco,
Levaram a tiracolo o perfume gostoso da relva e do mato.
São mulheres destemidas, alegrando a vida,
Representam a força da mulher, forte e aguerrida.
Brilham como as estrelas no céu azul,
São respeitas do Leste ao Oeste e do Norte do Sul.
São damas cantoras, musas, divas, belas!
Receberam o dom. Deus está com elas...
No alto construíram seus ninhos,
Cantam a vida, como cantam os passarinhos.
Suas vozes trazem paz e abrem caminhos,
A afinação vem do berço. Aprenderam direitinho...
Élcio José Martins
O RELÓGIO
Marca o tempo, marca a hora e melhora a memória,
Tem beleza, tem formato e tem história.
Tem o de corda, o digital e o automático,
Tá na parede, tá no bolso ou ta no braço.
Pode ser de pulso,
Pode ser de parede.
Pode ser de bolso,
Pode ser no celular.
Pode apenas marcar a hora,
Pode ser despertador.
Marcar a hora do trabalho,
Marcar a hora do descanso.
Marcar a Hora do encontro,
Marcar a Hora do amor...
O relógio é uma peça de beleza,
Usa o pobre e a Nobreza.
Quando atrasado, não adianta nada,
Quando adiantado, corre por nada.
Mede as horas,
Os segundos e os minutos.
Mede o tempo que não para e
Ameniza a doença que não sara.
Mede o tempo à espera do socorro,
Mede o tempo do campeão.
Mede o tempo do coração apaixonado
À espera do grande amor,
Mede o tempo da aflição.
Marca o tempo da alegria,
Marca o tempo da tristeza,
Marca o tempo da dor,
Marca o tempo da prisão,
Marca o tempo da solidão...
Um minuto pode ser muito tempo,
Vinte e quatro horas pode ser pouco tempo.
Pode ser novo,
Pode ser moderno,
Pode ser antigo.
Não importa o modelo, o formato ou a idade,
O relógio acorda cedo, alegrando a cidade.
Dizem que mineiro não perde o trem.
Santos Dumont tem participação nesse trem.
Pode ser que o relógio seja coisa do além,
Dividiu o tempo do Homem de Jerusalém.
Élcio José Martins
O SILÊNCIO
O silêncio é um livro fechado,
Lacrado e preso com cadeado.
Seu conteúdo não é falado,
Mas no fundo, traz um recado.
O silêncio da alma que adoece,
É na tristeza que acontece.
O tormento tira a força do bom pensamento,
A ansiedade dilacera o espírito e o contentamento.
O silêncio pode ser proposital,
Pode ser para exercer o bem,
Pode ser para exercer o mal.
Pode dizer muito sem uma única palavra,
É muita sabedoria de quem já conhece a estrada.
Às vezes, acontece em momento de raiva,
É o grito ponderado da língua que trava..
O silêncio é a raiz submersa que
Segura a árvore quando o vento atravessa.
O silêncio é a semente em solo fecundo que
Que gera o fruto para alimentar o mundo.
O silêncio pode ser magia,
Contrário da utopia.
Quem exerce o poder da sabedoria,
Faz a letra, a música e ainda canta a melodia.
Élcio José Martins
O SORRISO
O sorriso lapidado na mão do artista, é mais sorridente,
faz a arte embelezar a mente,
traduzindo contente, o que a alma sente.
O sorriso é a janela que abre todas as manhãs,
Ansiosa, para receber os raios
de amor do sol nascente.
O sorriso que me destes, embebedou-me.
fez luz, meus olhos azuis,
acompanhou-me nas minhas lembranças,
fortalecendo minha alma de esperança.
A luz luminosa da brancura sorridente,
como raio flamejante, resplandecente,
alegra o coração que sente,
fazendo contente, o espelho da gente.
Élcio José Martins
AUSÊNCIA E INCERTEZA
O distraído tropeçou
No lapso da consciência,
Sentiu a dor da ausência,
Perdendo a calma e a paciência,
Da total inexistência,
Aumenta o peso da carência,
Até mesmo a fé e a crença,
Viram fumaça e decadência.
A apartação do distanciamento
Fez na janela, o aparecimento.
Nesse desaparecimento privativo
Mora o tédio, a saudade e o medo.
Na carência do curativo
Surge o questionamento do motivo.
A exiguidade do tempo,
Desse seu alheamento,
Fez da vida esquecimento,
No apertado apartamento.
Nesse momento de apartação,
Unido na separação,
Traz no bojo, privação,
Desesperança e abstração.
No absentismo da carência
Foge do raio, a coerência.
Na exiguidade do tempo,
Força o indivíduo ao afrouxamento.
Na escassez do nada,
A soma do pouquinho constrói morada.
Faz o caminho da manada.
A esperança sai em busca do sagrado,
Mais uma vez aumenta o desespero do desesperado.
Élcio José Martins
A INSENSATEZ DA DESESPERANÇA
Nossa vida ficou muito atribulada,
Até meio atrapalhada,
Mesmo sendo governada,
Algo vai ficar pra outra jornada.
Para tudo falta um fim,
O tiro é de festim,
A lâmpada é de Aladim,
É do aspirante o espadim.
O tempero tá sem sal,
O ego do bem é menor que o mal.
A escada é em espiral,
Na confusão, vem o lapso temporal.
O cheiro é de relva seca,
A cozinha tá sem receita,
A febre é alta, parece maleita,
Por falta de chuva não tem colheita.
O Juízo tá sem juízo,
Os lábios e a boca sem sorriso,
Secou a grama do jardim do paraíso,
O rio de lágrimas está de sobreaviso.
Busca de algo, será o quê?
Sem resposta, qual o porquê?
Mas tudo teima em querer,
É chegada a hora de um novo caminho a percorrer.
A poeira fina tá levantada,
Ouvem-se os gritos e berros da manada,
A calça tá rasgada e a camisa tá suada,
A enxurrada foi danada,
Deixou pedras na calçada.
A porta é estreita e bem fechada,
Fugiram os desvios e encruzilhadas,
Velhas doutrinas foram empilhadas,
Só teve aumento, as vestes esfarrapadas.
A honestidade ficou descarrilada,
As nádegas desfilam livres das palmadas.
Nem de cócegas tem risada,
Estão livres os mandatários da ordem improvisada.
O brio perdeu o brilho,
Egos foram afiados no esmerilho,
Dedos firmes apertaram o gatilho,
Nossa Pátria mãe perdeu seu filho.
Nas águas turvas da incerteza,
Aprenderam contar notas com destreza,
Até a cueca perdeu nobreza,
Virou baú da esperteza.
Élcio José Martins
Debaixo da árvore
Debaixo de uma árvore
Tem um homem e
Uma sombra.
A sombra da árvore.
O homem não tem sombra,
Esconde-se na sombra da árvore.
Ele só terá sua sombra
Quando sair da sombra da árvore.
A sombra traz o frescor,
Diminui o calor.
A sombra é o lado oposto ao sol.
Para que homem tenha sua sombra,
Ele deve estar entre a sombra e o sol.
Mas não é fácil sair da sombra,
O calor escaldante queima e arde.
Enquanto o medo do sol, existir,
O homem não verá sua sombra fluir.
Um dia esta árvore poderá ser cortada,
Um raio poderá destruí-la,
A velhice seu ápice atingir.
Poderá não mais existir.
Ai, a sombra da árvore,
Fresca e calma não mais existirá.
É nesse momento que sombra
do homem surgirá.
E sua sombra o seguirá para sempre!
AS LETRINHAS DA COMUNICAÇÃO
OI,
Por onde andas?
Ainda está VIVO?
O dia já está CLARO e
Você ainda não me ligou.
Liga-me!
CLARO que estou bem.
De quarentena e me protegendo,
Dando TIM TIM à vida e
Cachaça ao Coronavírus.
Como o risco do contágio
Ainda não está CLARO,
Preferi ficar em casa.
Hoje percebi que já era tempo
De ocupar melhor o tempo.
Resolvi dar um sopapo na tristeza e
Um OI para a vida que VIVO.
Troquei um OI por TIM...
Agora VIVO. CLARO!...
Como é CLARO que estou VIVO, à vida faço ECO.
Vou dar um OI à natureza e às gostosuras do boteco...
Tim!.. Tim!...
DEIXE PRA VARRER QUANDO O VENTO FOR EMBORA
Tudo tem seu tempo e sua hora,
O hábito implora,
A obediência cega chora.
Cumprir a obrigação é o que importa agora.
Fazer só por fazer,
É mais que obedecer.
É desconhecimento da causa,
É a si próprio ou a outro satisfazer.
O medo do grito e do em riste,
Deixa em pranto o que já era triste.
O poder manda, não delega e não permite.
Chover no molhado,
Mudo calado,
Torto enrolado,
Santo com pecado,
Bíblia sem Deus,
Cego no escuro,
Protesto sem razão,
Resultado sem ação,
Mudança sem direção,
Andar na contramão.
É
Fazer de conta,
Cumprir o protocolo.
É
Brigar com o espelho
É
Ilusão e enganação.
Élcio José Martins
É DE MANHÃ
É de manhã
A luz do sol nasce lentamente,
Contente e solenemente,
Bate suavemente, janelas por janela.
Vai acordar lindas donzelas.
É de manhã
Moços, moças, crianças,
Homens, carros, metrôs,
Ônibus, motos e bicicletas,
Aceleram!
É de manhã
É um turbilhão de vozes,
Barulhos ferozes.
Esta formidável dança,
Pra lá e pra cá,
Cores vibrantes,
Sorrisos radiantes.
É de manhã
Logo, logo o espaço vai ficando vazio.
As casas comerciais e industriais abrem seus corações,
Aos poucos o calor humano sobrepõe as
Ferragens e as frias máquinas.
È a busca do sustento da família,
Ali começa o progresso na nação.
É de manhã
As escolas se amontoam de cores e alegria.
Professores preparam o ensinamento,
Alunos abrem seus ouvidos ao aprendizado.
É o presente dando recado ao futuro.
É de manhã
O orvalho na relva verde declama o amor.
O clarão na montanha assanha.
A mão de Deus cobre de bênçãos seus filhos amados.
É de manhã
É de manhã o nascer da vida,
É de manhã o florescer,
É de manhã que faz acontecer.
É de manhã!!!
Élcio José Martins
GUARANÉSIA - UMA CIDADE PROGRESSISTA
Todas as manhãs, o sol se descortina
Trazendo a luz divina e o amor que contamina.
Como formigas, Homens e mulheres, nas trilhas do sucesso,
Transitam lépidos na alavanca do progresso.
A cidade tem uma história rica,
Já tomou água de bica, hoje, dá asas a Cumbica.
A ela a natureza foi pródiga,
Não que existisse uma lógica!
Talvez uma explicação divina. Ontológica.
Tem os olhos fechados para a altivez.
Dá guarida com gentileza. Aqui o forasteiro tem vez.
Tem pureza no abraçar e receber,
Reconhece que todos têm seu papel por merecer.
Terra de homens arrojados,
Progressistas, competentes e abnegados.
Vislumbram um progresso crescente.
O futuro é o que se faz no presente.
Seu parque industrial é pujante,
A agropecuária sempre marcante.
O comércio tem crescido radiante,
O esporte e a cultura sempre marcantes.
O cinema fez história nacional,
O teatro segue firme como o tal.
Na música sua marca é magistral,
A sociedade sempre teve um alto astral.
As entidades sociais são invejadas.
Pela população sempre foram elogiadas.
Aqui a praga do desemprego não tem morada,
Quem aqui tem um lar, não troca ele por nada.
Élcio José Martins
FINAL DE TURNO DO INVERNO E INÍCIO DA PRIMAVERA
O inverno está quase terminando o seu turno. Ele foi muito benevolente conosco. Não foi agressivo, não agregou valores aos vírus gripais, não deu ao coronavirus a chance de expansão e ação. Ele foi amigo.
A primavera está prestes a apontar na serra, trazendo consigo alegria, cores e flores. Um novo momento. Vem com ela a esperança, o amor e a alegria. Nossos olhos, maravilhados pela beleza que a natureza desperta, nos induzem à prática do bem, da afetividade e do amor ao próximo. A primavera é paz, é rosa, é irmandade, é música, é amizade, é vida, é esperança, renascimento e amor. Façamos da beleza desta estação a nossa beleza interior. Que sejamos flores, que sejamos cores, que sejamos luz. Que sejamos energia positiva recheada de afetividade. Feliz primavera a todos...
Élcio José Martins