Coleção pessoal de EduardoBlas

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O sol da minha vida é como a tempestade no verão, no outono cai a felicidade e no inverno volta a brilhar meu coração.

Seja como for, frio ou calor
Eu vou suportar
Perigo constante, dor inscessante
Não vai acabar
Eu já pensei, e até tentei
Mas não vai mudar
Enganado ou não, com ou sem razão
Eu vivo a sonhar
Onde está você, eu quero saber
Eu cansei de chorar
Olhe em volta, o medo se solta
Isso vai me matar
Juras de amor, lágrimas em uma flor
Ninguém pode ajudar
O fim está perto, destino incerto
Eu começo a imaginar
O "para sempre" acaba, isso não vale nada
Fico sozinho a lamentar
A angústia aflora, e eu choro agora
Pois cansei de amar.

Eu amaria uma pessoa como amaria uma serpente, pois algumas serpentes não são tão venenosas como algumas pessoas.

Preocupação, madrugada e vinho
Neblina, tristeza e sozinho
Frio e calor, dor de amor
Sentimento avassalador
Amanheceu e entristeceu
O meu coração é seu...
Álcool queimando, um dia começando
Um sentimento passando
Sono profundo iniciando.

"O amor é como uma rosa: te fere com espinho, mas encanta teus olhos e perfuma teu ser."

"O problema de criar altas expectativas é quando você não tem asas para evitar a queda da realidade."

"Entre mil falsos amigos, um sincero inimigo."

"O amor próprio lança fora toda solidão."

"Às vezes, é mais suscetível quebrar a cara do que o gelo."

"O amor é uma lupa de sentimentos."

"Enquanto você andar em círculo na sua vida, como ponteiros de um relógio, as horas serão sempre as mesmas."

"A vida é um sonho que se vive dormindo, e o sonho é uma vida que se sonha acordado."

"É no céu da tua introspecção que brilham as estrelas da lucidez."

"A consequência faz o poeta."

"O verdadeiro despertar é reconciliar sua mente ao conteúdo e abandonar o vazio do irresoluto."

Recomeçar de repente
Assim, sempre ausente
Indo em frente
Querendo estar com a alma reluzente
Como fogo ardente
Mas se apaga com o vento
Eu não entendo
E me lamento


Ainda que eu soubesse a arte de fazer o certo
Eu me desconcerto
Não acerto
Pois não há o certo
Eu não me entrego
Mas me nego
Isso tá no ego
Tá na rua, no céu infinito do teu espelho
Assim que eu me vejo
Esclareço, me intrometo
Eu me perco

Como um percevejo
Em uma roupa que foi tua
Hoje, nua como a lua
Fúlgida lá de cima
Meio doente, abaixo do cansaço
Não acima, é um descaso
Mesmo assim, não te largo
Não insista
É como um ímã atrapalhado

Com ideias divergentes
Confusão interminável
Remetente dessa gente
Que não sente, não entende
Como é amar de verdade o próximo
Acaba por tornar-se tóxico
É um negócio dos primórdios
Da "humanidade valente"

Nesta velocidade recorrente
Desta claridade inconsequente
Há tanta coisa boa
Que me faz pensar à toa
Mas desmancha na escuridão
E nesta escuridão eu prefiro estar agora
Pra esquecer do mal que está lá fora

Tô ficando assim, meio diferente
Meio lúcido da cabeça
Concordância proposital
Pra cair logo na real
Sempre avessa a alma indiferente
Intermitente é o sol do céu à frente
Era seu o que era só
Não deu, doeu e escondeu
O brilho do holofote

Manchado assim de sorte
Que viveu na morte
E morreu nesta vida
Ainda que seja querida
O caminho não era o norte
Chame do que quiser
Logo, se não vier
Desistência é o nome
E isto consome
Pois não alimenta a fome
Do coração

A confusão que une a mente
A minha e a tua, funde
Não mente, assume, sente
A solidão do coração que prefere insistir
Não é querer punir
É querer unir
A rosa com o espinho
Sem querer carinho
Sem ir de carona neste caminho
Trago a verdade à tona
Nesta vida introspectiva

Sempre criando expectativa
Numa tentativa
Completamente inútil
Foi sutil, foi fútil
Foi meio incerto
Num penhasco que eu pulo
Vejo tudo a céu aberto
Eu relevo, eu revelo
Que eu surto
Mas não me entrego

Eu luto sem estar de luto
E concluo
Que a vida é incerteza
Que te faz preencher o vazio num copo de cerveja
Ela almeja e deseja
Ela beija
Num sopro de primavera
O coração acelera
E se desespera
Nesta dose certa

De loucura que não cura
Fuja!
É o conselho dela
Pra ver a felicidade
Sentir a mocidade
Daquela idade novamente
Sem falsidade
Isto é recorrente
Daquele olhar ausente
Mente e não sente
Apedrejado numa plenitude
Amar é uma virtude
De poucos
Que pertence aos loucos
Eu não ouço
Tu dizeres que assume

É uma personalidade variante
É estonteante
Como nunca antes
Era anti e agora é a favor
A metamorfose do frio para o calor
Intensifica a dor daquele amor
Que transmitia calafrio
Se não ouviu
Agora, já sumiu
A antiguidade da memória daquele disquete

Não sou do tipo que repete
Mas se mete, inverte
E tenta mudar o clima
Vejo bem de cima
Acima de toda essa neblina
Posso dizer que é inebriante
Como uma estrela brilhante
Engolida num momento
Por um buraco negro
E neste relento
Eu não despenco na tristeza

Porque, veja
A vida é incerteza
Mesmo assim, siga em frente e leia
Vença e clareia
Pois hoje a tempestade é cruel
Mas o sol sempre nasce lá no céu
E você renasce na clareza
Eu só tenho a certeza
De que isto não é poesia
Mas eu faria com leveza
Pois pertence ao sonho de um dia
Onde contemplava tua beleza