Coleção pessoal de edney_valentim_araujo
Criança
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Ela foi formada pelo Criador e desejada pelos pais,
chegou pequenininha nesse mundo de gigantes.
Assistiu como criança o seu mundo se encolher
Deixando os brinquedos e brincadeira de bebê.
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Sem que percebesse deu lugar a muitos sonhos,
E o mundo que era grande já não cabe os teus planos.
De outrora criancinha é agora adolescente,
Moça debutante de olhares atraentes.
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Saiu de uma caixinha de mistérios
Pra bailar os corações,
Não se dá a qualquer um
Que não lhe seja mui amado.
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Edney Valentim Araújo
Silva
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Um dia e outro vem
Nestas tardes solitárias
Sem um beijo
Ou um abraço de meu bem...
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Nela repousam meus divinos pensamentos
Neste misto de saudade de meu bem,
Se não se foi com o pôr do sol
Também não veio à luz da lua.
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Mas entre a luz que se reflete
Nesta alvoraçada lua fria
Se aquece o meu amor
No calor do meu desejo
De amar a amada minha.
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Fosse eu todinho dela
Como é ela a alma minha,
Seria eu amado dela
Como eu a amaria.
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Seria eu só de Maria
Como sou da Conceição,
Mas tenho grande amor
Que se me entrega todo a Silva.
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Edney Valentim Araújo
Interregno
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Se me amares, amarás!!!
Se me queres, quererás!!!
Eu que já te amo como me queres
Pra querer-te como a amo...
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Agora que te dei
O meu coração por tua morada
Me busco em nós o mesmo abrigo.
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Verei Minh 'alma desnudada
Por amor a ti alvoroçada,
E no interregno persistente
Não te vejo em mim ausente.
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E se de espera vive a esperança
Na esperança eu de novo a amaria.
O quão distante se me impõe
Mais perto eu vivo à Maria...
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Edney Valentim Araújo
Aviva
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Neste dia que te faz feliz
Muito mais alegra a mim,
Com o brilho de um sorriso
Que te estendes até a mim...
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Um é o tempo de alegria
Num relance de momento,
Que se finda no finito
De um contento já sem fim...
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Ela nasce como flor
E perfuma com ardor,
Sinestesia d’alma gêmea
Que se aquece com furor...
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Se fosse dela os dias todos
Já teria havido um fim,
Mas é dela a cada dia
A vida viva que se aviva em mim.
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Edney Valentim Araújo
Um dia
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Se a felicidade fosse um lugar
Nele eu ficaria só pra me refugiar,
Nesse lugar do tudo eu posso
À incerteza do nada tenho,
Eu me poria a caminhar.
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Nos dias tristes eu me alegro
Por saber que vai passar,
Nos dias bons eu me deleito
Até que volte a caminhar...
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E na balança do equilíbrio,
A tristeza já perece
No mesmo intenso que me dói
Fazendo a alma se alegrar.
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Se nada sou, eu tudo tenho
O quanto eu vivo pra sonhar,
Se tudo sou, eu nada tenho
Se não encontro o meu lugar.
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Serei eu feliz por mais um dia
Estando nele à caminhar,
E a tristeza que me veio
Não teima agora em ficar.
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Edney Valentim Araújo
Criação
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Se a vida fosse uma arte
Onde se traça em branco quadro
Os caminhos do amor,
Teria vida nessa arte abstrata
Os contornos do tracejo de se amar...
Seria a arte um momento
Em que se funde autor e criação
Em vívidas cores de emoção...
E nestes traços outrora informes
Vai-se a distante imensidão
Desfazendo a solidão...
Agora o rabisco de um instante
Em que reluz eterna ascensão
Fulguraria o árduo fogo da paixão...
Seria as bordas tenaz linha
Em que desenha a amada minha
Minha vida e meu contento,
Onde derrama as cores
Infundidas do infindo quadro vívido
Agora posto autor e criação.
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Edney Valentim Araújo
1994...
Sem fim
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Meu amor não é pequeno
Quando nele cabe agente
E não me tenho aí contigo...
Sombras do passado
Refrigeram a minh’alma
De vívidas lembranças de um sorriso
No teu mundo já perdido.
E nesse mundo diminuto
Que me tens num pensamento
Que o tempo registrou
Virou meu elo tão perdido
De um amor adormecido.
Se tivesse uma medida
Eu veria o nosso fim,
Mas não me chega um limite
Nesse amor que é sem fim...
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Edney Valentim Araújo
1994...
Alma Almada
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Mude a vida a história
Antes dita como não,
Risque os traços do destino
Imperfeitos de ilusão
Alma amada com paixão...
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Dela eu fui,
A ela eu serei...
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Cada dia um novo dia
Onde encontro o meu perdão.
Não tenho os traços do destino
Como um conto de emoção,
Estendo a ela meus caminhos
Imerso de paixão...
Ção, te chamarei de Ção.
Alma minha amada com paixão
Onde está meu coração.
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Semente posta ao chão
Imolando ao coração
Levedado de emoção...
Volta e meia penso nela
Alma viva de paixão.
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Edney Valentim Araújo
Compararia...
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O tempo não desbota
As cores bem traçadas do destino,
Quando o amor dá os contornos do caminho
De quem não anda mais sozinho.
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A amada que ontem eu amei,
Eu amo agora muito mais...
A amada que eu amo,
Mais e mais eu amarei...
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A que eu à compararia...
O teu suave perfume,
Em muito excede
A flagrância lá das flores
Que perfumam as campinas.
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Sua beleza exuberante
É renovada a cada dia,
No encanto da aurora
Que anuncia as estações...
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Se nela eu vesse o brilho
Que irradia o astro rei,
Não seria assim tão belo
Quanto o brilho em seu olhar...
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A que eu à compararia...
Eu à compararia
Ao amor que em mim aflora,
E não se finda a transbordar.
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A que eu à compararia...
Compararia ao vento que não vejo,
E me envolve num gracejo
Prisioneiro dos seus beijos.
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A que eu à compararia...
A compararia a um sorriso,
Que não se esgota
Em um gesto de carinho,
Mas se eterniza em emoção.
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A que eu à compararia...
Se ela é assim tão única
E que me faz tão bem,
Amada como é
Pra ser amor eterno em mim.
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Quanto a mim,
Sem ela eu me comparo...
A quem se perde no caminho
Em largos passos de um menino,
Que descobre não saber andar sozinho.
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Edney Valentim Araújo
1994...
Seu
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Te trago ao meu mundo
Pra viver no seu,
Revelo-te meus sonhos
Pra viver os seus.
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Se não fosse num abraço
Me seria em um sorriso,
Encontrar o meu destino
Onde está o seu...
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Agora que são muitos os caminhos
Eu só encontro o seu...
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Edney Valentim Araújo
1994...
Mão
O que faço de Maria?
Se já não tenho coração...
O que dou a ela
Pra ganhar o seu amor?
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Já se foi com quem eu quero
Um dia e outro com paixão...
O que era só pra ela
Agora é só da Conceição...
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Queria ter aqui a Silva!...
Que me enche de alegria o coração
Quando pega a minha mão.
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Que tamanha confusão!!!
Onde eu ponho o coração?
Se Maria ou da Conceição...
Quem sabe seja a Silva
Dona do meu coração.
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Se estou nela já não sei,
Dela eu só sei
Que já não largo mais a sua mão.
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Edney Valentim Araújo
1994...
Infindo
Sinto essa saudada
Da metade do todo
Que sou com você.
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Vivo agora
“O tudo” que me restou
Desse adeus...
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Onde vou?
Nesse corpo perdido
Sem teu amor...
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Na beleza da flor,
O perfume do amor...
Ou o espinho da dor?
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Vou pro meu mundo
Onde vivo perdido
No meu infindo amor.
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Edney Valentim Araújo
1994...
Não deixo
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Quando ela chega,
Sei que vem pra ficar...
Manda embora a saudade
Que me tinha sem lugar.
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E me traz dela
A minha metade
Que sempre vai
Onde ela está...
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Nada digo no silêncio
Em que me vejo em teu olhar...
Sabe o tempo que me trouxe
Que não deixo de te amar.
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Edney Valentim Araújo
1994...
Sem pudor
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Encontrei o meu sossego
No calor do teu amor.
Não me deixe teus abraços,
Venha a mim como se encontra
Seja agora e como for...
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Não há beleza noutra flor
Que me traga teu perfume
E a flagrância deste amor.
Seja bela esta fera
Que me fere sem pudor.
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Cai as pétalas desnuda nesse tempo
Que não tira meu intento
De me aquecer no teu calor.
Sou dela hoje e sempre
Pra viver o nosso amor.
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Edney Valentim Araújo
1994...
Transbordo
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Um dia e outro dia vem
Quando a ela me entrego de amor...
Minutos, segundos e horas
Eu conto pra ter seu amor.
Se me faltasse dela esse amor,
A quem eu daria esse corpo?
Se a ela entreguei o coração
Com todo o meu amor...
Me falta juízo e um pouco perdido
Caminho meus passos,
Se perco tuas mãos
Neste enlaço...
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Nada te falo se não num sorriso
Nesse meu mundo perdido
De amor e embaraço escondido.
Por ela eu encontro meu riso.
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Se te amasse um pouco menos
Do muito que te tenho em mim,
Ainda teria transbordo desse amor
Para um amor tão infindo.
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Edney Valentim Araújo
1994...
Entrego
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Onde vão meus pensamentos
Quando o brilho das estrelas
Faz transbordar de emoção
O amor que está no coração?
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Se penso nela como está,
Por onde anda a minha amada,
Vejo o céu me rebatando
No cortejo deste amor.
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E na beleza de uma flor
Em que revivo ter você,
Nada faço mais saber
De que me entrego ao teu amor.
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Edney Valentim Araújo
1994...
Eu morreria
Morreria eu...
Antes de morrer o meu amor por ti.
Queria eu que a eternidade deste amor
Não fosse um pouco, e mais um pouco desta dor.
Onde vai o brilho das estrelas
Quando chega a luz do dia sem você aqui?
Não me leva aos teus sonhos
E te afasta dos sonhos meus...
Edney Valentim Araújo
1994...
Te darei
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Fiz do tempo o que ele é,
Um instante de momento
Pra mim e pra você...
Onde o tempo para
Nesse eterno sentimento
Que é o amor.
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Se me fosse mais que uma gota no oceano,
Ou mesmo toda água que preenche todo mar,
Ainda assim, me seria tão pequeno esse amor...
Por quanto em todo tempo
Secam-se as águas do oceano
Evaporando todo amor que nele há.
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Já não há o amanhã
Se eu não vivo o hoje
Pra te amar por mais um dia,
Mas se a ti eu me entreguei
No ontem que te amei
Vivo agora o amor que sempre ei de dar-te.
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Edney Valentim Araújo
1994...
Se renova
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Ventos que um dia
Trouxe a mim
Aquela flor
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Entorpeceu-me de um perfume
Que é a essência do amor,
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A minh’alma transparente
Se encheu das cores desta flor
Que de dois em um nos transformou.
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Já não é mais desbotado
O coração que a ti se entregou.
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A minh’alma se renova
A cada instante
Pra esse amor...
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Edney Valentim Araújo
1994...
Ardor
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Tenho nela
E a distância
O alimento deste ardor,
Sou dela nesse fogo
Em que flameja o nosso amor.
Quantos dias eu tiver
Sejam eles para ti,
Que de mim não se apartou
Nem me negaste teu amor.
Se com toda essa saudade
Me achego a ti no meu ardor,
Me transbordas o teu afago
Para viver o nosso amor.
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Edney Valentim Araújo
1994...