Coleção pessoal de dybarros
Ela tinha um nojo da dualidade de intenções dos seres humanos que ora amam, ora usam, e preferia a clareza da sacanagem e a certeza do vazio.
Mas você com esse seu jeito só seu, de não me permitir saber o que esperar de você, me faz te odiar tanto e querer tanto a sua atenção.
Não somos um casal melado, mas duvido que tenha alguém que duvide do nosso amor. Quer dizer, a gente duvida, mas a gente é louco.
Não sei se era você, veja bem, te vejo a todos os instantes saindo e entrando de todo e qualquer lugar e nunca, nunca, é você. Às vezes são até mesmo umas pessoas bem feias e diferentes e impossíveis de te lembrar. Mas tudo lembra e assim sigo te vendo por toda parte a todos os instantes.
"[...] Eu quero sempre encontrar você, sejá lá aonde você estiver, e que eu consiga ser o seu perfeito, mesmo sendo imperfeito."
Aprendi também que por mais que você queira muito alguém, ninguém vale tanto à pena a ponto de você deixar de se querer.
Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz, faz tudo ficar mais feliz. Algumas pessoas simplesmente valem a pena.
E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento.
Tenho vontade de perguntar baixinho: você não gosta nem um pouquinho de mim? Nem sequer um tiquinho? Olha só: eu tenho os dedinhos do pé bem estranhos. Eles não são absurdamente merecedores de amor?
Ele me aperta como sempre, até que algum ossinho da minha coluna estale, e me diz, como sempre também: "Que é que você tem que eu sempre largo tudo e venho te ver?