Coleção pessoal de dudamorgado

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Gosto muito do seu colo, amor. Gosto da maneira que mexe no cabelo e gosto da maneira que tenta me fazer ciumes. Gosto das tuas babaquices, esquisitices e escrotices. Gosto quando fala mal dos alheios, dos estrangeiros e dos passageiros. Gosto do seu calor no inverno e do teu frio no verão. Gosto das tuas folhas que caem na primavera e das flores que desabrocham no outono. Gosto do teu inverso, do teu ''por dentro'' e do teu ''por fora''. Gosto de ti, na verdade, gosto muito de ti, muito mesmo. Arrisco dizer que te amo. Pensando bem, eu te amo, eu te amo muito.

Então, ah... esquece tudo, vai! Passado, presente, futuro, esquece o tempo! Esquece o modo, esquece o como, só não me esquece. Não esquece que essa pequena aqui te adora, te ama, te admira e se encanta toda vez que te vê.
É esse tal do amor ai que pega a gente jeito e bagunça a cabeça, o coração, a casa, a cama... O amor é uma bagunça, e a única coisa certa que eu sei dele é que o meu é só teu. Só teu.

E as bombas explodiram. Eu estava diante da corda, sem nenhuma proteção, eu tinha que andar em cima dela, enquanto o chão lá embaixo, mas bem lá embaixo mesmo, torcia para que eu errasse. Dei o primeiro passo diante do abismo na minha frente, não havia nada me segurando, nada! Mantive o equilíbrio, o foco. Dei mais alguns passos pensando: ''não posso errar, não posso falhar!''. Continuei. Algo me dizia que eu ia conseguir passar por aquilo intacta, sem nenhuma dor. Foi quando eu vi à diante meu sonho inalcançável, vi minhas expectativas perdidas, esperanças bobas, sonhos mal sonhados. Vi também as alegrias passadas, a felicidade vivida intensamente. Vacilei, errei o passo, foi quando eu cai. Enquanto eu caia, pensava: ''Por que?''. Mas era um por quê pra tudo, pra minha vida toda que havia passado e a que ainda estava por vir. Por que? Por que tão difícil? Por que tão árdua? Por que temos por alguns momentos o mundo em nossas mãos e de repente estamos andando numa corda bamba sozinha? Cheguei ao chão. As lágrimas escorriam e a dor se alastrava. Estou sozinha, mais uma vez. Ouço essas vozes mandando levantar e outras lamentam por mim. Eu só peço: me deixem um pouco aqui deitada?

Saudade de alguém que vire pra mim e diga: ''Você é linda.'', mesmo que eu esteja que nem uma mulamba. Saudade de alguém que me diga: ''Tente mais uma vez, eu confio em você.'', mesmo que eu já tenho errado mil vezes. Saudade daquela pessoa que via dentro de mim uma beleza que ninguém nunca conseguiu ver, saudade de que alguém veja o que eu realmente sou por dentro, a criança que existe dentro de mim. Alguém que me abrigasse do medo só com um abraço, alguém que mesmo que esteja com toda raiva do mundo de mim, ainda assim não conseguisse ficar longe de mim. Alguém que só queria ouvir minha voz, alguém que só queria a minha companhia, alguém só queria o meu bem. Alguém que tinha medo que eu crescesse porque a vida machuca demais. Saudades daquele que, infelizmente, foi único em tudo.

''Como você quer ser psiquiatra se você não gosta de ''gente''?''
''Pelo fato de eu não gostar que eu me daria muito bem.'' ''Por que?''
''Quando gosto das pessoas, não sou capaz de olha-las a fundo, ver o que realmente são, eu vejo o que elas querem me mostrar, sou muito ingênua com quem amo, mas se eu odiar alguém, vou analisar cada centímetro dela e ela será incapaz de me enganar.''

E eu ainda me sinto tão só, e a dor aperta mais quando eu procuro alguém pra me ouvir, aquelas coisas bobas que só você ouvia. Dói agora não poder dizer nada pra ninguém, não ganhar crédito por nada, receber um elogio pela menor coisa que eu fizer. Caramba, como você faz falta. Como você era importante e necessário. Caramba, por que você se foi?

Tem dias que sou assim: meio boa, meio legal, meio meiga, meio calma. Sem muita coisa pra dizer, uns sorrisinhos no canto da boca, suspiros leves. Há dias em que me torno um monstro (e não me refiro só os de TPM), uma palavra já me irrita, uma implicância já me destranca a pior vingança, meio assim, meio irritada, meio brava. Tem dias que sou meio-a-meio, meio tudo, meio nada, meio sem tempero, meio doce, meio amarga... Dias que o sol não me alegra, dias que quero correr na praia. Dias que não quero sair da cama com frio, dias que quero me molhar na chuva. Sou feita de dias, os dias me fazem, na verdade, eu faço os dias. Quem manda no meu tempo, sou eu.

Pessoas que param de falar com você pelo seu jeito de ser são tolas. O mal das pessoas é não acreditar nas mudanças. Já se foi o tempo que eu era um ser humano completamente estúpido e sem limites, hoje eu me importo mais com os outros, comigo mesma, digo a verdade sobre o que sinto, posso mentir sobre outras, mas o que sinto é fundamental. Se um dia eu te disse algo, e no dia seguinte você se decepcionou por eu estar certa, não me venha com a ignorância de me dizer que menti. Eu te preparei pra isso, eu detalhei cada sentimento que havia em meu coração. Não há mais espaço na minha vida pra enganar ninguém, e isso há muito tempo.

Não se pode nunca perder a fé, e nossos problemas nunca são menos importantes dos que os dos outros, todo o problema é importante, mas há aqueles que são mais pesados e difíceis de se superar. Não se pode perder a fé nunca, e para que isso aconteça, não solte as pessoas que você ama, pois é nelas que encontramos força e fé para superar qualquer coisa.

Hoje eu faço uma promessa: fim de choro. Acabaram-se as lágrimas, apesar da dor ainda estar aqui. Eu e você já sofremos demais juntos, lutamos até o fim, agora é hora de descansar e seguir em frente. Você me ensinou que isso é a vida, então eu vou fazer de acordo com o que você me ensinou. Vai ser dificil demais viver um dia de cada vez, e vai ter vezes que vou pensar em desistir, mas eu sei que você vai segurar a minha mão e me dar força, assim como eu fiz contigo todas as vezes que você achava que não podia mais aguentar nem um segundo. Isso, pai, são só férias em que ficaremos um bom tempo sem nos ver, eu pelo menos sem te ver, mas sei que um dia nos reencontraremos, seja onde for, eu te verei novamente e correrei para os seus braços como sempre corri. Você vai me abraçar aquele abraço gostoso que eu amo tanto, que sempre me fez pensar no lado bom da vida. Obrigado por ter aguentado o que pode só para ficar do meu lado e prorrogar o meu sofrimento, obrigado por ter lutado até o fim, obrigada pai! Você se foi, mas continua dentro de mim, mais vivo do que nunca. Você não me deixou, meu pequeno, eu sei que está me esperando e me guardando. Vai com Deus, tá certo? Eu te amo MUITO, cara... MUITO!

Eduarda para Eduardo
Amor eterno.
Obrigada por tudo.

Coisa mais inevitável que a morte, é o adeus. Sempre estamos dizendo adeus: seja para as coisas, para as pessoas, para as lembranças, para as manias. Por mais que digamos ''eu sou forte, estou preparada'', ninguém está, o adeus é a coisa mais difícil a se dizer quando se é a única coisa que se pode ser dita. Tenho esta palavra presa em minha garganta pois eu me apego muito à tudo que tenho, tudo que amo. Não gosto de dizer adeus, e na maioria das vezes, as coisas vão embora sem que ao menos eu diga. Mas é que eu caio de cabeça nos meus sentimentos, eu digo pra mim mesma ''eu quero isso pelo resto da vida'', mesmo sabendo que não é. Eu me iludo? Sim, mas não sou a única. Sem hipocrisia: você nunca olhou para alguma coisa, um momento ou para alguém e disse: ''Eu quero que seja pra sempre.'' ?

Egoísmo ou não, não acredito nessa história de que temos que ser felizes pelo o que temos. Estou aqui sem você, rodeada de coisas que não me aumentam, e aqui tudo parece tristeza.

E a verdade é única, e talvez, a verdade mais que verdadeira, eu te amo. Onde está você? Por onde se esconde? Eu te procuro em cada canto, em cada refúgio, cada rua e cada sombra, mas nada. Onde está você? Eis aqui uma promessa de vida, vou te encontrar, vou te esperar. Meio quebrada e vazia, mas sempre com a esperança do seu retorno. Eu ei de te esperar à cada segundo de agonia, de tristeza e de solidão, porque sei que quando voltar, você apagará tudo de ruim que passei e pensei. Você é luz, você é harmonia e alegria, você é amor, o meu amor.

Pobre jardim cheio de flores
Tornou-se um lugar morto e escuro
Não me convença que há lugar como esse
Tão lindo como procuro
Pena que não haja mais luz nesse mundo
Aqui não nasce, só morre.
Seja pobre, rico, limpo ou imundo.

Pobre jardim cheio de flores
Não há mais riqueza em ti para admirar
Queria não pertencer aqui
Mas aqui é meu lugar
Tudo em volta é maldade
Pobre criança que sou
De viver essa realidade

Onde foram parar suas flores, jardim?
Algo que já brilhou pode morrer assim?
Cruelmente, secamente, silencionsamente..
E a esperança que não tinha fim?

E eu descobri, recentemente, um sorriso novo, um sorriso bobo. Descobri em minhas memórias um vestígio de felicidade que deixei escapar por entre os dedos, e que agora, veio me dar mais uma prova. Me sinto bem com ela, me sinto feliz, e tenho vontades absurdas. Tenho vontade de pedir para que ela me conte cada detalhe da vida dela, quero saber sua cor favorita, sua banda, suas manias, seus medos. Quero gravar o timbre da risada dela em meus ouvidos, quero o sentimento de felicidade que me invade toda vez que ela sorri. Não é de amor que eu falo por enquanto, é de felicidade, e que felicidade, daquelas que fazem você se apaixonar e nem perceber.

O ''eu'' já está se definhando, não posso cuidar de um ''você'' que não se importa com um ''eu'' nem com ''nós'', chega.

Meu coração questiona: ”Onde ela está?”. Eu não sei, coração, eu não sei onde sua menina está. Está por aí, pelo mundo, beijando outros corações, encantando outros olhos, sussurando em outros ouvidos e dançando o ritmo que não é o seu.

Meu coração chora: ”Onde ela está?”. Eu não sei, coração, mas pare de chorar. Tanta agonia para quem, talvez, nem vá voltar. A verdade, talvez, é que nunca tenha estado aqui, mas você tampou os olhos e sonhou.

Meu coração grita: ”Onde ela está?”. Eu não sei, coração. Não sei de mais nada, estou cansada demais para saber, depois, quem sabe, eu vou procurar, mas agora estou sentindo meu joelhos doendo e o resto do corpo moído. Pare de gritar, estou enlouquecendo.

Meu coração suspira: ”Onde ela está?”. Eu.. simplesmente não sei… coração.

Quero seu corpo.
Quero o seu prazer.
Quero teu início, meio e fim.
Quero o amor por você.
Quero o amor por mim.

Quero sua sensibilidade.
Quero seu gemido adolescente.
Quero você selvagem.
Quero sua palavra indecente.

Quero a mulher dentro de você.
Quero a deusa que mostra por fora.
Quero sua arte e beleza.
Eu quero tudo, e agora.

Ando confusa demais, perdida demais. Às vezes me acho, mas sempre me perco. Seja por uma ou duas palavras, acabo tropeçando nos meus próprios pés. Sempre levanto, e tem horas que nem percebo que caí, só depois de levantar. Tem horas que o tombo é tão grande que acho que não vou conseguir. Mas é por isso que eu ainda não enlouqueci, depois de tantos tombos, eu continuo levantando, não importa o tamanho das feridas que ficaram, eu sempre levanto. Me derrubar é fácil, muito fácil, mas é impossível me impedir de estar de pé de novo, impossível. Seja teimosia, seja egoísmo, amor próprio, amor ao próximo, ou esperança. Pode demorar horas, dias, semanas ou meses, mas eu sempre levanto. Pode ser que assim que eu fique em pé, meu sorriso não seja 100% verdadeiro, mas chega uma hora que ele sempre é verdadeiro.

A culpa nunca foi minha, acreditar não é um erro