Coleção pessoal de drleonardolourenco
A ofensa, para existir, depende muito mais da aceitação de quem a recebe, acolhe e alimenta do que de quem a oferece. É como se fosse uma porta que necessariamente precisa ser aberta por dentro, independente de quem bate por fora.
Herói não é quem consegue voar pelos céus, é aquele que traz o Céu para si e o compartilha com os outros.
Herói não é quem tem super força para luta, é aquele que decide usar a força do perdão para ter paz.
Herói não é quem tem poder de invisibilidade, é aquele que descobriu o poder da humildade.
Vilão não é quem existe para te prejudicar, é alguém que precisa desesperadamente do nosso Amor.
Perdoar é trocar chicotes por asas, cadeados por chaves e neblina por claridade.
Perdoar não é esquecer nem transformar o errado em certo.
Perdão é, acima de tudo, preferir a paz abrangente à pequenez julgadora.
Evite julgar. Ensine (e aprenda).
Viver pode ser mais sala de aula e menos tribunal do júri.
Evite reclamar. Acolha.
Viver pode ser mais abraço e menos tapa.
Evite estagnar. Desapegue.
Viver pode ser mais asas e menos cadeados.
Onde não houver rancor, eu serei visto.
Onde existir paz, eu serei notado.
Quando não houver conflito, eu serei sentido.
Quando existir perdão, eu serei percebido.
Se não houver medo, eu serei olhado.
Se existir comunhão, eu serei alimentado.
Ass.: o Amor.
COMPULSÃO POR SOFRER (ou a história de Chiquita)
Chiquita era uma menina que amava muito a mãe: uma verdadeira heroína inspiradora aos seus olhinhos. Chiquita fazia questão de mostrar tudo que fazia para ela: desenhos, lições, comidinhas e tudo mais. Aonde quer que a mãe fosse, lá estava ela em seu encalço. Sentia quase como se ela e a mãe fossem uma coisa só.
Mas, em meio a essa maravilhosa vida, Chiquita começou a perceber algo estranho: existia sempre uma nuvenzinha sombria pairando por sobre a cabeça de sua mãe. Ninguém mais conseguia notar aquilo, apenas Chiquita. Incomodada com aquilo, chegou até a indagar a própria mãe a respeito, porém ela deu de ombros e a repreendeu por sua “imaginação fértil”. Pois é, aparentemente nem mesmo sua mãe conseguia enxergar a tal nuvenzinha desagradável.
Contrariada com essa situação, Chiquita teve uma ideia: “já que a nuvenzinha em cima da minha cabeça é alegre e cintilante, vou pegar uma parte da nuvenzinha feia da minha mãe pra mim!”. E assim ela fez.
Chiquita cresceu e virou uma adulta normal como todo mundo. Um dia, em meio a um turbilhão de problemas com doenças, dores, marido rude e chefe autoritário, ela se viu chorosa diante do espelho com um semblante triste e notou algo surpreendente: a nuvenzinha no topo de sua cabeça não era mais luminosa e resplandecente, estava sinistra e feia tal qual se recordava daquela que flutuava por sobre a cabeça de sua mãe na infância.
Num arroubo, correu para encontrar sua mãe e percebeu que a tal nuvenzinha dela continuava igual. Depois, ela saiu em disparada para ver sua filha. Olhou por sobre a cabecinha da pequena garota e viu uma nuvenzinha (que nunca havia reparado antes por cima dela): manchas sombrias começavam a tomar parte do fundo cintilante. Nesse exato instante ela entendeu tudo.
Hoje em dia, muitos notam a espetacular mudança de semblante de Chiquita: mais alegre e jovial. Quando perguntada qual é o “segredo”, ela costuma responder de um jeito muito estranho: ”todos os dias eu me olho no espelho e tento tirar um pequeno pedacinho obscuro de uma nuvenzinha que existe sobre a minha cabeça. Quando consigo, passa a resplandecer uma parte cintilante que estava escondida.”
Um sofrimento por trás de cada apego
Quando me apeguei demais ao futuro, tive ansiedade.
Quando me apeguei demais ao passado, tive depressão.
Quando me apeguei demais ao presente, naufraguei em prazeres fúteis.
Ser livre de verdade é não ser escravo do tempo.
Quando me apeguei demais ao trabalho, afundei em ganância e soberba.
Quando me apeguei demais ao lar, senti-me solitário.
Quando me apeguei demais à sociedade, fiquei perdido na multidão.
Ser feliz independe de circunstâncias. Não se trata de um estado, mas sim de uma essência (por vezes oculta sob ilusões).
Quando me apeguei demais a você, quebrei minha cara iludido pelo poder de controle.
Quando me apeguei demais a mim, padeci sufocado pelo meu próprio egoísmo.
Amor é liberdade, felicidade e desap-EGO.
Na busca de “ser alguém na vida” deixamos a nossa própria essência pra trás.
Já te disseram que você precisava estudar, ter diploma, trabalhar, ganhar dinheiro, formar família e pagar contas para “ser alguém na vida”.
Pra mim, você já É desde o primeiro instante de sua existência. Não há nada que você faça ou deixe de fazer que possa lhe arrancar a sua condição de SER alguém importante pra mim.
Se você fizer tudo aquilo como forma de agradecer o fato inestimável de já SER alguém desde sempre, ótimo! Mas se for fazer tudo aquilo como busca para ser visto como “alguém na vida”, esqueça! Você estaria menosprezando o que já É.
Sua dimensão humana já É desde sempre e é importante pra mim. Não tente escondê-la sob pretexto algum.
Ass: Alguém que se importa.
Não foi quando te perdi que o mundo desabou, foi quando me perdi.
Não foi quando estive no fundo do poço que o desespero bateu, foi quando quis ficar lá.
Não foi quando meu bolso ficou vazio que afundei, foi quando meu coração esvaziou.
Não foi quando ninguém me quis que tudo ruiu, foi quando eu mesmo não me quis.
Não foi quando enxerguei a maldade do mundo que entrei em pânico, foi quando descobri minha própria maldade.
Conhecer a si mesmo é a pior das tragédias e a maior das dádivas.
Amadurecer não é o mesmo que envelhecer. O último é inevitável e o primeiro, opcional.
Maturidade está nas cicatrizes da alma e não nas rugas do corpo.
Não, nem o tempo nem os outros tem poder sobre a alma. Compete a cada um o processo íntimo de cura, cicatrização, evolução e amadurecimento.
Nosso tempo é sagradamente finito. Que aprendamos a usá-lo com sabedoria portanto. Se o desperdiçamos com medo da morte, não sobra para amar a vida.
Das minhas pedras
Algumas pedras me machucaram,
Outras pedras me atrasaram,
Algumas pedras me desviaram,
Outras pedras até me derrubaram.
Com as minhas pedras eu não fiz poesia como Drummond e nem construi castelos como Quintana.
Com as minhas pedras eu APRENDI A ESCALAR.
Das minhas pedras...Ah, das minhas pedras eu me fiz.
Seu corpo lhe foi emprestado. Você não o criou. Honre esse empréstimo cuidando bem dele.
Não bastasse isso, sua mente também lhe foi generosamente concedida. Não é uma criação sua. Honre esse presente produzindo bons pensamentos.
Além disso, você foi agraciado com uma alma. Não foi você quem a concebeu, mas o controle dela foi gentilmente cedido a ti. Seja grato a essa dádiva, iluminando-a e compartilhando-a com Amor.
Oculosofia
Olhar para si, ignorando o outro= egoísmo.
Desprezar o outro e a si mesmo= niilismo.
Enxergar o outro, desvalorizando a si próprio= martírio.
Olhar para si e igualmente o outro= Amor.
VIVER = “VI” + “VER”
Modificar como “VI” para aprender a “VER” com mais paz, clareza, felicidade e Amor.
Quando nada existia, mamãe-do-Céu me deu uma alma.
Quando precisei de abrigo, mamãe-Terra me acolheu.
Quando estive pronto, mamãe-mamãe me deu a vida.
Quando tive curiosidade, mamãe-professora me ensinou.
Quando tive medo, mamãe-sentinela me protegeu.
Quando tudo era regra, mamãe-vovó me deu liberdade.
Quando me feri, mamãe-doutora me curou.
Quando me entediei, mamãe-amiga brincou comigo.
Quando chorei, mamãe-colo me abraçou.
Quando quis amadurecer, mamãe-esposa me tornou pai.
Eu percebi que maternidade é Amor disfarçado de presente.
Todas as nossas mães, em todos os seus disfarces, entregaram-nos tudo o que há de mais importante.
Cabe-nos agora aprender que nada de relevante nos falta. Talvez o único que falte seja compartilhar esse infindável oceano de Amor que nos foi presenteado por todas elas.
Dois corpos não ocupam o mesmo lugar simultaneamente. Isso se chama física.
Mas duas mentes podem estar no mesmo espaço ao mesmo tempo. O nome disso é Amor.