Coleção pessoal de DriuKilberg
“Se escrevo ou falo de amor dizem que estou apaixonado. Se escrevo muito sobre o tempo presente, futuro e sonhos, sou idealista demais. Então vou escrever sobre aventuras, só assim, quem sabe eu não encontre um portal pra Nárnia e saia dessa caótica sociedade pragmática.”
Uns meditam, outros oram. Eu leio, uma xícara de café e um bom livro a tiracolo, isso me acalma a alma. Sim, sou daqueles que leem ouvindo música.
Já são quase oito da manhã, e mais uma vez a insônia me vence. Me sinto acostumado já com noites assim, desde pequeno minha mente sempre foi mais barulhenta a noite. Enquanto todos estão dormindo, no mais silencio profundo, aqui, existe uma galáxia de inquietudes barulhentas. Sou daqueles poucos seres às avessas que tem o habito incontrolável de sonhar acordado, de se perder nas utopias dos pensamentos aéreos. Vez ou outra me pego viajando, desconexo desse mundo. É como se eu me conectasse a um mundo paralelo, e nesses momentos eu me perco, me perco por instantes, horas, e quando percebo, mais uma noite virou dia.
"Posso falar de mim em um poema em meio as entrelinhas, ou me descrever em uma composição desajustada de uma música qualquer composta por mim. Mais soaria tudo muito suspeito, fico meio desajustado quando me auto descrevo. E começo a gerar um bloqueio imediato."
"Ele é tão utópico, mais mesmo assim não se abala com a realidade do mundo. Bem, não totalmente, mais encara tudo com positividade, tenta sempre enxergar o lado positivo da história, mesmo quando parece não ter um. Ele tenta ao máximo extrair o bem das pessoas, transmitir o bem. Ele nunca entenderá porque existem pessoas más, que vivem sobrecarregadas de inveja e ambição a todo custo. Ele não compreende as intrigas das panelinhas, não aceita fofocas. Ele simplesmente quer viver a vida dele, e aqueles que quiserem estar a compartilha as alegrias do seu mundo, deixa então sua vida sempre de portas abertas ao novo. A novas pessoas. A novas histórias. Há, ele ama histórias, e acima de tudo compartilhá-las. O calor humano o motiva, se alegra só por estar rodeado de uma boa roda de amigos. Ama abraços, um bom livro e uma xícara de café a tira colo."
"Espontaneidade, o mundo precisa de você. As pessoas andam padronizadas demais, ninguém sai fora do quadrado, está tudo robotizado demais, ninguém é singelamente natural. Sou eu o estranho. Ou realmente as pessoas parecem estar se desbotando.
"Gosto da delicadeza do abraço, da afetividade gerada, do calor envolvido, da troca de energia que gera, do porto seguro que os braços dão, do mundo de sentimentos que ali cabem, entre quatro braços. Áh, eu amo abraços. Nada me supre mais do que esse simples gesto."
"E nessas minhas idas e vindas, já me perdi tantas vezes que, já nem sei onde me encontro. Muito menos, a que ponto do caminho eu me perdi. Foram tantos trajetos incertos, uns meios retos e outros tortuosos que, nem uma bússola saberia onde se bifurca a estrada que me fez tirar do eixo. A trilha aqui é inexistente, só vejo pedra no meio do caminho. Mas, meus pés já acostumaram com os cacos em meio aos caminhos que, já nem se abala em dor. O único tormento é a mente, que não se conforma de tão sábia que é, não saber aonde estamos. E a alma? Bom, essa coitada, inquieta como sempre."
Sentimentalmente eu me abri.
E como num jogo de azar,
lancei a suposta sorte
de você me amar.
De também se apaixonar.
Mas, como sorte não tenho.
Eu perdi.
Ponto,
pra mais uma das tentativas
frustrantes da vida.
Não importa quanto tempo leve, o importante é o quanto você se dedica para tornar tudo possível. E o quanto acredita em si mesmo. A mágica está em si, e nos detalhes que você compõe o seu mundo.
"Se não fosse esses amores roubados, essas paixões do destino, esses quereres da vida. Bom, se não fosse, eu não seria nada. De que vale a alma de um escritor se não seus platonismos, suas utopias inimagináveis, sua intensidade sobre a vida, sobre sentir, viver. O sentir está na alma, nos atos, no pensar, no viver. Sentir, me transborda a alma."
Poetize-se.
Te conto um conto, sem pontos,
Pontos dão fim,
E aqui não há fim,
Há só a imensidão de um poeta amador.
Que clama por amor, atenção, carinho e afeto.
Afinal, não é dessas carências que têm a nação?
E sobre você.
A semana toda se trata sobre você.
Meus pensamentos.
Sonhos acordado.
Visões de nós dois.
Nós?
Bom, não existe nós.
Existe um eu, platônico mais uma vez.
Invento historias para nós dois.
Crio um mundo.
Compondo o nós, juntos.
Em um infinito invisível.
Invisível porque ainda sou só eu.
Pensando em você.
Platônico eu.
"Se eu soubesse que não tiraria você da cabeça. Teria te interrompido em meio aos seus amigos, perguntado seu nome, sobrenome, endereço, caixa postal. Tiraria uma fotografia, só para ter a certeza que não esqueceria seu rosto. Maldito platonismo, pra que que o meu olhar cruzou ao seu destino. Platônico eu, mais uma vez."
Posso te perdir um minuto de atenção?
Posso te perdir um espaço no seu coração?
Posso chamar sua atenção?
Dizer que não há razão pra tanta solidão.
Posso aquecer esse coração?
Colorir o seu dia, sem pretensão a tempestades repentinas.
Posso estar falando de você.
Ou pode se tratar sobre mim.
Afinal, quem são esses reflexos que se encaram em meio a frieza do espelho?