Coleção pessoal de Drih22

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(...) Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.

Ah o amor... que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê.

Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.

Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos.

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os defeitos pode ser perigoso – nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (...) Há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. (...) Quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma em boi? Assim fiquei eu (...) Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus aguihões – cortei em mim a força que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também minha força. (...) Ouça meu conselho, ouça meu pedido (...) respeite mesmo o que é ruim em você – respeite sobretudo o que você imagina que é ruim em você (...) não copie uma pessoa ideal, copie você mesma – é esse o único meio de viver. Juro por Deus que se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia – será punida e irá para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não será punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo aquilo que sua vida exige. Parece uma moral amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse a minha vida sem eu saber. (...) Ver o que pode suceder quando se pactuou com a comodidade de alma.

Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.

O verdadeiro nome do amor é cativeiro.

Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança.

Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.

Ser grande é abraçar uma grande causa.

Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são.

Chorar é diminuir a profundidade da dor.

Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião.

Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.

Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.

Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.