Coleção pessoal de douglasmcarrobrez
Tão bela quanto o alvorecer, o sol que guia o meu ser, aquece meu coração com chama viva da paixão, tu és pra mim a motivação pra viver.
A doçura de ter amar, ao amargor de não poder agora lhe abraçar, te amar me faz sentir vivo pra continuar.
A você vou me entregar, cada parte de mim, ao seu lado vai estar, pois até o fim dos tempos estarei a lhe amar.
Com todas as belas palavras ainda não sei descrever, amo por inteiro cada parte de seu ser.
Amor descomunal que não posso controlar, daria a ti minha vida sem ao menos questionar.
-Um veneno, o mais forte por favor!
Foi meu ultimo pedido, bebi o mais rápido que pude, todo de uma vez, andei alguns metros e cai em seguida, foi mais rápido que eu pude imaginar...
Em meus delírios via o mundo, as pessoas, sentia minhas lagrimas escorrerem sobre minha face lentamente. Todos que passavam pelo local paravam e tentavam me ajudar, em vão é claro, já estava caído ali e não pretendia levantar mais, não conseguiria ao menos. Recordações de minha infância e juventude, todas passando uma a uma em minha mente, como um daqueles filmes que passam em casamentos contando as história do casal, mas dessa vez contando as decepções de minha vida, desde amorosas a monetárias, tudo isso junto a azia devido ao mais forte dos venenos.
Tudo para de uma vez, dormência em todos os muculos do corpo, sera que enfim morri? O doce morte, és tu quem me abraça? Horas depois uma forte enxaqueca mostra que ainda vivo, uma sede incontrolável, droga estou atrasado!
Pago o bar, corro pra casa, tomo um banho e vou viver minha mediócre vida trabalhando. Bem, no próximo final de semana tento novamente me matar, espero que o bar faça uma promoção dessa vez.
Insonia ou ansiedade? Acho que um pouco de cada... Passei a noite olhando ao lado da minha cama, contei de carneiros à decepções, e foram muitas... Meu coração palpita agitado a cada nova lembrança, uma palavra sua bastava para me acalmar, mas sua voz já não posso mais ouvir e nem seus lábios sentir...
Volto a contar carneiros na esperança de distraírem meus pensamentos, mas nem os pobres carneiros merecem minha presença e os deixo irem... Fico com as decepções, conto de uma a uma com os olhos cheios de lágrimas, mas ainda com insônia...
Lá se vai mais uma bela noite, só me resta assistir o alvorecer...
Café, bem forte por favor e quente pra eu poder ver o vapor.
Começo o dia me drogando pra me motivar, adrenalina vinda da cafeina, sem ela não consigo produzir cerotonina.
Pão e manteiga, na chapa por favor, meu óculos já embaça com tanto vapor.
Sem ver o que estou a comer, devoro tudo sem nem perceber.
Sigo ao trabalho, de olhos fechados no ônibus antes de amanhecer, ainda sem ver, sempre ao meu lado vai um senhor, 50 e tantos anos, sempre reclamando de dor porque trabalha demais.
Chegou o minha parada, peço licença, desço do ônibus, e vou trabalhar.
Coloco uniforme, passo meu ponto, entro na sala e até meio dia ainda estou tonto.
Opa, tocou o sinal, intervalo, passo meu ponto, pego o ticket e vou comer, fila imensa já deu pra perceber, desisto da fila e vou descansar, depois tomo café (quente, gosto do vapor para meu óculos embaçar) pra fome passar.
Tocou o sinal, volto a trabalhar a tarde toda pro meu chefe se contentar.
Enfim o ultimo sinal, hora de ir embora, passo meu ponto, tiro uniforme e espero o ônibus, sempre lotado vou em pé todo cansado.
Chego em casa, o que vou comer? tantas opções, macarrão instantâneo, lasanha congelada, hotdog, esfirra ou pizza? fiquei com a pizza, quente, porque gosto do vapor.
Tomo meu remédio pra dor e vou deitar, fico quieto até tudo embaçar, amanhã tenho que trabalhar.
O tabuleiro de xadrez ainda esta na mesma posição, faz dias que esta assim.
O trabalhador sendo pisoteado pelo cavalo, ninguém sequer o notou, era apenas mais um movimento.
O padre coordena seus discípulos a seguirem em linha reta, mas ele não segue as próprias ordens, sabe que o caminho sem curvas é o mais difícil.
Do alto da torre são ditadas regras, ela nos vigia, sempre em nossas costas.
A rainha, peça valorosa, defende o frágil rei, mas para ele totalmente substituível.
E o rei, com movimentos curtos e cautelosos, escondido atras de tudo e todos, implorando por proteção, se diz a peça mais valiosa, acreditamos que sem tal o jogo acaba, mas não estamos jogando, ele quem esta, somos os trabalhadores, peões ao mero dispor do rei, se conseguirmos atravessar os desafios, ate rainha podemos ser, mas rei, jamais...
E o tabuleiro ainda esta na mesma posição, faz dias que esta assim...
E mais uma vez sozinho, escrevendo tentando entender o caminho que sigo, sozinho; fico ocupado com minha mente e não vejo o tempo passar, não tem ninguém pra me espelhar nem mesmo pra me guiar, a luz do fim do túnel não existe pra aquele que sua loucura nunca a de acabar, escrevo para aqueles que como eu nunca vão parar ate o dia em que sua mente contemplar o ultimo feixe de inteligência que restar, o ultimo pulso elétrico por seus cérebro passar e aqueles que o cercam olhar e pensar: Pobre rapaz, tinha tudo pra ser bem de vida e perdeu por nunca pensar.
Ela sorriu para você, mas o medo tomou conta de seu corpo de modo tão desesperador que até mesmo as nuvens fugiram de seu olhar, você quis chorar mas nem mesmo seus olhos sabiam o que fazer, foi então que aconteceu, um grito de desespero sai de suas garganta e faz com que todos que estão a sua volta o olhem, após isso, o medo se esvai e só resta a paz que o tanto procurava, quanto a ela, ela retorna dizendo que nunca vira algo tão forte quanto a vontade e a coragem daquele ser, nunca virá antes alguém que luta contra sí mesmo e sai vitorioso em tão pouco tempo...
Anseio pela verdade oculta, aquela que a parede do medo e da euforia geralmente esconde, aquela que os sentimentos reprimem, anseio para ver seus olhos, sua lágrima escorrendo quando mostrar-me o que esconde, quero ver seus lábios trêmulos e esbranquiçados dizendo-me tudo aquilo que escondeu por tanto tempo, quero ver a verdadeira pessoa que és, quero saber porque se esconde, porque mentes para mim? qual é seu plano? qual sua culpa? o que queres? nega-me a verdade acima de tudo, mas, não resistes as torturas, eu sei que não, posso ver isso, sua mão treme, sua pele sua, você mente, todos mentimos, mas você acha que é bom nisso, mostra-me a verdade e direi quem és, mostra-me a verdade e mostrarei-me quem sou, sei que mente, você mente.....
Destino do Escravo
És um sonho? verde e anil,
uma cor a qual ninguém nunca viu
Porque és assim?
Porque desejas isso para mim?
Tu nunca foi assim....
Tem medos, eu sei
Tu treme, eu río
seria esse o seu medo?
seria esse o seu sonho?
Submeta-se a meus caprichos
Eu lhe dou o prazer,
E você se entrega a mim,
Sua vida agora é minha, simples assim
Ajoelhe-se!
Não olhe para mim!
Peça perdão!
Implore pelo fim!
Se te amo ou não
Não é essa a questão!
Grite!
Peça-me perdão!
Carregue-me pelas sombras
Leve-me a escuridão,
Eu lhe mostro o caminho
e você entrega-me seu coração.
Inocente
Dormente, assim estou
Feliz, assim eu sou
Abra seus olhos
Veja como sou..
Tranquilo e anil
Como silencio após o tiro do fuzil
Vermelho, como o sangue que se esvaiu
Medo, como nunca sentiu...
Gritos, que nunca ouviu
Sonhos, que não se despediu
Roupas, que se quer despiu
A vida se foi, e ele nem viu...
Fome
Aqui jaz a racionalidade
O homem já não tem mais sanidade
Sem mais integridade
Os amores o controlam
Ele vê um pedaço de esperança
A devora com toda confiança
Foi um dia difícil hoje, diz o homem
Vai ser pior amanhã, lamente em sua mente...
Ele para de repente
Com um homem em sua frente
Assustado como um cão,
Pede mil vezes seu perdão
Na parede ele encosta
Sem olhar, sempre de costa
Palavras voam em sua direção
Mas ele fica sem resposta
Seu motorista abre a porta
O mordomo o guia
Ele adentra na traseira
Não vai ver mais a luz do dia
Ele foi para sua mansão
Com o segurança o guiando,
ele entra em seu quarto,
e tranca-se la dentro,
pelo resto da história,
somente lamento
Com os olhos envenenados vemos o sangue, vemos o medo correndo em cada veia, em cada artéria. Sai de seus pulsos coágulos de ódio, em suas tripas e entranhas repousam os corvos, aqueles carniceiros que devoram o amor. O coração ainda bate, treme, vibra, geme, senti como nunca senti, dor, agonia, medo da morte, alegria, fim..... Acordo e os corvos ainda me observam..... Mais uma vez, mais um dia, um ano talvez....
Que a melodia da chuva acalme a tormenta que há em meu ser, que a água que cai do céu seja suficiente para limpar minha alma do fardo que é ser um humano, que os raios e trovões de a clareza e misticismo necessário para que eu possa enxergar as verdadeiras razões de tudo....
Chuva caindo, o céu se esvaindo, nuvens chorando e a terra à consolando.
Ainda a chover, água traz vida e nos faz florescer.
Nuvem que chora, parece que implora para nosso amor crescer.
O sono chegando, chorando ou amando, vou me esvair para enfim dormir.
Saudades eu deixo, sonho com flores, sonho contigo, sonho com odores, sonho com você aqui comigo...
A lágrima escorrem sobre as muralhas de cimento e aço que constroem a cidades. O choro insano de nossa sociedade ecoa implorando por piedade. Ainda existe a humanidade? Novos nichos são criados para nos tirar da realidade, erguem se novas muralhas todos os dias para nos esconder a verdade, mas qual é a real verdade? Ainda existe humanidade?
Para que viver?
O que é viver?
Para quem viver?
Como viver?
Porque viver?
Por quem viver?
Com quem viver?
Onde viver?
Quando viver?
Você sabe a resposta.
Que a vida seja como o vinho em seus lábios, uma cor marcante, um sabor único, e um esvair lento e glamouroso, deixando no final a vontade de quero mais e por fim que todos se lembrem das características de Dionísio (ou Baco), amor, liberdade e festas...
Sobre a Vale do Rio Doce
A esquerda põe a culpa na privatização.
A direita defende a empresa.
O governo calcula a multa (ganhos)
A mídia muda de assunto, oculta os fatos
A empresa apaga evidencias
O povo chora com a negligencia
E marchamos para a decadência.
O Risco
Risco a folha de papel,
um risco firme e cruel,
Um risco no cordel,
feito a cor da moscatel;
Risco a alma do leitor;
Risco igual o escultor,
Que adiciona algum amor
a uma pedra sem calor;
Risco que não pode ver;
Risco todo alvorecer;
Risco aquilo, risco isso,
Risco até adormecer...
Vozes do Brasil
Gritos das matas do Brasil
Palavras que a cidade nunca ouviu
O choro inquietante
que preenche o azul anil
Do verde que pouco resta
Nossa vida, nossa pesca
O que a mata tem pra nos dar
voce veio para nos tirar
A revolta vem armada
Na estrada interditada
no arco apontado
com a flecha afiada
Ainda assim você não vê
que eu sou como você
passo cede, fome e frio
para lutar pelo meu Brasil
A sua dívida histórica
que insistem em ofuscar
do amarelo ouro que levaram
do que era o meu lar
Vieram la do mar
para meu povo escravizar
minhas terras demarcar
e minha cultura dizimar
Só pedimos uma parte do meu lar
E o homem "civilizado"
há de pré julgar que é meu povo que vive
sem ao mínimo trabalhar!
Quando é que vão perceber
que só tendem a perecer
destruindo nossa cultura
sem ao mínimo conhecer?
E mais uma vez ninguém ouviu
as vozes das matas do Brasil...