Coleção pessoal de Dimos
O Homem existe porque pensa, pode tanto quanto aquilo que sabe, e vale o quanto consegue produzir, mas tudo isso só tem sentido em um mundo onde é possível o compartilhar.
Podemos evitar ser avaliados, quanto mais autônomos, capazes e independentes conseguirmos ser, mas nada garante que não seremos julgados, em vida, ou mesmo depois dela, por isso, viva de forma digna e honrada.
Astúcia, cinismo, trapaças, manhas, mentiras e subterfúgios, são os desdobramentos no plano humano, da antiga e eficiente camuflagem do reino animal.
A Verdade antes de ser libertadora precisa nos preparar, aprimorar e qualificar, por isso é mais conquista do que dádiva, é mais superação do que aquisição.
Junte o útil ao agradável, e teremos progresso, junte a fome com a vontade de comer, e teremos prazer. E o progresso só é bom onde pode existir o prazer.
A motivação, individual e coletiva, faz o mundo girar, a razão o faz compreensível, mas é a esperança que o faz um bom lugar para se viver.
Quando jovens, devemos buscar por novas paisagens, conquistas e desafios físicos, mais velhos, devemos aprender a contemplar, partilhar, e buscar por novos horizontes, principalmente espirituais, sem o que, as conquistas da juventude terão sido em vão.
Somente nas asas da Imaginação pode-se percorrer longas distâncias, em instantes, e chegar a lugares de rara beleza e profunda compreensão.
Se você não puder encontrar a felicidade dentro de você, inútil seria procurar em outro local, pois ela é um estado de espírito que deve ser alcançado, e não uma oferenda ou um presente.
Força, inteligência e tenacidade vencem as batalhas no presente. O futuro no entanto pertence ao que conseguir se adaptar melhor ao Novo.
O tempo murcha o belo e pode sepultar o sábio, mas também, aprimora o conhecimento, possibilita o perdão, e dá sentido ao ócio.
Reconhecer e principalmente vivenciar os verdadeiros anseios da alma, nos faz mais humanos e nos possibilita encontrar a paz.
Por maior que seja o progresso científico, sempre haverá lugar para a fé e o divino, pois aquilo que podemos conhecer ainda é infinitamente menor do que desconhecemos.
O que é o antes, logo será o depois, o que é o novo, logo será o velho, e o que está em cima logo estará embaixo. Pois, assim como o descrito na roda da Fortuna é também o evoluir cósmico, onde os opostos se tocam e a impermanência reina absoluta.
O perigo de algo ser intenso, profundo, é que ele beira ao seu oposto. Assim um amor intenso pode beirar ao ódio, e um altruísmo intenso, ao egoísmo, pois vivemos em um mundo cíclico e dual.
Como seres humanos, devemos buscar, quando em ação, a eficiência, em movimento, o equilibrio, em repouso, a serenidade, e na morte, a transformação.
Algo fantasioso pode vir a ser fantástico, dependendo da inspiração, mas não será convincente se não tiver algum reflexo no observável, e principalmente não será útil, se não conseguir dar asas à nossa própria imaginação.
É comum os seres humanos gostarem do efeito, sem conhecer ou se importar com a causa, por isso há quem aprecie o arco-íris, mesmo sem gostar da chuva.
Aos que buscam pela beleza, cuidado com a futilidade. Aos que buscam pela religiosidade, cuidado com o preconceito. E aos que buscam pela sabedoria, cuidado com o vazio, pois, não raro, os extremos se tocam.