Coleção pessoal de DietrichLohan
Oh melancolia, amarga solidão,
Que habita meu coração tão aflito.
Eleva meu espírito em uma oração,
Para que este sofrimento seja evito.
Mas o que é a melancolia, senão uma nuvem,
Que paira em minha mente, obscurecendo a luz.
E embora tente, não consigo me desvencilhar,
Desse manto escuro que envolve minha cruz.
É como se um buraco negro me sugasse,
E me levasse para um abismo sem fim.
A escuridão me abraça e me sufoca,
E sinto-me perdido, sem direção nem fim.
Ó, melancolia, por que te prendes a mim,
E por que me fazes sofrer dessa forma?
Será que, por trás dessa dor, há algo a ganhar,
Ou essa tristeza é apenas uma tempestade que passa?
Ah, mas talvez a melancolia seja uma benção,
Que nos permite contemplar o que há de mais profundo.
E nos faz questionar, com coragem e paixão,
O que realmente importa em nosso mundo.
Deixe-me abraçar a minha tristeza,
E permita-me refletir sobre o que é essencial.
Pois quem sabe, da escuridão surja a clareza,
E eu possa encontrar o caminho que leva à paz celestial.
Beleza é um sorriso suave
Que brilha como a luz do sol
Uma leveza que nos invade
E preenche o coração
A beleza está nas flores
Que enfeitam o caminho
No canto dos pássaros
Que anunciam o dia
Ela está no nascer do sol
Que pinta o céu de cores
Na lua cheia que se espalha
Sobre as noites de amores
A beleza não tem forma
Nem padrão a seguir
É única e singular
E vive dentro de ti
Ela está nos pequenos gestos
De amor e compaixão
Na força da coragem
Que enfrenta a escuridão
A beleza é a essência da vida
Que nos faz seguir em frente
Um reflexo do amor divino
Que nos acalma e nos envolve
Abra os olhos e o coração
E descubra a beleza ao seu redor
Pois ela está em toda parte
E a vida é uma imensa flor.
O mal, por sua vez, é tão óbvio, que poucos percebem que é feito. O governo deixou de esconder. Está tudo à sua frente, e tu acaba por não se atentar. Não deixe de duvidar, mas nem pense demais. As crianças são puras e enxergam o óbvio, os adultos são lógicos e não percebem os pequenos detalhes.
O Lúgubre Aposento
Daquele quarto escuro, uma alma tão fria quanto os extremos. Do dia, sua noite. Da noite, sua fantasia. Taças vazias, jogadas de canto, pelas escolhas não encaminhadas.
Do verbo, a dor manifestada deste lúgubre aposento. Reação, de forma exarcebada, nunca encontrada em parâmetros ideais, tão tolos quanto àqueles que se dizem iguais.
Miragens e paranóias de certezas incorretas, dadas através de uma intuição desesperada pela falta do próprio amor. Atração divina, essa medida de se despir, abaixando a cabeça e deduzindo suas ideologias como universais, para uma realidade de tão falsa completude, que não se tem certeza do que mais se faz.
A cromática situação dos pensamentos atrofiados naquele medo surreal da solidão, do homem que se faz e seja julgado, por quem fora, o fere como se fosse o culpado.
Destes lúgubres aposentos onde se encontram, há daqueles os sonhos jamais esquecidos, infaustos, de modo algum compreendidos.
Ilusão
É difícil crer
Que possa existir
É difícil acreditar
Que possa se alastrar
Que de ilusão vivem pessoas que são felizes
De que solidão se acabam os bens que lhes visem
Defrontada à realidade
Tem sua fé manchada por sua própria impunidade
Devaneio dos tolos, em sua falsa cúpula
Sendo o final, de cada qual, igual, restando a culpa
Falsa felicidade, difícil de acreditar
Do pássaro sem dono, voando em seu habitat
Sonhe, criatura, sonhe sem parar
Enquanto grande seu domo, com todos a observar
Cansado de questionar o mundo
O pesar de um sentimento tão profundo
Pousa teus pés no chão
A força da realidade está, justamente, no fundo do coração
Como um tufão, a dificuldade lhe importuna
Rindo de ti, como ri de toda essa loucura
O dó lhe tem, tímido ser
Enquanto seu desfoque só faz crescer
Impunes suas memórias não sairão
Porém de bom grado viverá teu coração
Pois até quando viver se enganando
Se tu mesmo sabes que não sobrevives de encanto.
Não se recorrer à negatividade te providência alívio, qual te liberta, de pouco em pouco, do peso da falta de energia.
Descrentes os que criticam sua razão, incrédulos os que não entendem sua paixão. Para o ser, sua razão é universal. Apenas dê-lhe tempo. Se a razão for diferente, serás uma árvore preenchida de frutos. Se a razão for a mesma, ignóbil é sua moral.
Assim como Einstein refutou Newton, viva dia após dia duvidando do que é a verdade impregnada pelo passado.
A música, entre tantas coisas do mundo, é a única a se ascender para o outro plano. Pois simboliza o próprio mundo armazenado em apenas 7 notas, assim como o número da criação.
Mergulhe no pensamento ao ponto de não saber o que é a realidade. Enxergue o real em seu mundo. Veja o que é bom e ruim. Compreenda o que é, ou não, essência. Entenda, com as engrenagens da possibilidade, como fazer o mundo bom. No fim de tudo, lute contra si mesmo para não se fazer o imperador. Volte ao mundo real. Essa é a receita da empatia.
O humano não nasce sabendo o que é preconceito, ele aprende com o meio. O ciclo foi criado com a intenção de gerar ódio, intriga e violência. Isso é tudo o que limita a mente. A perca de tempo é o resultado, enquanto o amigo é apenas uma ilusão.
Tudo o que há, é do homem. Mas tudo o que pensa não é dele, é seu. Recusa-se a seguir o caminho da maioria, enquanto mais individual for, mais original será, e isso providenciará mudança à humanidade.
Vivemos tanto tempo para descobrir que o mundo não sabe realmente de nada. Diga algo, eles entenderão outra coisa. Falam sobre, pensando em outrem. Filosofias e metas diferentes, muitas indecentes, por sua vez. Que de tanto pensar, outros pensam também.