A desgraça alheia dói e inspira. A desgraça alheia melhora a escrita.
Epitáfio: Queria ter ficado mais no bar.
Quem vende ódio não sabe passar troco de poesia.
Escrever é tatuar fantasmas.
Ausência é coletânea de silêncios.
A solidão me fez um escritor campeão de frases ocas.
Poesia: beijo com gosto de caco de vidro.
Você é réu confesso de feridas esquecidas quando escreve.
Algumas mulheres vivem na esperança de se tornar um poema na sua memória.
Poesia para outros é poesia de beira de estrada. Você escreve poesia para outros, mas dentro de ti nunca vingou um verso íntimo.
Nós, escritores, precisamos curtir mais o silêncio que faz logo quando terminamos de escrever algo lindo. Fechar os olhos e sorrir. O silêncio é testemunha de um crime lírico.
Poeta é o técnico de áudio que transforma barulho de amor em silêncio.
Este corcel 77 parado na Praça Roberto Piva sou eu em outra encarnação.
No meu mundo todo mundo tenta ganhar a vida escrevendo poesia.
Aquele que
Mora dentro
de seus poemas
Sonha muito acordado.
O primeiro mandamento do leitor é saber identificar um mercenário de um escritor.
O problema não é ser feio e sem grana. O problema é ser sem prosa e poesia.
Poeta é aquele cara romântico que fica um bom tempo sem comer ninguém.
Eu já fui aquele cara que comprava vinte fichas e falava “eu te amo” no orelhão.
Depois de um tempo você percebe que escrever é abraçar a si mesmo. Literatura é remédio para solidão.